“Ideologia do Gênero” sofreu forte golpe nos países nórdicos e liberais. Entenda o que aconteceu

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A “Ideologia do Gênero” sofreu um grande golpe. O Conselho Nórdico de Ministros, (uma comissão internacional de formada por representantes dos governos da Noruega, Suécia, Dinamarca e Islândia, Iceland) decidiu encerrar Instituto de Gênero Nórdico (NIKK).

O NIKK tem fundamental para a “Teoria de Gênero”, produzindo bases “científicas” para políticas sociais e educacionais que transformaram os países nórdicos nos países considerados os mais “sensíveis às questões de gênero” do mundo.

Como resultado, o NIKK luta para ressuscitar desde o ano passado. O site do Instituto já saiu e voltou ao ar algumas vezes. No entanto, quase não se vê notícia disso na mídia internacional. Há algum tempo, o site do Instituto voltou a funcionar com um novo nome: “Informações Nórdicas para o Conhecimento de Gênero“. O antigo Instituto agora está abrigado pela Secretaria para Pesquisa de Gênero da Suécia (alguma surpresa aí?). No site, que está reconstrução, já se pode ler novamente artigos com a “cientificidade” que conhecedores reconhecerão, como para dizer que o desequilíbrio climático do planeta está relacionado ao excesso de poder masculino.

A decisão do Conselho foi tomada após a o canal de TV estatal norueguês exibir um documentário expondo falta de caráter científico do Instituto(veja-o na íntegra, abaixo)

O produtor da série é Harald Eia, comediante conhecido na Noruega por suas sátiras na TV. Harald Eia tem formação em Ciências Sociais. Ele ficou intrigado pelo chamado “paradoxo norueguês da igualdade de gênero”: apesar de todos os investimentos feitos por políticos e “engenheiros sociais” e da Suécia ter sido escolhida o país com maior igualdade de gênero, homens e mulheres continuam a preferir profissionais consideradas como “estereótipos de gênero” (mulheres ainda tendem à enfermagem e medicina, homens ainda tendem mais a tecnologia, construção civil, etc.). Mesmo com todo o esforço governamental, as preferências as tendências de homens e mulheres continuam as mesmas.

No documentário, Eia, com sua equipe de filmagem, faz algumas perguntas simples aos mais importantes pesquisadores sobre “Gênero” do NIKK. Depois, entrevista os mais importantes cientistas no Reino Unido e Inglaterra. Harald mostra a todos os cientistas as respostas fornecidas por seus colegas. Eia mostra em vídeo como as afirmações das autoridades nórdicas em Gênero, que orientam as dispendiosas políticas de igualdade, causam espanto na comunidade científica – principalmente porque fica explícito como os pesquisadores de gênero baseiam suas afirmações nas suas próprias teorias, sem fundamentação em pesquisa empírica. Harald então volta a Oslo e mostra as gravações aos pesquisadores do NIKK. Acontece que, diante de pesquisas científicas empíricas, os “Especialistas em Gênero” não conseguem defender suas teorias perante a dados reais.

Após o vexame da exposição pública da farsa que são as pesquisas de gênero do NIKK, pessoas começaram a fazer perguntas. Afinal, são 56 milhões de euros do dinheiro dos impostos usados para patrocinar as “pesquisas” de ideólogos de gênero sem qualquer credenciamento científico exceto o fornecido por eles mesmos.

O documentário é feito por algumas perguntas honestas, simples e objetivas, feitas por um sociólogo e comediante sinceramente interessado em desvendar o “Paradoxo da Igualdade de gênero”. Mas isso foi suficiente para mostrar que todo celebrado edifício da “Teoria de Gênero” não conta com alicerces, mas sim com a exploração da ingenuidade pública. Quiçá essa lição seja aprendida por mais pessoas em outros países, outros continentes e na ONU, onde essa ideologia é acalentada pela conveniência para os ocupantes dos gabinetes prestigiosos.

O documentário completo de Harald Eia foi disponibilizado por ele no site vimeo. Inicialmente, estava protegido pela senha “hjernevask” (“Lavagem cerebral” em norueguês, título aliás muito bem escolhido para o documentário). Todos os episódios estão com legendas em inglês.

