A Bélgica legalizou hoje a eutanásia para crianças

O país já legalizou a eutanásia de adultos, e aprovou a eutanásia de crianças nesta quinta-feira

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A Bélgica, um dos poucos países que legalizou a eutanásia, legalizou, hoje, a medida sem precedentes de abolir as restrições de idade nesta matéria, permitindo que qualquer pessoa solicite a morte assistida – o que estenderia este direito às crianças.

Parece que o projeto de lei tem um amplo apoio no país. Mas também provocou uma intensa oposição dos seus detratores, entre eles uma lista de pediatras e pessoas de todos os setores que organizaram protestos nas ruas, diante do temor de ver crianças vulneráveis persuadidas a inclinar-se pela irreversível opção.

Os que defendem a medida, como o pediatra Gerland van Berlaer, acreditam que a eutanásia é um ato de compaixão que precisa ser adotado. Segundo o médico, a lei será suficientemente específica, a ponto de ser aplicada somente às crianças e adolescentes em estados avançados de câncer ou que sofrem uma dor insuportável.

Nós não entendemos como um médico pode se pronunciar a favor da eutanásia porque um paciente sofre de dor insuportável. Primeiramente a medicina, hoje, dispõe de inúmeros meios de manter o paciente sem dor, medicações de grande poder sedativo, graças a Deus. Desta forma, se fossemos levar em consideração apenas este argumento, a aprovação da eutanásia infantil não teria acontecido.

Foram apresentados outros argumentos para esta aprovação:

“Estamos falando de crianças que realmente chegaram ao final da sua vida. Não é questão de ter anos ou meses de vida: sua vida acabará de qualquer maneira”, disse Gerland, diretor de uma clínica na unidade pediátrica de terapia intensiva do Hospital Universitário de Bruxelas.

“O que elas nos pedem é: não me deixem partir de maneira terrível, horrorosa; deixem-me ir como um ser humano e enquanto ainda tenho minha dignidade”, acrescentou.

São crianças, pessoas, que foram acometidas por doenças que irão levá-las mais preconcebendo desta vida, e que merecem ter todo conforto, amor, cuidados paliativos, para que possam viver seus últimos dias sabendo que são queridas e amadas, e que não são um peso porque estão doentes ou seus familiares por não saberem lidar com a dor, querem ser “caridosos”, e antecipar o término de suas vidas.

Nossas crianças não estão interessadas em seu aspecto exterior, se seus cabelos caíram ou se estão magras, isto é um pensamento hedonista, mas a única linguagem que entendem é a do amor. Aqueles que defendem a eutanásia como uma forma de manter a dignidade e continuar sendo um ser humano, é no mínimo um pensamento narcisista, hedonista, onde minha dignidade e humanidade dependem da minha aparência e do que eu posso dá a sociedade, podemos até complementar: não causar dor nem sofrimento a ninguém.

O homem é pessoa enquanto tiver um sopro de vida, e sua dignidade independe de suas condições de saúde, classe social, idade, sexo… a nossa dignidade esta em sermos filhos de Deus. Nos sentimos gente, com dignidade, quando nos sentimos amados por nossos familiares e defendidos por eles.

Infelizmente vivemos em uma sociedade da beleza, do prazer e da alegria. Isto não quer dizer que ser belo e alegre não seja bom, mas as pessoas não querem mais sentir nenhum tipo de sofrimento, não querem perder tempo nos seus relacionamentos, querem tudo descartável, não querem mais cuidar dos seus entes queridos, sejam crianças ou idosos, em seus leitos de morte.

Lendo esta reportagem lembrei de minha bisavó, Maria, que morreu com mais de 90 anos, em casa, deitada em uma rede, rezando o terço com minha tia. Ela não tomava mais banho sozinha, tinha limitações, mas me lembro da alegria de minha avó em cuidar de sua mãe. Onde está escondido o amor aos mais próximos, o desejo de dá minha vida e tempo a meu ente querido que esta para partir. Trocar suas roupas, lavá-las, beija-lo, dizer que o ama, que sua vida, mesmo em cima de uma cama é um dom para toda a família. As vezes queremos ajudar, materialmente, pessoas que estão bem longe de nós, as quais não precisamos nos doar, apenas doar dinheiro, e rejeitamos os que estão tão próximos e que querem apenas serem amados e não assassinados.

