Ex-Líder Feminista fala sobre o grupo feminista

Ela tem 23 anos, fez barulho como líder do grupo radical Femen no Brasil, abandonou o movimento em 2013 e hoje se declara publicamente contrária ao aborto e fiel a Deus, arrematando:

“O feminismo é o movimento mais intolerante que já conheci”.

Sara Winter concedeu nesta semana uma entrevista ao portal G1.com. Eis algumas das suas afirmações sobre a realidade do universo feminista militante e sobre a sua nova visão de mundo, de acordo com a entrevista.

Aborto

“Dentro dos grupos feministas é muito fácil encontrar Cytotec [medicamento abortivo]. Se você contar que está grávida, que não tem marido, inventar qualquer história, muito rapidamente você consegue pílulas abortivas”.

Drogas e sexo livre

“Há pressão para o uso de drogas, para desconstruir a monogamia, que, para o movimento, é uma instituição criada pelo patriarcado para fazer a mulher ser submissa. Você tem que ser a favor das drogas, de ideologias que levam as pessoas a se relacionarem com muitas outras pessoas ao mesmo tempo. Isso me chocou muito”.

Um movimento histérico, mentiroso e intolerante

“Esse é o movimento mais intolerante que eu já conheci na vida. Ele só dá suporte para mulheres que seguirem uma cartilha específica: tem que ser de esquerda, não pode ser cristã, não pode ser heterossexual e tem que começar a desconstruir a sua estética. Se a mulher alisa o cabelo, se pinta, usa salto alto, tem que parar. Muitas vezes tem que deixar os pelos crescer. Algumas mulheres se sentem confortáveis assim, outras não. Mas se você fizer, vai ter mais voz dentro do movimento. Então eles desconstroem a sua estética, a sua crença, a sua orientação sexual, o seu posicionamento político. Definiria o feminismo como ódio, histeria, mentira e sedução (…) Ódio porque não existe tolerância com ninguém que não concorde 100% com as pautas. Histeria porque em todo e qualquer ato que a gente vê estão cada vez mais desrespeitosos, estão pichando igrejas, quebrando santos, fazendo coisas de extremo mau gosto. Mentira porque ilude as meninas mais jovens falando que o feminismo é algo legal e revolucionário. E sedução porque tem essa ideia de que o feminismo vai te ajudar, mas quando chega lá não é nada disso”.

Propaganda enganosa

“A propaganda que o movimento faz é linda. Eu ficaria muito feliz se o feminismo fosse exatamente como a propaganda que ele faz de si mesmo: meu corpo, minhas regras, todas as mulheres são fortes, são guerreiras, estão preparadas para tudo. Nós somos a favor da luta contra a violência à mulher, somos a favor de que o estupro acabe. Qualquer cidadão de bem é a favor de todas essas coisas, mas o feminismo faz de uma maneira sensacionalista e exagerada e isso atinge as pessoas, principalmente jovens adolescentes”.

Arrependimento

“Em Belo Horizonte, quebrei uma loja inteira e me arrependo muito porque sou contra a violência. Em outra ação, eu estava com uma ativista caracterizada de Jesus Cristo e a gente se beijava na cruz. Fiz um vídeo e pedi perdão a todos os cristãos porque percebi que ofender outras pessoas, raças, crenças e etnias não era o caminho para conseguir o que eu queria. Mas em geral não me arrependo da minha militância porque fiz de coração, achava mesmo que poderia mudar o mundo”.

Perseguição

“A perseguição que sofro hoje é infinitamente maior do que eu sofria. A cidade (de São Carlos, SP, onde Sara mora) é um antro esquerdista, feminista por causa das universidades. Tenho muito mais medo agora do que antes. Nunca achei que tivesse que ter medo das pessoas que falam que vão proteger as mulheres! Essa perseguição acontece porque eu sei de tudo o que rola lá dentro, todas as estratégias de dominação mental, lavagem cerebral, de dinheiro, de organizações que financiam, e agora estou contando”.