Para maior conforto dos falantes do idioma Português, disponibilizei a versão legendada da Parte 1 (com o título “O Paradoxo da Igualdade”) abaixo

O documentário completo (com legendas em Inglês):

Part 1 – The Gender Equality Paradox
Part 2 – The Parental Effect (“O efeito parental”)
Part 3 – Gay/straight (“Gay/Hetero”)
Part 4 – Violence (“Violência”)
Part 5 – Sex (“Sexo”)
Part 6 –Race (“Raça”)
Part 7 – ”Nature or Nurture (“Natureza ou aprendizado”)

 

Fonte: Direitos dos Homens

Richard Dawkins, Ateu, diz que é “imoral” dar à luz bebês com síndrome de Down

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Richard Dawkins é um biólogo inglês conhecido mundialmente por suas obras como “O Gene Egoísta” e também por ser um grande militante do ateísmo.

Essa semana o professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, virou notícia por conta de uma mensagem no Twitter dizendo que mulheres grávidas de crianças com síndrome de Down devem abortar.

“Aborte e tente de novo”, disse o biólogo ao ser questionado por uma usuária do microblog que queria saber o que fazer caso engravidasse e descobrisse que o bebê nasceria com a síndrome. “É imoral trazer ‘isso’ ao mundo se você tiver escolha.”

O comentário de Dawkins revoltou mães de crianças com a síndrome e algumas responderam dizendo que nunca desistiriam da gravidez. “Eu lutaria até meus últimos dias pela vida do meu filho”, postou uma internauta.

O biólogo respondeu as críticas dizendo que os bebês com síndrome de Down são “fetos diagnosticados com a doença antes de terem sentimentos”.

Na visão do ateísta uma criança com síndrome de Down tem todos os direitos inalienáveis à pessoa, mas não no caso do feto. “Um feto, sem um sistema nervoso desenvolvido, não tem”. 

 Folha de SP

O “pai” deu à luz, a “mãe” deu o sêmen. Como ficarão os filhos?

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Nick e Bianca Bowser são dois transexuais casados, e eles acreditam que seus dois filhos não terão nenhum tipo de trauma, porque terão uma educação cheia de amor e perfeitamente normal. A história deles foi contada pelo site italiano losai.eu, no dia 19 de agosto.

Mudança de sexo

O casal vive com os filhos de três e um ano de idade. Nick, o pai, é na verdade uma mulher de 27 anos, que se chama Nicole e aos 20 anos resolveu se tornar um homem. Bianca, a mãe, é na verdade um homem que se chama Jason, com 37 anos, que há onze anos começou a viver como mulher. Mas os dois não mudaram verdadeiramente de sexo: não podem realizar a cirurgia de reconstrução da genital porque tem um custo muito alto, ou seja, eles ainda possuem os órgãos genitais originais.

Quando os filhos crescerem, os pais deverão explicar para eles que na verdade foi o “pai” que deu à luz, graças ao esperma da “mãe”. Em 2010, o pai, Nick, engravidou, mas continuou a viver como um homem mesmo com a barriga.

Gravidez sem naturalidade

O pai conta assim sua gravidez: “não gostei – disse – sou um homem e não é fácil fazer algo assim tão feminino. Não conseguia suportar as fofocas e desde o terceiro trimestre não pude mais sair de casa”. Depois a percepção de um drama interior: “foi uma luta cotidiana – continua – odiava o modo como o meu corpo estava mudando. Isso não correspondia com os meus sentimentos interiores”. Não conseguindo conceber a ideia do parto natural, optou pela cesariana. Por sua vez, a mãe está feliz por pensar que quem deu à luz foi o pai, porque este aspecto da feminilidade não lhe interessa: “estou muito feliz de não ter levado os meninos no ventre. Foi bom deixar de lado o inconveniente como as mudanças físicas, a dor do parto”.

E como reagirão os filhos? Como entenderão o que aconteceu? Os pais, sem dúvida, não se deram conta de uma série de fatores decisivos para a educação de um ser humano. Então, o que os levaria a esta escolha infeliz?

O ponto crucial dos transexuais

O teólogo Padre Maurizio Faggioni, professor de moral da vida física na Faculdade Teologica da Itália e um dos maiores especialistas nacionais sobre o tema do gênero, assinala a questão do transexualismo na orientação do próprio desejo erótico. A questão fundamental está no coração da pessoa e na oposição sustentável entre aquilo que uma pessoa sente ser e aquilo que o corpo, com a sua linguagem, diz e comunica. Trata-se de uma situação trágica que leva a pessoa a pedir que sejam cancelados do corpo os sinais do sexo que ela sente estranho e se reconstruam – através da cirurgia e dos hormônios – os recursos do sexo que sente ser o seu.

Ter-se-ia um caso de transexualismo a cada 30.000 homens adultos e uma a cada 100.000 mulheres adultas. Não é evidente a causa, ou o complexo de causas que está na base do transexualismo. Nem todas as vozes da medicina estão de acordo com as cirurgias, e os resultados das intervenções não são sempre os esperados.