Diante de uma medida desta, nós lamentamos profundamente esta decisão do governo Belga, que é egoísta, e que levará ao assassinato de tantas crianças e jovens, impedindo muitas vezes da família de unir-se para doarem suas vidas, neste momento, aquele ente querido.

Janet Alves

Obras de Misericórdia

Na devoção à Divina Misericórdia a prática das Obras de Misericórdia quer corporais quer espirituais são muito importantes.

 

Sem a confiança na Misericórdia e sem a prática das obras de Misericórdia pedidas por Jesus não existe uma verdadeira devoção à Misericórdia. “Se por teu intermédio peço aos homens o culto à Minha Misericórdia, por tua vez deves ser a primeira a distinguir-te pela confiança na Minha Misericórdia. Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do amor para comigo…”.Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira é a ação, a segunda a palavra e a terceira a oração. “(D. 742)

As obras de misericórdia, segundo Catecismo de São Pio X

Obra de misericórdia é aquela com que se socorre o nosso próximo nas suas necessidades corporais ou espirituais.

As obras de misericórdia são quatorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais ou espirituais as necessidades que se socorrem.

As obras de misericórdia corporais são:

1ª Dar de comer a quem tem fome;

2ª Dar de beber a quem tem sede;

3ª Vestir os nus;

4ª Dar pousada aos peregrinos;

5ª Assistir aos enfermos;

6ª Visitar os presos;

7ª Enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espirituais são:

1ª Dar bom conselho;

2ª Ensinar os ignorantes;

3ª Corrigir os que erram;

4ª Consolar os aflitos;

5ª Perdoar as injúrias;

6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

(Catecismo de S. Pio X. Capítulo IV. “Das obras de misericórdia”)

Cada um dentro de suas possibilidades e dons, pode em diversos momentos da vida fazer obras de misericórdia.

Para uns é mais fácil visitar enfermos, para outros é mais fácil ensinar os ignorantes. Mas para todos em alguma fase da vida surgirão os momentos de “perdoar as injúrias” e “sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo”.

No Diário de Santa Faustina algo nos chama a atenção: “O Amor é a flor e a Misericórdia é o fruto”.

Todo ato de amor resulta em misericórdia, não há como fugir desta verdade!

O menor ato de amor que você praticar, terá como resultado a misericórdia!

Praticar, obras de Misericórdia, é amar concretamente a Jesus nos irmãos. Que recompensa há em amar somente aos que nos amam? Por isso, todos são incluidos nesta condição. Ame os que te perseguem, os que te caluniam, os que não gostam de voce, etc. Seus gestos de amor transformarão os corações: primeiro o seu, e em conseqüência, o do próximo!

Mais médicos ou mais abortos?

No dia 8 de julho de 2013 a presidente Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória 621/2013[1], que instituiu o Programa Mais Médicos e, dentro dele, o Projeto Mais Médicos para o Brasil[2], que prevê a vinda de 4.000 médicos cubanos para trabalhar no Brasil até o fim deste ano. Desse total, 400 já chegaram ao nosso país e serão direcionados sobretudo para as regiões Norte e Nordeste[3]. As atividades por eles desempenhadas “não criam vínculo empregatício de qualquer natureza”[4]. O salário (“bolsa-formação”) de R$ 10.000,00 será dado não ao médico, mas ao governo cubano, que depois encaminhará parte do dinheiro ao profissional.

Quanto será repassado aos médicos cubanos?

Carlos Rafael Jorge Jiménez, médico cubano que fugiu de Cuba há 12 anos e naturalizou-se brasileiro, assim se exprimiu na Câmara dos Deputados no dia 4 de setembro de 2013:

Senhores, vocês sabem quantas horas trabalha um médico cubano por semana? Entre 60 e 70 horas. E sabem quanto ganham por mês? Entre 60 e 70 reais. […] Por isso, quando vêm aqui, eles vêm muito felizes, porque aqui ganharão duzentos, trezentos dólares [entre R$ 450 e R$ 700] e o resto vai embolsar o patrão, o explorador. Quem é o patrão? Quem é o explorador? É o governo cubano. […] Por que eles não vêm como os outros? Por que esses médicos não ganham seu salário integralmente? Por que não têm direito de entrar e sair quando querem? Por que não podem pedir asilo político?”