Reação dos cristãos

“As pessoas gostam muito mais de mim agora. Fiquei espantada com isso, principalmente com os cristãos, que nunca achei que fossem me perdoar. Eu recebo muitas mensagens, cerca de cinquenta por dia, nas minhas redes sociais. Dizem: ‘Agora sim você representa a mulher brasileira’. Percebi que a minha militância fazia a maioria das mulheres passar vergonha, porque elas não querem ser representadas por uma menina louca, histérica, pelada gritando a favor do aborto. Elas querem que uma mulher represente os interesses como na saúde específica do corpo da mulher, na educação”.

Maternidade, defesa da vida e educação dos filhos

“Eu já vi tantas coisas ruins no feminismo que quando descobri que seria mãe falei: ‘E agora?’. Sentia a vida crescendo dentro de mim, tanto na minha alma quanto no corpo. Aí conheci muitos projetos pró-vida que acolhem mulheres que desistem de abortar e são acolhidas para levar a gestação até o final (…) Quero que (o meu filho, hoje com 6 meses de idade) saiba respeitar uma mulher. Quero criá-lo para que seja uma pessoa cordial e gentil, com valores de voluntariado. Quero criá-lo com base nos dez mandamentos da Bíblia. Eu acho que isso é muito importante, ainda que muitos valores tenham se perdido hoje em dia. Mas quero resgatar isso”.

Dificuldades e perspectivas

“Faço palestras e ganho R$ 10 por livro vendido na internet. Ainda não recebo a pensão do meu filho e o meu nome está sujo. Minha mãe me ajuda como pode, mas sou sozinha e tenho que pagar aluguel, conta de água e luz. Já vendi tudo o que tinha de valor para tentar quitar minhas dívidas. Tenho fé que uma hora isso vai melhorar. Quero escrever um novo livro contando experiências de ex-feministas que saíram do movimento e foram perseguidas. Também quero ingressar na política, sonho que tenho desde criança. Quero combater a violência contra a mulher e propor melhorias na área da saúde e educação. Sei que, na política, posso fazer algo de maneira mais substancial, melhor do que ficar protestando na rua com os peitos de fora”.

Reações feministas

Procurados pela reportagem do portal G1.com, movimentos feministas presentes em São Carlos, SP, como o Mulheres em Luta, o coletivo Juntas e as Promotoras Legais Populares, negaram as práticas denunciadas por Sara Winter.

Outros casos

– Sara Winter não é a primeira figura emblemática do feminismo militante que repensa a própria postura e denuncia os desvios e perversões ideológicas do movimento. A famosa feminista norte-americana Camille Paglia concedeu uma devastadora entrevista àFolha de S.Paulo em abril do ano passado, aqui resenhada por Aleteia, declarando que “o feminismo contemporâneo está fazendo as mulheres retrocederem”, porque “a ideologia feminista do presente é doente, indiscriminada e neurótica. E, mais do que tudo, não permite que a mulher seja feliz”.

A Espiritualidade Matrimonial

A espiritualidade matrimonial não consiste apenas na oração e nas práticas de piedade feitas em conjunto pelos cônjuges. A vivência da espiritualidade nesta vocação particular passa necessariamente pela doação total e recíproca do corpo. Mais ainda: a união conjugal é o centro e o coração da vida espiritual do matrimônio!

Não é “apesar” da sexualidade que os esposos devem crescer na vida espiritual: é justamente “através” do exercício ordenado da sexualidade, ou seja, em conformidade com a sua finalidade e propósito. A vida sexual dos esposos não pode ser considerada um aparte na sua vida espiritual: pelo contrário, ela faz parte do coração e do centro da espiritualidade conjugal. Esta é a perspectiva da Teologia do Corpo, de São João Paulo II, que pode parecer “surpreendente” e “inovadora” para muita gente que desconhece a verdadeira doutrina da Igreja (gente que, em vez de conhecer a doutrina diretamente em sua fonte, só “fica sabendo” de pedaços dela que são mal apresentados, descontextualizados ou abertamente manipulados pelo assim chamado “jornalismo” laico).