A Conversão de Voltaire

Publicado em 7 de agosto de 2014

voltaireO catedrático de filosofia Carlos Valverde escreve um surpreendente artigo em que documenta historicamente a conversão de um dos mais célebres inimigos da Igreja Católica.

UM 30 DE MAIO DO ANO 1778: A investigação de documentos antigos sempre mostra surpresas. A última me veio ao folhear o tomo XII de uma velha revista francesa, Correspondance Littérairer, Philosophique et Critique (1753-1793), monumento riquíssimo para conhecer o século do Iluminismo e o começo da Grande Revolução.

Todos sabemos quem foi Voltaire: o pior inimigo que teve o cristianismo naquele século XVIII, em que emitia críticas cruéis. Com os anos crescia seu ódio ao cristianismo e a Igreja. Era nele uma obsessão. Cada noite cria haver afastado a infâmia e cada manhã sentia a necessidade de voltar a declarar: o Evangelho só havia trazido desgraças sobre a Terra.

Manejou como ninguém a ironia e o sarcasmo em seus inúmeros escritos, chegando até o inominável e o degradante. Lhe chamaram de o anticristo. Foi o mestre de gerações inteiras incapazes de compreender os valores superiores do cristianismo, cujo desaparecimento prejudica e empobrece a humanidade.

Pois bem, no número de abril de 1778 da revista francesa acima citada (páginas 87-88) se encontra nada menos que a cópia da profissão de fé de M. Voltaire. Literalmente diz assim:

«Eu, o que escreve, declaro que havendo sofrido um vômito de sangue faz quatro dias, na idade de oitenta e quatro anos e não havendo podido ir a igreja, o pároco de São Suplício quis de bom grado me enviar a M. Gautier, sacerdote. Eu me confessei com ele, se Deus me perdoava, morro na santa religião católica em que nasci esperando a misericórdia divina que se dignará a perdoar todas minhas faltas, e que se tenho escandalizado a Igreja, peço perdão a Deus e a ela.

Assinado: Voltaire, 2 de março de 1778 na casa do marqués de Villete, na presença do senhor abade Mignot, meu sobrinho e do senhor marqués de Villevielle. Meu amigo».

Assinam também: o abade

Mignot, Villevielle. Acrescenta:

«Declaramos a presente cópia conforme a original, que foi entregue às mãos do senhor abade Gauthier e que ambos confirmamos e que ambos temos firmado, como firmamos o presente certificado. Paris, 27 de maio de 1778. Abate Mignot, Villevielle».

Que a relação pode estimar-se como autêntica o demonstram outros documentos que se encontram no número de junho da mesma revista – nada clerical, por certo-, pois estava editada por Grimm, Diderot e outros enciclopedistas.

Voltaire morreu em 30 de maio de 1778. A revista lhe exalta como “o maior, o mais ilustre e talvez o único monumento desta época gloriosa em que todos os talentos, todas as artes do espírito humano pareciam haver se elevado ao mais alto grau de sua perfeição”.

A família quis que seus restos repousassem na abadia de Scellieres. A 2 de junho, o bispo de Troyes, em uma breve nota, proíbe severamente ao prior da abadia que enterre no sagrado o corpo de Voltaire. A 3 o prior responde ao bispo que seu aviso chega tarde, porque – efetivamente – já tinha sido enterrado na abadia.

A carta do prior é longa e muito interessante pelos dados que contêm. Eis o que mais nos interessa agora: a família pede que ele seja enterrado na cripta da abadia até que possa ser trasladado ao castelo de Ferney. O abade Mignot apresenta ao prior o consentimento firmado pelo pároco de São Suplício e uma cópia – assinada também pelo pároco – “da profissão de fé católica, apostólica e romana que M. Voltaire tem feito nas mãos de seu sacerdote, aprovado na presença de duas testemunhas, das quais uma é M. Mignot, nosso abade, sobrinho do penitente e outro, o senhor marquês de Villevielle (…) Segundo estes documentos, que me pareceram e ainda me parecem autênticos – continua o prior – penso que faltaria com meu dever de pastor se lhe houvesse recusado os recursos espirituais. (…) Nem me passou pelo pensamento que o pároco de São Suplício houvesse podido negar a sepultura a um homem cuja profissão de fé havia legalizado (…). Creio que não se pode recusar a sepultura a qualquer homem que morra no seio da Igreja (…) Depois do meio-dia, o abade Mignot tem feito na igreja a apresentação solene do corpo de seu tio. Cantamos as vésperas dos defuntos; o corpo permaneceu a noite toda rodeado de círios. Pela manhã, todos os eclesiásticos dos arredores (…) tem dito uma missa na presença do corpo e eu celebrei uma missa solene às onze, antes da inumação (…) A família de M. Voltaire partiu esta manhã contente das honras rendidas a sua memória e das orações que temos elevado a Deus pelo descanso de sua alma. Eis aqui os fatos, monsenhor, na mais exata verdade”.