Carlos afirma que há uma conivência entre o governo do Brasil e o governo de Cuba. E arremata: “Quem apoia o governo de Castro suja suas mãos de sangue[5].

As palavras de Carlos são reforçadas pelo médico cubano Gilberto Velazco Serrano, que foi enviado à Bolívia em 2006 e fugiu, obtendo asilo político nos Estados Unidos:

Ao me formar médico eu teria um salário de 25 dólares [R$ 57], sem permissão para sair do país, tendo que fazer o que o governo me obrigasse a fazer. Em Cuba, o paramédico é uma propriedade do governo. A Bolívia era um país um pouco mais livre, […]. Eram pagos 5.000 dólares por médico, mas eu recebia apenas 100 dólares [R$ 228]: 80 em alimentos que eles me davam [R$ 182] e os 20 em dinheiro [R$ 46]. A verdade é que eu nunca fui pago corretamente, já que médico cubano não pode ter dinheiro em mãos, se não compra a fuga. Todas essas condições eram insustentáveis[6].

Novo tráfico de escravos?

No Brasil, desde 1850, com a Lei Eusébio de Queirós, o tráfico de escravos ficou proibido. A importação de médicos cubanos parece revivescer um triste episódio de nossa história. Sem qualquer vínculo empregatício, os profissionais cubanos não recolherão INSS, FGTS, não terão direito a férias, décimo terceiro salário nem aviso prévio. A conduta do governo Dilma em parceria com o governo Castro enquadra-se no crime do artigo 149 do Código Penal: redução à condição análoga à de escravo. Enquadra-se também no conceito de tráfico de pessoas, conforme definido no Anexo do Decreto nº 5.948, de 26 de outubro de 2006, relativo à Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:

Art. 2º, § 4º A intermediação, promoção ou facilitação do recrutamento, do transporte, da transferência, do alojamento ou do acolhimento de pessoas para fins de exploração também configura tráfico de pessoas.

Como é a medicina de Cuba?

Referindo-se à medicina de seu país, Gilberto Velazco Serrano afirma: “É triste, mas eu diria que é uma medicina quase de curandeiro. Você fala para o paciente que ele deveria tomar tal remédio. Mas não tem. Aí você acaba tendo que indicar um chá, um suco[7]. Se, porém, os médicos cubanos são tão bem preparados, como diz o governo brasileiro, por que a resistência em submetê-los ao exame de revalidação de diplomas (Revalida), como se faz com qualquer médico estrangeiro que venha trabalhar no Brasil?

O que ganha o governo Dilma?

Embora de qualidade discutível, a legião de médicos cubanos constitui para o governo uma mão-de-obra barata, sem qualquer direito trabalhista, comparável àquela época em que se importavam escravos da África. Tais médicos espalhados pelo país podem servir para recuperar a popularidade do governo, preparando-o para as eleições de 2014. Convém lembrar que à frente do Programa Mais Médicos está o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, potencial candidato ao governo de São Paulo e a presidente Dilma Rousseff, desejosa de conquistar a reeleição.

Além disso, convém lembrar o interesse, comum ao PT e aos irmãos Castro, de espalhar a ideologia comunista por nosso país, sobretudo nas regiões mais carentes.

Há, porém, um perigo que não têm sido posto em evidência: o de tais médicos terem a missão de promover a prática do aborto pelo país. De fato, eles vêm de uma ilha onde a cultura da morte já fixou raízes há décadas. O Anuário Estatístico de Saúde de Cuba informa que, apenas no ano 2012, foram feitos 83.682 abortos provocados, o que significa que para 1000 mulheres em idade fértil (entre 12 e 49 anos de idade), 26,5 abortaram seus filhos. No ano 2012, 39,7 % (mais de um terço e quase a metade) das gravidezes terminaram em aborto provocado[8].

E a importação maciça de médicos cubanos ocorre em um momento em que a presidente Dilma acaba de sancionar a Lei 12.845/2013, que pretende obrigar todos os hospitais integrantes da rede do SUS a encaminhar para o aborto as (supostas) vítimas de violência sexual.

Deus se compadeça de nós.