Se é verdade que a mídia presta um serviço muito questionável quando “informa” (?) sobre questões de doutrina católica, também é verdade, por outro lado, que, durante quase vinte séculos, não existiu na Igreja “uma espiritualidade especificamente conjugal”: a literatura espiritual sempre foi abundante para sacerdotes e religiosos, mas bastante menos rica em material que abordasse a grandeza e a profundidade da vocação matrimonial como um caminho específico de santidade. Os casais se viam “obrigados” a alimentar-se de uma espiritualidade que não era especificamente voltada para o seu estado de vida nem para a sua vocação.

Isso não quer dizer que a Igreja não considerasse a sexualidade conjugal uma dimensão da santidade no matrimônio. Mas foi graças à Teologia do Corpo, de São João Paulo II, que ficou mais claro para os católicos que “tanto o matrimônio quanto a entrega de si mesmo aos outros através do celibato pelo Reino envolvem o dom total de si, e que ambas as vocações – matrimônio e celibato – podem conduzir à santidade”.

A espiritualidade das pessoas casadas

É própria dos casais unidos em matrimônio, e não uma simples transposição da espiritualidade de religiosos e religiosas para a vida matrimonial. A espiritualidade matrimonial se articula no aspecto que mais a distingue da vida consagrada: a entrega do corpo.

Quem abraça o chamado ao “celibato pelo Reino”, como Jesus o caracteriza, procura a união com Deus em uma relação direta com Ele. Já no matrimônio a vocação recebida é um chamado ao encontro com Deus através da doação própria a outra pessoa – incluindo nessa doação a própria entrega carnal. É constitutivo da espiritualidade conjugal compartilhar a vivência carnal – que não é só sexual, mas também afetiva, terna e ligada ao conjunto de aspectos que São João Paulo II chamou de “linguagem do corpo”.

E é essencial entendê-lo bem, porque, do contrário, tenta-se viver uma espiritualidade de celibato dentro do matrimônio e os esposos se perdem. Há pessoas casadas que procuram Deus fora do matrimônio ou “apesar” do matrimônio, quando é precisamente a sua vocação ao matrimônio que deveria levá-las a buscar a Deus “através” da doação pessoal de cada cônjuge um ao outro.

Uma espiritualidade “especificamente conjugal”

Depois de séculos focados em revelar toda a beleza da espiritualidade religiosa e sacerdotal, a Igreja é chamada, hoje, a revelar outra dimensão do tesouro que recebeu: a espiritualidade conjugal. Espera-se o equilíbrio entre as duas modalidades possíveis de uma mesma e única vocação de todo homem e de toda mulher: o dom de si próprio, que São João Paulo II chamava de “vocação esponsal” da pessoa. Esta vocação pode realizar-se no dom de si mesmo a Deus, através da vocação esponsal virginal (consagrada, religiosa ou sacerdotal) ou no dom de si mesmo a outra pessoa: a vocação esponsal conjugal.

Os primeiros elementos explícitos da espiritualidade conjugal podem ser encontrados em São Francisco de Sales, mas é principalmente no século XX que começam a surgir movimentos de espiritualidade conjugal. É o caso, por exemplo, do que se iniciou na França por influência do padre Caffarel e das Equipes de Nossa Senhora.

Além da procriação: a importância do ato conjugal

O ato conjugal não pode ser reduzido a uma simples necessidade voltada a gerar vida. Tanto a procriação como a comunhão dos esposos são fins do ato conjugal e estão intrinsecamente unidas: a comunhão dos esposos faz com que eles queiram gerar vida, já que toda comunhão autêntica tende à fecundidade. Além disso, o dom da vida completa e aperfeiçoa a comunhão dos esposos. Os dois significados do ato conjugal, condicionados um ao outro, devem, portanto, ser mantidos juntos, como já pedia Paulo VI na encíclica Humanae Vitae, de 1968.