Assim me parece que passou deste mundo ao outro aquele homem que empregou seu temível e fecundo gênio em combater ferozmente a Igreja.

A Revolução trouxe em triunfo os restos de Voltaire ao panteão de Paris – antiga igreja de Santa Genoveva – , dedicada aos grandes homens. Na escura cripta, frente a de seu inimigo Rosseau, permanece até hoje a tumba de Voltaire com este epitáfio:

«Aos louros de Voltaire. A Assembleia Nacional decretou em 30 de maio de 1791 que havia merecido as honras dadas aos grandes homens”.

Autor: Carlos Valverde
Fonte: Site “Logos HP”

A luta de Satanás contra os Sacerdotes

Para fazer reinar Jesus Cristo no mundo, nada é mais necessário do que um clero santo, que seja, com o exemplo, com a palavra e com a ciência, guia dos fiéis” [1]. Estas são palavras que os Santos Padres não se cansam de repetir ao orbe católico, desde que foram pronunciadas, pela primeira vez, pelo papa São Pio X. De fato, o testemunho de um bom sacerdote é capaz de arrastar centenas de fiéis à Igreja de Cristo, quer por meio da pregação, quer por meio da administração dos sacramentos, quer por meio da obediência às normas eclesiais, como o celibato.

A missão do sacerdote resume-se àquela regra máxima da Igreja, de que falam os santos: Salus animarum suprema Lex – a lei suprema é a salvação das almas. Por isso o Papa Bento XVI, na proclamação do Ano Sacerdotal, em 2009, exortou o clero católico a redescobrir a dimensão eclesial de seu ministério. Somente na comunhão com a Igreja o sacerdote pode atingir aquela santidade necessária “para fazer reinar Jesus Cristo no mundo”. Explica-nos o Papa Emérito: “a missão é eclesial, porque ninguém se anuncia nem se leva a si mesmo, mas, dentro e através da própria humanidade, cada sacerdote deve estar bem consciente de levar Outro, o próprio Deus, ao mundo” [2].

Essa realidade não é desconhecida pelo diabo, tampouco por aqueles que fazem as suas vezes na terra, disseminando o joio no meio do trigo. Não é para admirar, por conseguinte, que, no combate à Igreja, o primeiro alvo seja o sacerdócio. “Quando se quer destruir a religião” – observava o santo Cura d’Ars –, “começa-se por atacar o padre” [3]. Com efeito, a primeira tentação demoníaca contra os sacerdotes é a de afastá-los da comunhão eclesial, incentivando-os à dissidência, aplaudindo hereges e ridicularizando aqueles que se submetem de bom grado à autoridade do Santo Padre. Trata-se do primeiro non serviam demoníaco: o não à Igreja.

Os argumentos – ou, no caso, as mentiras – são os mesmos de sempre: o celibato é transformado em símbolo de castração, que fere o direito à sexualidade e leva à pedofilia; o hábito eclesiástico é tachado de indumentária antiquada, que afasta o clero do povo; o padre passa a ser somente o “presidente” da celebração; a obediência a Roma é considerada clericalismo; as normas litúrgicas são suprimidas em nome de uma falsa criatividade; o padre, é dito, não pode ficar preso a “regras de orações medievais”; isto, outros reclamam, não está de acordo com o Concílio Vaticano II; o padre não é sacerdote, mas presbítero; ele tem uma mentalidade pré-conciliar etc. Repetidas ad nauseam pela mídia – e por uma porção de maus teólogos que agem em conluio com ela –, essas ideias perniciosas vão aos poucos minando a identidade do sacerdote, até ao ponto de levá-lo a proclamar o segundo non serviam do diabo: o não a Cristo.