Anápolis, 19 de setembro de 2013

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

PAPA FRANCISCO NOMEIA NOVO BISPO DE CAICÓ

O papa Francisco nomeou hoje, 12, o padre Antônio Carlos Cruz Santos como bispo da diocese de Caicó (RN), atualmente provincial dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus (MSC), na arquidiocese de Juiz de Fora (MG).
Padre Antônio é carioca, 52 anos, nasceu em 25 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Aos 22 anos, ingressou no Seminário Menor Nossa Senhora do Sagrado Coração (MSC), em Juiz de Fora. Cursou filosofia no Seminário Diocesano Paulo VI, em Nova Iguaçu (RJ). Em 1987, fez a experiência do noviciado, com profissão religiosa em 2 de janeiro de 1988. Concluiu os estudos de Teologia no Instituto Santo Inácio, em Belo Horizonte (MG). Recebeu a ordenação presbiteral em 12 de dezembro de 1992. Entre 1995 e 1997, atuou como formador dos juniores. Também ocupou a função de promotor vocacional e formador dos postulantes, de 1998 a 2001.

Atividades

A trajetória presbiteral de padre Antônio Carlos é voltada aos trabalhos de formação de seminaristas. Foi mestre de noviços de 2003 a 2011. Assumiu o cargo de provincial dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus da Província do Rio de Janeiro, em 2012, e posteriormente em Juiz de Fora, no qual permaneceu até a data de sua nomeação como bispo. Foi vigário nas paróquias Pai Eterno e São José, na Cidade de Deus (RJ), Nossa Senhora do Sagrado Coração, em Contagem (MG), São Judas Tadeu, em Belford (RJ), Senhor Bom Jesus, em Pirassununga (SP) e Nossa Senhora da Soledade, em Itajubá (MG).

Fonte: http://www.diocesedecaico.com.br/papa-francisco-nomeia-novo-bispo-para-caico/

Nossa Senhora do Bom Sucesso

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Lucas

(Lc 2, 22-40)

Celebramos com muita alegria neste domingo, 02 de fevereiro, quarta semana do Tempo Comum, a festa da apresentação do Senhor. As cenas narradas no Evangelho levam-nos até o Templo Santo de Jerusalém, onde estão reunidos José, Maria e Jesus para a sua apresentação ao Senhor e purificação de sua mãe. A oportunidade, coincidentemente, também nos concede a chance de celebrar alguns dos belíssimos títulos atribuídos à Virgem Santíssima, a saber: Nossa Senhora da Apresentação, Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Candelária. Neste Testemunho de Fé, optamos por meditar as mensagens de Nossa Senhora do Bom Sucesso, um título que, apesar de não ser tão conhecido quanto os demais, possui em seu núcleo uma mensagem extraordinariamente atual para nossa época[1].

Esse título de Nossa Senhora ficou alguns séculos escondido – cremos firmemente que por providência da Virgem Maria – justamente para que viesse à tona somente em nosso tempo. As mensagens referem-se diretamente aos séculos XIX e XX, períodos em que se destacaram a perseguição à Igreja e os crimes contra a fé. As previsões são realmente espantosas. É impressionante a maneira como Maria aparece, há quatro séculos, na cidade de Quito, Equador, revelando a uma irmã das redondezas os fatos que abalariam a vida dos católicos durante aqueles anos futuros. É verdade que se tratam de revelações privadas e que, por isso, “não pertencem ao depósito da fé”[2]. Nada nos impede de rejeitá-las, uma vez que não têm valor vinculante. Todavia, sob os cuidados do Magistério da Igreja, também somos chamados a “discernir e guardar o que nestas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou dos seus santos à Igreja.”[3]

De fato, as previsões de Nossa Senhora do Bom Sucesso chegam a nos deixar perplexos, pois praticamente tudo o que se diz nelas já aconteceu ou está acontecendo. A sua meditação, portanto, muito nos interessa porque Maria anuncia para nós uma época em que a fé católica será restaurada, sobretudo em um mundo onde esta mesma fé já não existe mais.