A união entre espiritualidade e sexualidade é um desafio para todo matrimônio autenticamente cristão – mas não é impossível. Pelo contrário: a Igreja estaria nos enganando ao nos apresentar o matrimônio como uma vocação cristã à santidade se não fosse possível unir a sexualidade e a espiritualidade.

O matrimônio como vocação inferior? De jeito nenhum!

São João Paulo II declarou enfaticamente que, “nas palavras de Cristo sobre a castidade ‘pelo reino dos céus’, não há nenhuma referência a uma ‘inferioridade’ do matrimônio no tocante ao corpo ou à essência do próprio matrimônio (o fato de que o homem e a mulher se unam para se tornar uma só carne)”. E de novo: “O matrimônio e a castidade [‘pelo Reino’] não são opostos e não dividem a comunidade humana e cristã em dois campos: o dos ‘perfeitos’ graças à castidade [vivendo em celibato] e o dos ‘imperfeitos’ ou menos perfeitos por ‘culpa’ da realidade da sua vida matrimonial”. Não se pode ser mais claro! No entanto, é verdade que a prática total dos votos de pobreza, castidade e obediência da vida religiosa permitem chegar com maior facilidade à caridade plena, que é a única medida válida da vida cristã.

Quanto à santidade “sozinho” ou “em casal”, vale recordar um provérbio que diz que “sozinho se chega rápido, mas acompanhado se chega longe”. Quando há dois, é preciso levar o outro em conta para ambos avançarem juntos. Tentações não faltam para fugir desta exigência do matrimônio… Aliás, quem não se sente chamado a avançar assim na vida cristã é porque, talvez, não tenha a vocação matrimonial – e isso é perfeitamente legítimo, já que é bem claro que nem todos recebem de Deus a mesma vocação.

Perdão e comunhão conjugal

Não há limites para o perdão, que é premissa da comunhão. É o perdão que permite a perpétua restauração da comunhão. Os atos negados de perdão vão levantando uma montanha que separa o casal. Pedir perdão e perdoar é tarefa de todos os dias, porque todos os dias se causa alguma pequena ferida.

Fonte: Aleteia

Liturgia e celebração da Semana Santa

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A Semana Santa é o momento decisivo para toda a Igreja se reunir e celebrar de forma intensa o mistério central da fé católica: a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por esse motivo, devemos ter a devida atenção com a liturgia, seja na compreensão do sentido litúrgico de cada dia, seja na correspondência com a nossa vida, por meio da conversão pessoal.

Para bem celebrarmos a Páscoa de Cristo, devemos nos preparar como uma noiva que vai desposar o noivo. Por isso, durante o Tempo da Quaresma precisamos usar vestes de penitência, conversão e misericórdia, para que no Domingo Santo possamos nos vestir com as vestes gloriosas do Cristo Ressuscitado.

Sim, Cristo ressuscitou, e com Ele nós colhemos a vida nova, entretanto, só é possível colher os frutos da ressurreição se bem vivermos e celebrarmos a Semana Santa. Só é possível aclamar a uma só voz que Cristo ressuscitou, se passarmos pela experiência de união na oferta de Cristo na cruz.

O Domingo de Ramos

O início da Semana Santa acontece com o Domingo de Ramos, Domingo este que antecede o Domingo da Ressurreição. A entrada de Jesus em Jerusalém revela que Jesus assume o projeto de salvação do homem no mistério pascal. Daí, a procissão e a bênção de ramos em honra a Cristo Rei, apresentarem-nos a realeza de Cristo em nossas vidas.