Não é preciso gastar muita tinta, porém, para explicar os erros contidos nestes sofismas. Muito mais sabiamente responderam os santos padres – vivendo a sua vocação de maneira exemplar –, como também o Magistério da Igreja – seja nas encíclicas papais, sejo nos outros inúmeros documentos já publicados a esse respeito. O que é preciso ter em conta é que a luta que se trava contra o sacerdócio é, na verdade, uma luta contra a Pessoa de Jesus Cristo. O padre, não nos esqueçamos, é um Alter Christus (Outro Cristo), dado o caráter impresso em sua alma pelo sacramento da ordem. Por isso, é compreensível a raiva do diabo pela castidade dos sacerdotes – “o mais belo ornamento de nossa ordem”, como elogiava São Pio X –, pois ela remete à virgindade de Cristo, que também foi guardada até a morte na cruz [4]. É compreensível o ódio do diabo à batina negra – a “heroica e santa companheira” de Dom Aquino Correa –, porque o luto recorda o sacrifício redentor da cruz, pelo qual a morte foi vencida [5].

O remédio às insinuações diabólicas, por conseguinte, não pode ser outro senão aquele prescrito por Bento XVI, durante o Ano Sacerdotal [6]:

É importante favorecer nos sacerdotes, sobretudo nas jovens gerações, uma correta recepção dos textos do Concílio Ecuménico Vaticano II, interpretados à luz de toda a bagagem doutrinal da Igreja. Parece urgente também a recuperação desta consciência que impele os sacerdotes a estar presentes e ser identificáveis e reconhecíveis quer pelo juízo de fé, quer pelas virtudes pessoais, quer também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade, desde sempre no coração da missão da Igreja.

Enfim, não se há de esquecer a mediação de Nossa Senhora, mãe solícita dos sacerdotes e a inimiga de todas as heresias. Na sua viagem a Fátima, em 2010, o Santo Padre não perdeu a oportunidade de confiar à Virgem, “os filhos no Filho e seus sacerdotes”, consagrando-os ao seu Coração Materno, para que cumprissem fielmente a Vontade do Pai [7]. Neste ato, o Papa Bento XVI ensinava ao clero do mundo inteiro que o melhor caminho de santidade e escudo contra o demônio é a intercessão de Nossa Senhora. É também o ensinamento dum outro padre que, não por acaso, muito se assemelha às palavras de São Pio X, ao início deste texto: “foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo” [8].

Por Christo Nihil Praeponere

Amparo, ex-revolucionária e funcionária da ONU: «Meu trabalho era destruir a fé dos católicos»

Após anos de trabalho para a ONU, ex-agente denuncia estratégia da organização para minar a fé católica e implantar o aborto em todos os países do mundo

Amparo Medina, ex-revolucionária e funcionária da ONU.

 

Amparo entendeu claramente. Era a Virgem Maria quem lhe falava. Tudo aconteceu quando ela recebeu um disparo da polícia em plena batalha. Quando despertou no hospital, decidiu que sua vida devia mudar radicalmente.

Sua vida “lamacenta” devia dar uma guinada de 180 graus e deixar de lado o seu servilismo político e sua vida de pecado, e dedicar-se às mulheres e às crianças, buscando seu autêntico bem.

Um avô católico

Ela havia nascido em uma família muito normal do Equador. Sua fé era tradicional, de Missa dominical e pouco mais. A exceção da regra foi seu avô, que vivia uma autêntica vida cristã.

Em certa ocasião, sendo Amparo adolescente e a caminho do ateísmo, seu avô lhe disse umas palavras que não haveria de esquecer nunca. Estavam entrando em uma igreja, e diante de uma imagem da Virgem lhe disse: “Olhe para os seus olhos. Ela é a única que vai te salvar e a que vai te levar à fé”. A coisa parou por aí.

O resto foi uma queda livre: foi expulsa do colégio por brigar com uma freira, e um encontro com evangélicos acabou por arrematar seu caminho rebelde e ateu.

A revolução e as esquerdas

Eram os anos 70 e 80, e a oferta social que Amparo encontrou fora da Igreja era a dos movimentos revolucionários, a teologia da liberação marxista, Che Guevara, os movimentos feministas, abortistas, o indigenismo e esse grande etcétera. Ela se meteu de cabeça nisso tudo.

Se há algo que não se pode reprovar em Amparo é dizer que ela não foi uma pessoa coerente com os seus princípios. Ela tomou todas as bandeiras, as abraçou e se dedicou a elas. Ora a encontrávamos em uma confrontação armada ou em uma manifestação antigovernamental, ou ainda em uma campanha a favor dos direitos reprodutivos das mulheres, ou seja, promovendo os contraceptivos e o aborto.

Se radicaliza na Espanha

Como a situação política no Equador se complicou, seu pai a enviou à Espanha para estudar Pedagogia Social. Neste país ela obteve seu título universitário, porém, também sua radicalização política e o contato com outros movimentos revolucionários, ateus e anticlericais. Sua mentalidade feminista coincidia com a da ONU.