Nossa Senhora do Bom Sucesso apareceu à serva de Deus Madre Mariana de Jesus Torres, uma irmã concepcionista de vida exemplar e verdadeiro modelo de santidade, em 1563, na cidade de Quito, no Equador. Madre Mariana foi desde cedo uma menina de hábitos piedosos. Nascida na Espanha, fez sua primeira comunhão aos nove anos de idade, tendo Cristo aparecido a ela para anunciar-lhe que seria sua esposa. Pouco tempo depois, sua tia, também concepcionista, recebe o convite para formar um convento em Quito, no Equador. Mariana, na época com apenas 12 anos, decide partir juntamente com a tia, a fim de se entregar à vida consagrada. Durante a viagem, no entanto, uma forte tempestade atinge a embarcação, quase lhe impedindo a chegada ao novo continente. Com isso, o demônio mostrava que não estava satisfeito com aquela missão. Já com 19 anos, mergulhada numa intensa vida de oração e penitência, Mariana tem a primeira visão da Virgem Santíssima, que lhe aparece dizendo: “Yo soy la reina de buenas victorias y la madre del buen suceso” (eu sou a rainha das boas vitórias e a mãe do bom sucesso). Dito isso, a Virgem Santíssima lhe revela fatos trágicos sobre o século XX, ponderando que aqueles que a invocarem sob o título de Nossa Senhora do Bom Sucesso terão uma assistência especial do céu.

A vida de Madre Mariana é um compêndio de fenômenos sobrenaturais. Embora não haja espaço para inumerá-los aqui, convém lembrar ao menos alguns casos interessantes como, por exemplo, as suas repetidas mortes e ressurreições. Madre Mariana morreu e ressuscitou duas vezes. E quando da sua derradeira morte, teve o corpo mantido incorrupto, o qual se encontra ainda hoje no Convento das Concepcionistas. Salta aos olhos a santidade dessa mulher. Somente o seu testemunho seria o suficiente para referendar a veracidade das mensagens de Nossa Senhora do Bom Sucesso, não fossem as incríveis evidências dadas por Maria nesta aparição, que já o fazem.

A mensagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso fala sobre muitas coisas, inclusive da crise da Igreja nos dias de hoje. Para se ter uma ideia de seu conteúdo, vejamos o que diz a quarta aparição, do dia 21 de janeiro de 1610: “Ai dos meninos deste tempo! Dificilmente receberão o sacramento do batismo, nem o da confirmação.” Nossa Senhora está a falar sobre o futuro das escolas católicas, sobre as quais se abaterá uma seita contra a educação religiosa e moral das crianças, tendo por apoio “pessoas autorizadas”, isto é, gente de dentro da Igreja. Ainda mais: “o mesmo sucederá com a sagrada Comunhão” – diz a Virgem à Madre Mariana. Ela continua:

[…] Mas, ai! Quanto sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios, públicos e também ocultos, de profanações à sagrada Eucaristia! Muitas vezes, nessa época, os inimigos de Jesus Cristo, instigados pelo demônio, roubarão nas cidades as hóstias consagradas, com o único fim de profanar as eucarísticas espécies! Meu Filho santíssimo se verá jogado ao chão e pisoteado por pés imundos.

Quanto ao sacramento do matrimônio, as previsões não são menos chocantes. Pelo contrário, causa-nos tremor tamanha veracidade do que se diz nelas:

[…] Quanto ao sacramento do matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra. O maçonismo, que então reinará imporá leis iníquas com o objetivo de extinguir esse sacramento, facilitando a todos o viverem mal, propagando-se a geração de filhos malnascidos, sem a bênção da Igreja. Irá decaindo rapidamente o espírito cristão, apagar-se-á a luz preciosa da fé até chegar a uma quase total e geral corrupção de costumes. Acrescidos ainda os efeitos da educação laica, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas.

Acaso podemos negar a verdade contida nestas poucas linhas ditadas por Nossa Senhora? Trata-se verdadeiramente de um script de nossa época; período em que, de fato, como lamentava-se Bento XVI aos bispos do Brasil, em 2007, “a vida social está atravessando momentos de confusão desnorteadora”[4]. A começar pela estrutura familiar, a qual se ataca impunemente, “iniciando-se por fazer concessões diante de pressões capazes de incidir negativamente sobre os processos legislativos”, vemos o avanço dos crimes contra a vida e contra a dignidade da pessoa humana “em nome dos direitos da liberdade individual”, como se já não bastasse a propagação da “ferida do divórcio e das uniões livres”[5]. De igual modo, dentro do sacerdócio, Nossa Senhora traça o terrível panorama da crise da pedofilia, relatando a astúcia do demônio em fazer com que muitos se percam e caiam em desgraça, a fim de escandalizar cristãos e não-cristãos, fazendo “recair sobre todos os sacerdotes o ódio dos maus cristãos e dos inimigos da Igreja católica apostólica romana”. Com efeito, a batina dos bons sacerdotes será manchada pelo pecado dos maus cristãos, de sorte que isso atrairá grandes sofrimentos ao clero santo e, em última análise, ao Papa. Diz a profecia:

[…] Com este aparente triunfo de Satanás, atrairão sofrimentos enormes aos bons pastores da Igreja, e à excelente maioria de bons sacerdotes e ao Pastor supremo e Vigário de Cristo na terra, que, prisioneiro no Vaticano, derramará secretas e amargas lágrimas na presença de seu Deus e Senhor, pedindo luz, santidade e perfeição para todo o clero do universo, do qual é rei e pai.

Neste sentido, vemos uma coincidência entre as mensagens de Quito e de Fátima, sobretudo no que diz respeito à figura do Santo Padre, perfeitamente aplicável à de Bento XVI, que tanto sofreu e foi injustiçado por esses crimes. Mas as coisas não param por aí. A 2 de fevereiro de 1634, Nossa Senhora faz nova aparição à irmã, enquanto esta rezava numa capela. Madre Mariana vê a luz do sacrário se apagar, e Nossa Senhora diz:

[…] A lamparina que arde diante do altar e que viste apagar-se, possui muitos significados”.

O primeiro é que no fim do século XIX, avançando por grande parte do século XX, várias heresias se propagarão nestas terras, então, República livre. E com o domínio delas, apagar-se-á nas almas a luz preciosa da fé, pela quase total corrupção dos costumes. Nesse período haverá grandes calamidades físicas e morais, públicas e privadas.

Essas heresias, por sua vez, trarão grandes dificuldades, perseguições e, em alguns casos, até martírios ao pequeno grupo de fiéis católicos que preservarão os ensinamentos da Santa Igreja.

Diante desses fatos, podemos ser tentados a nos desesperarmos. Mas essa não deve ser a nossa atitude. A promessa de Nossa Senhora vai além desse “vale de lágrimas”, e isso nos motiva a ter esperanças na promessa de Cristo de que “as portas do inferno não prevalecerão”. Nossa Senhora também previu boas coisas: o dogma da Imaculada Conceição, o dogma da infalibilidade papal e o dogma de sua assunção aos céus. Toda essa crise passará, pois também ela estava no coração de Deus. E sendo Ele o princípio e o fim de todas as coisas, pode muito bem aproveitar da maldade que há no mundo para provar que é Senhor do Céu e da Terra, criando realidades ainda melhores e mais belas que as anteriores, pois “onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Cf. Rm 5, 20).

Nossa Senhora anuncia a vinda de um prelado que guiará o povo por entre essas duras angústias. Todavia, a tibieza com que a Igreja estará submetida atrasará a chegada desse novo pastor, o que causará grandes sofrimentos. Por outro lado, ela também nos consola: “Será chegada, então, a minha hora em que eu, de forma maravilhosa, destronarei o soberbo e maldito Satanás, calcando-o debaixo dos meus pés e acorrentando-o no abismo infernal. Assim a Igreja e a Pátria estarão, por fim, livres de sua cruel tirania”.

Eis a providência divina. Seremos salvos pela graça de Deus, operada por mediação da Virgem Santíssima. Mas, enquanto esse dia não chega, somos chamados a sair da tibieza e avançar na busca pela santidade.

Busquemos o triunfo do Imaculado Coração de Maria, busquemos a graça de Nosso Bom Deus.

Amém!

Arquivo para baixar

  1. Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso (Formato Word)
  2. Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso (Formato PDF)

Referências:

  1. A fim de possibilitar o acesso a todo o conteúdo dessas profecias, disponibilizamos para download dois links com um excerto do livro Vida admirável da Rev. da Madre Mariana de Jesus Torres mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
  2. Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 67
  3. Ibidem
  4. Bento XVI, Encontro e Celebração das Vésperas com os Bispos do Brasil, (11 de maio de 2007), n. 3
  5. Ibide