Na liturgia do Domingo de Ramos parece haver uma grande contradição, pois a mesma multidão que aclama o Cristo Rei com “Bendito o que vem em nome do Senhor” na leitura do Evangelho e na Procissão de Ramos, também condena Cristo, o servo sofredor, com o grito “Crucifica-o!”.

Daí a importância de celebrar bem esse dia, unindo-se ao louvor e à aclamação do Cristo que é Rei, mas também, através do arrependimento dos nossos pecados, que resultaram na condenação e morte de cruz de Cristo, pois são os nossos pecados que crucificaram o Senhor. Reconhecer Cristo como Rei e Servo Sofredor é o primeiro passo dado a caminho do Calvário.

Os três dias que antecedem o Tríduo Pascal

Os três primeiros dias feriais da Semana Santa marcam a preparação mais imediata da Páscoa. A liturgia usa, então, de um método vivo e envolvente da quase reconstituição dos acontecimentos que Jesus viveu nesses últimos dias de sua vida terrena.

Simbologia do Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal, segundo as palavras de Santo Agostinho, é o sacratíssimo tríduo do Crucificado, Sepultado e Ressuscitado.

Inicia-se com a missa vespertina da Ceia do Senhor, possui seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição . Assim, o Tríduo Pascal é o ápice do ano litúrgico.

A missa vespertina da Ceia do Senhor, tem como centro a instituição da Sagrada Eucaristia e do sacerdócio, e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna. Tem como ritos próprios o lava-pés, após a homilia, e a transladação do Santíssimo Sacramento. Assim, na Quinta-Feira Santa, há a transmissão do ritual da Páscoa de Jesus.

“A liturgia de Quinta-Feira Santa insere no texto da oração a palavra “hoje”, sublinhando deste modo a dignidade particular deste dia. Foi “hoje” que Ele o fez: deu-se a si mesmo para sempre no sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. Este “hoje” é, antes de mais nada, o memorial da Páscoa de então. Mas é mais do que isso. Com o Cânone, entramos neste “hoje”. O nosso hoje entra em contato com o seu hoje. Ele faz isto agora. Com a palavra “hoje”, a liturgia da Igreja quer induzir-nos a olhar com grande atenção interior para o mistério deste dia, para as palavras com que o mesmo se exprime”.

A Sexta-Feira Santa não é um dia de luto e de pranto, mas um dia em que devemos observar a oferta amorosa de Jesus na Cruz. Com o seu sacrifício cruento, celebramos a morte vitoriosa de Jesus. Nem na sexta nem no sábado a Igreja celebra os sacramentos, exceto penitência e unção dos enfermos. O altar deve estar completamente despojado: sem cruz, castiçais e toalha. Não há canto de entrada. Ao invés da instituição da Eucaristia, há a adoração da Cruz . Por fim, há a comunhão com as hóstias consagradas da Quinta-Feira Santa.

O Sábado Santo (“sepultura do Senhor”), com a reforma litúrgica de Pio XII, passou a ser um dia “alitúrgico”, onde a Igreja se reúne apenas para a celebração da liturgia das horas. Nesse dia, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte, em postura de penitência expressão de fé e esperança .
Na noite santa celebramos, como Igreja, a Vigília Pascal, que é a vigília das vigílias, e que tem três símbolos que iremos destacar: a água, o fogo e o canto novo: Aleluia.

Inicia-se a Vigília Pascal com a breve celebração da luz, que é feita fora da Igreja, para representar que nós, antes de batizados, estávamos fora da Igreja. Acende-se o Círio Pascal – que representa Cristo ressuscitado –, e as velas acesas por cada batizado no Círio são símbolos da vida nova que são comunicadas pelo Espírito Santo.
“Com a ressurreição, o dia de Deus entra nas noites da história. A partir da ressurreição, a luz de Deus difunde-se pelo mundo e pela história. Faz-se dia. Somente esta Luz – Jesus Cristo – é a luz verdadeira, mais verdadeira que o fenômeno físico da luz. Ele é a Luz pura: é o próprio Deus, que faz nascer uma nova criação no meio da antiga, transforma o caos em cosmos”.