Já de volta ao Equador, sua visão feminista e de esquerda combinava perfeitamente bem com as políticas que a ONU levava a cabo na América Latina e, graças a ela e a sua formação, chegou a ser responsável no Equador do programa da UNFPA, isto é, do Fundo de População das Nações Unidas, de onde contava com todos os milhões de dólares que necessitasse para cumprir, ou melhor dizendo, impor os programas contrários à natalidade, a favor do aborto e da anticoncepção.

Meu trabalho: retirar a fé dos católicos

Amparo explicou na rede católica de televisão EWTN que “os grupos comunistas e socialistas sabem que a única instituição que pode romper as suas mentiras é a Igreja Católica. Então – confessou — a primeira coisa que buscam são argumentos que possam destruir a pouca fé que os católicos têm. Veja as notícias ou vá atrás desse sacerdote que não está vivendo a sua vida na graça com Deus… Publique-os e os lance na imprensa… E – concluiu — é preciso omitir que no Equador, 60% das obras de ajuda às pessoas pobres estão nas mãos da Igreja, pois isso se silencia”.

Destruir a Igreja desde dentro

O grande problema dos sacerdotes é a sua solidão: “Nós íamos em busca dos sacerdotes abandonados nos povoados e nas montanhas para dizer-lhes que se Deus existia, então por que permitia a pobreza? ‘A única maneira é a revolução. Una-se a nós, e nós vamos te ajudar’. Havia sacerdotes – lamenta agora — que cediam e que pensavam que teriam um grupo que lhe ajudaria, que lhe apoiaria, que estaria com ele… Em certas ocasionesoferecíamos dinheiro aos sacerdotes e às religiosas para que pudessem reconstruir, melhorar seus centros educativos com a única condição de que nos deixassem dar aulas de educação sexual e reprodutiva em seus colégios”.

Afastando-se ainda mais de Deus…

Em Amparo se cumpre aquela citação de Chesterton que “quando se deixa de crer em Deus, logo se crê em qualquer coisa”.

Imersa no ateísmo, não deixada de buscar algum resquício de espiritualidade na leitura de cartas, reiki, yoga…: “Como a vida na luta de esquerda era uma vida de pecado, você não podia se livrar das consequências do pecado. É a morte espiritual. São como pequenos pactos com o demônio. O demônio os cobra – adverte. Assim, comecei a sofrer por conta do dinheiro”.

“Alguém me recomendou que eu fizesse uma limpeza de ambiente. Tinha meus próprios mantras… que agora, que pude traduzi-los, dizem ‘eu pertenço a Satanás’. Fiz os mantras nos Estados Unidos e, inclusive, levei meus filhos ao xamã que era um mestre elevado da Religião Universal”.

… embora Deus não estivesse distante

Em certa ocasião, estando em uma comunidade, Amparo desafiou a Deus. Havia uma mulher rezando, porém, ela começou a repreendê-la severamente e chamá-la de louca. Até o ponto em que acabou rasgando uma imagenzinha que a pobre senhora segurava.

À época, sua prepotência de revolucionária não lhe fornecia muitas outras soluções. Pouco depois veio o passo seguinte até a sua conversão.

Ferida por uma bala da polícia

Amparo havia participando de todo tipo de manifestações e lutas contra o governo. Em ocasiões mobilizando os indígenas e facilitando que estes acorressem armados com lanças. Porém, certo dia, estando em uma delas, foi atingida por uma bala. Quando sentiu o impacto, Amparo recorda de duas coisas: por um lado, seu marido e seus filhos e, por outro lado, uma paz inexplicável, total. Não tinha medo de partir. Tudo era alegria, gozo, paz…

Nisso, escutou uma voz que lhe cantava: “Vi uns olhos maravilhosos. Vi o amor. Eram os olhos da Virgem. Eram justamente os olhos da estampa que eu havia rasgado! A estampa da Virgem Milagrosa. Eu a vi como uma adolescente de 15 anos. Com roupas brancas…”.

Enquanto ela sangrava, a única coisa que sentia era paz, alegria… Nesse momento a Virgem lhe disse: “Minha pequena, eu te amo”. E lhe pediu que deixasse todas as causas que ela levava e que assumisse a causa de seu Filho. Também se deu conta de que por trás da Virgem havia um senhor mais idoso: era seu avô.