Em seguida, pela Liturgia da Palavra relembramos os feitos de Deus com o povo do Antigo Testamento que culmina na Ressurreição de Jesus. Assim, renovamos o nosso compromisso como batizados, reavivando-o por meio da graça própria da ressurreição de Cristo.

Depois da Liturgia da Palavra, segue-se a celebração com a Liturgia Batismal, realizando o Batismo, se houver catecúmenos, e em seguida renovam-se as promessas do Batismo de toda a assembleia. Por fim, realiza-se a Liturgia Eucarística – Cristo Cordeiro imolado e glorificado.

A água tem dois significados opostos nas Sagradas Escrituras. Daí extraímos a riqueza desse símbolo da Vigília Pascal. A água indica vida e morte. Morte, porque a água do Batismo “torna-se a representação simbólica da morte de Jesus na cruz: Cristo desceu aos abismos do mar, às águas da morte, como Israel penetrou no Mar Vermelho. Ressuscitado da morte, Ele dá-nos a vida” . O outro significado é a água como vida. Cristo Ressuscitado é a nascente de água viva, que devolve para nós toda sorte de bênçãos e de esperança, para assim renovar o mundo diante da vitória do pecado e da escravidão do mal. “Ele é o Templo verdadeiro, o Templo vivo de Deus. E é também a nascente de água viva. Dele brota o grande rio que, no Batismo, faz frutificar e renova o mundo; o grande rio de água viva é o seu Evangelho que torna fecunda a terra”.

Por fim, o simbolismo do Aleluia representa a necessidade não só de falar mas de cantar a ressurreição de Cristo: daí brota um canto novo nos lábios e no coração do povo de Deus. “Quando uma pessoa experimenta uma grande alegria, não pode guardá-la para si. Deve manifestá-la, transmiti-la. Mas que acontece quando a pessoa é tocada pela luz da ressurreição, entrando assim em contato com a própria Vida, com a Verdade e com o Amor? Disto, não pode limitar-se simplesmente a falar; o falar já não basta. Ela tem de cantar. A mão salvadora do Senhor nos sustenta e assim podemos cantar já agora o cântico dos redimidos, o cântico novo dos ressuscitados: Aleluia! Amém!”

Que grande alegria, Cristo Ressuscitou! Sim, Ele está vivo, venceu a morte, venceu o nosso pecado, por isso somos livres, e chamados a evangelizar! No Domingo da Páscoa celebramos o dia do Senhor, com grande solenidade, dia em que Cristo Glorioso vem nos libertar do pecado, por sua obra pascal.

Assim, chegamos ao fim dessa longa caminhada em vista da Glorificação de Cristo, entoando o nosso louvor pela ressurreição do Senhor. Que possamos viver intensamente cada dia da Semana Santa, para que no Domingo da Páscoa, o nosso grito – Ressuscitou! – seja repleto de alegria e de verdade, pois caminhamos no Calvário com Jesus e ressuscitamos com Ele.

Boa Semana Santa e Feliz Páscoa!

[1] “Toda a atenção da alma deve estar voltada para os mistérios que, sobretudo nessa missa, são recordados, isto é, instituição da Eucaristia, a instituição da ordem sacerdotal e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna” (Carta circular da Congregação para o Culto Divino).

[1] “Enquanto o Tríduo nos apresenta a realidade do mistério pascal único e unitário na sua dimensão histórica, a Quinta-Feira Santa o transmite em sua dimensão ritual” S. Marsili.

[1] Santa Missa “in cena domini”, homilia do Papa Bento XVI.

[1] “Adoramos a vossa cruz, Senhor; louvamos e glorificamos a vossa santa ressurreição! Do madeiro da cruz veio a alegria no mundo inteiro” Antífona de origem Bizantina.