E seu marido pensou que ela estivesse louca

Quando acordou, narrou toda a experiência a seu marido, Javier. Ele pensou que ela estivesse louca, e não era para menos. Uma ateia convicta, militante anticatólica, e despertando daqueles sonhos…

Em seguida, levaram-na para que os altos mestres, psicólogos e peritos da Nova Era a examinassem e a convencessem de que aquelas experiências eram fruto de suas alucinações e dos ferimentos. Sem dúvida, “ninguém podia tirar da minha cabeça que era Deus”.

Primeiramente, confessar-se

“A primeira coisa que precisava era um sacerdote. Precisava me confessar. A primeira coisa, em primeiro lugar, era a confissão. Eu pedia a Deus que não morresse no caminho, indo para casa, porque iria para o inferno. Na confissão estavam todos os pecados. Os mais horríveis”.

Era uma nova etapa, e havia de começar desde o princípio, fazendo tudo bem feito. Assim, a primeira coisa que fiz foi aprender a amar Jesus, a amar os sacerdotes, a amar a Igreja, amar os sacramentos”.

Amparo se sentia totalmente enlameada e também convidada a uma nova revolução: “O único que transforma o mundo é Deus. Eu não sou digna. É tão grande o amor de Deus…”

A conversão de seu marido

Amparo rezou e convidou seu marido Javier à conversão. Com o passar do tempo, Javier, revolucionário como ela, começou a dar provas de mudança por amor a Amparo.

Devia ser uma experiência dramática em si mesma pelo único fato de ter que romper com toda uma vida de convicções e luta comprometida. Amparo explica isso dessa maneira: “Meu marido aceitou crer em Deus e na Virgem, porém, não acreditava no sacramento. Todavia, Deus colocou um sacerdote santo em nosso caminho. Por fim, ele se confessou e sua confissão levou horas. Ao sair, sentiu que havia se livrado de toneladas de coisas”.

Agora era hora de denunciar as mentiras da ONU

A conversão das pessoas, na maioria das vezes, é um processo longo e em etapas. Amparo estava a caminho, mas ainda não renunciara a toda sua vida de pecado. Necessitava de parte dela, pois seu salário das Nações Unidas era uma fonte necessária para a família e seu ritmo de despesas.

Tudo aconteceu quando uma amiga sua lhe pediu informações sobre a distribuição da pílula do dia seguinte por parte das Nações Unidas no Equador. Amparo era responsável pela sua importação e distribuição no país.

De fato, sua agência das Nações Unidas havia vendido ao Equador 400.000 (quatrocentas mil) doses da pílula do dia seguinte. A ONU em Nova York, a UNFPA no Equador: “Eles nos vendem a 25 centavos de dólar, e nós as vendemos entre 9 e 14 dólares. É um negocio e tanto“.

No Equador houve um julgamento em que as Nações Unidas perderam a ação devido à distribuição da pílula e os pró-vidas ganharam, visto que tiveram que reconhecer que ela não é um método contraceptivo, mas sim anti-nidatório, ou seja, abortivo, e que se utiliza quando os métodos contraceptivos falham.

O ápice de sua decisão de converter-se e dar um passo definitivo até Deus aconteceu a caminho do tribunal nesse julgamento em que a ONU perdeu: “Quando estávamos levando a informação ao Tribunal, um jornalista me fez uma pergunta que pensei que era Deus quem me a fazia – estás com Deus ou estás com o demônio? –. A pergunta foi: O que eu pensava da pílula do dia seguinte? E, claro, eu continuava trabalhando para as Nações Unidas e apoiava todas as organizações pró-aborto. Nesse momento me dei conta de que era o momento de dizer a verdade e deixar de mentir a mim mesma. Era uma incoerência ser católica e ao mesmo tempo, por dinheiro, continuar apoiando uma organização que vai contra os meus valores. E, claro, disse a verdade e as Nações Unidas me despediram”.

O que existe por trás das Nações Unidas?

Por trás dos projetos da ONU, atrás das palavras bonitas que usam quando falam de saúde reprodutiva, na realidade, há toda uma promoção do aborto e dos contraceptivos. É o único objetivo para toda América Latina.

Na entrevista de Amparo à cadeia de televisão norte-americana EWTN, denunciava que no livro “Cuerpos, tambores y huellas”, editado pelas próprias Nações Unidas, se reconhece a promoção das relações sexuais com crianças desde os 10 anos. E que nele se explica claramente três coisas:

  1. que os pais não devem ser informados da educação sexual que seus filhos recebem;
  2. – que as escolas devem distribuir contraceptivos a seus alunos sem o conhecimento e consentimento dos pais;
  3. – e que se um professor ou médico chegasse a informar aos pais de que seus filhos estão usando contraceptivos, esse professor ou médico deve ser expulso de seu trabalho por romper o sigilo profissional.

Amparo, e não só ela, denuncia a existência de um todo um negócio em que não se desperdiça nada: promove-se as relações sexuais entre crianças e adolescentes, e se lhes vendem preservativos. Como estes falham, então se lhes oferece o aborto ou a pílula do dia seguinte. Como o aborto produz restos humanos, estes servem bem para a experimentação ou bem para extrair algumas sustâncias que depois se usam em cremes, xampus, etc. Negócio completo.

Pela primeira vez na história, não existem mais cristãos em Mosul

Os últimos 25 cristãos, deficientes ou gravemente doentes no hospital, teriam sido assassinados depois do ultimatum do ISIL no passado 19 de julho

Por Fadi Sotgiu Rahi, C.SS.R.

ROMA, 01 de Agosto de 2014 (Zenit.org) – A segunda grande cidade do Iraque vive a maior perseguição aos cristãos de toda a sua história. O Iraque é a terra de nossos antigos Pais do Antigo Testamento: Abraão, Isaac e Jacob. Aquela terra que conheceu o cristianismo logo após a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo, continua a experimentar um período de trevas, assassinato e perseguição dos cristãos pelo que é conhecido como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL ou ISIS).

Este último é um Estado não reconhecido, um grupo muçulmano salafista jihadista ativo na Síria e no Iraque. A auto-proclamação do nascimento do Estado Islâmico ocorreu no dia 3 janeiro de 2014, liderado pelo comandante Abu Bakr al-Baghdadi. Esta organização juntou-se ao Al-Qaeda no Iraque, em 2004, e depois se separarou. O objetivo do ISIL é impor a sharia nos territórios controlados e realizar um grande califado islâmico sunita, unindo as regiões de maioria sunita da Síria e do Iraque, dentro de um único Estado.

Os membros do ISIL atacaram Mosul no dia 10 de julho deste ano, entrando armados em todas as casas dos cristãos, e exigindo-lhes três opções: conversão ao islamismo; pagar a jizya, ou seja, o imposto de capitação, conhecido como de “compensação”, que desde o período islâmico clássico até o século XIX todas as pessoas não-muçulmanas pagava às autoridades islâmicas ou abandonavam a cidade.

Os cristãos de Mosul formam a maioria da população da cidade depois dos muçulmanos sunitas, que são a grande maioria. No Iraque há várias igrejas, entre as quais podemos citar: a Igreja Católica Caldéia, a Igreja da Síria (tanto a Católica quanto a Ortodoxa), a Igreja Assíria do Oriente, a Igreja greco-católica melquita, a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Católica Maronita. Destaca-se que as três primeiras Igrejas mencionadas têm em Mosul uma presença capilar.

Todo cristão que rejeita as três possibilidades impostas pelo ISIL está destinado ao fio da espada. Já existem centenas cristãos que foram massacrados por causa de sua fé e seu amor por Cristo Jesus. Emigraram de Mosul mais de quinze mil pessoas em 20 dias e os últimos cristãos que permaneceram lá, depois do ultimatum (19 Julho) dos jihadistas, eram 25 pessoas, gravemente doentes ou deficientes que estavam no hospital. O seu fim não foi melhor do que os outros cristãos, porque foram igualmente massacrados.

Pela primeira vez na história cristã, a antiga terra do Iraque, é esvaziada completamente de cristãos como resultado do massacre realizado pelos jihadistas islâmicos apoiados pelas nações que garantem um fornecimento de armas, dinheiro e todo o apoio necessário. Os emigrantes de Mosul foram forçados a deixar as suas cidades sem levar nada com eles, nem roupas, nem comida, sem transporte e sem dinheiro. Muitos deles fugiram como vieram ao mundo, ou seja, totalmente nus que conta hoje entre as suas fileiras cerca de vinte mil homens armados.

A perseguição continua e os mártires da fé cristã aumentam. O Papa Francisco nos disse em um dos seus últimos Angelus: “O número de mártires cristãos dos últimos anos ultrapassou em muito o dos primeiros séculos do cristianismo”. Na verdade, a situação atual dos cristãos no Iraque e na Síria é intolerável e precisa de muita oração e jejum. Além disso, é necessário que os responsáveis das nações que apóiam o terrorismo e o ISIL recuperem uma consciência e parem de apoiar essas milícias. É o único caminho para devolver ao Iraque e ao Oriente Médio um destino de convivência inter-religiosa e de diálogo.