[1] “O Sábado Santo é a pausa que a Igreja convida a viver, suspendendo pelo átimo de um dia o turbilhão das preocupações cotidianas. É o momento em que se deve fazer brotar do coração a plenitude do reconhecimento” B. Baroffio, Meditazioni sul Tríduo Pasquale, p. 32.

[1] Homilia do Papa Bento XVI da Vigília Pascal de 2009.

[1] Homilia do Papa Bento XVI da Vigília Pascal de 2009.

[1] Homilia do Papa Bento XVI da Vigília Pascal de 2009.

 

Márcio André Teixeira Barradas

Polônia surpreende Europa e acaba com a fertilização in vitro provocadora da morte de inúmeros embriões humanos

A nova primeira ministra da Polona subiu prometendo uma plataforma pela vida. Na foto está sendo cumprimentada pelo presidente da Polônia
A nova primeira ministra Beata Szydlo subiu prometendo
uma plataforma pela vida.
Na foto está sendo cumprimentada pelo presidente da Polônia

A decisão atende os pedidos das associações pela vida polonesas e internacionais. Essa prática antinatural consumia por volta de 75 milhões de dólares anualmente, noticiou a agência LifeSiteNews. O novo governo conservador da Polônia pôs fim ao financiamento da fertilização in vitro (IVF) aprovada pelo governo anterior.

“É uma boa notícia”, disse Mariusz Dzierzawski da Poland’s Right to Life Foundation. “Mas é só um primeiro passo. Nós temos que seguir combatendo para que o IVF seja ilegal”.

John Smeaton, secretário executivo da Society for the Protection of Unborn Children de Londres, também aplaudiu a decisão do governo do Partido Lei e Justiça.

“Damos a bem-vinda à decisão do governo polonês pois o fim do financiamento vai restringir muito a prática da inseminação artificial na Polônia e salvar muitas vidas em estado embrionário”, explicou.

Segundo o site de sua associação, na Grã-Bretanha nasceram 68.000 crianças por inseminação artificial desde 1978, só 1% do total dos nascimentos.

Mas só um de cada cinco tentativas de inseminação artificial deu certo. E, as que deram certo, deixaram grande número de embriões congelados nos laboratórios, muitas vezes condenados à morte. Várias vezes nos últimos anos, o movimento pela vida reuniu as 100.000 assinaturas para obrigar o Parlamento polonês a discutir a proibição pura e simples “sem exceções” do aborto, disse Dziersawski.O ministro da Saúde polonês Dzierzawski denunciou que a mídia internacional e os lobbies globais abortistas estavam pressionando o novo governo para manter as leis anti-vida, mas o movimento pela vida está muito ativo.

Mas o Partido Lei e Justiça era minoritário e não conseguiu aprovar o projeto. “Agora nós temos esperança porque nós temos a maioria no Parlamento”, disse.

O aborto na católica Polônia faz parte da “herança verdadeiramente maldita” deixada pelo comunismo soviético russo. Na Rússia esse crime abominável atinge números assustadores, malgrado as bravatas pela vida falsamente propaladas por Vladimir Putin.

Ela vai morrer logo, mas sua vida é um enorme presente para todos

Abigail tem síndrome de Down e um tumor cerebral inoperável.

Dor? Com certeza. Muita dor. Mas sobretudo, amor: seus pais, Erika e Stephen, e sua irmãzinha Audrey, cuidam de Abigail em casa enquanto esperam o final, rezando, vivendo intensamente este tempo com ela e agradecendo pelo dom da vida desta menina tão especial.

A vida é um presente, sempre. E sempre é digna de ser amada, mesmo que cause dor e sofrimento. É isso que este ensaio fotográfico mostra de maneira fantástica.

“Nada nela é um equívoco, nada nela é um erro. Ela é perfeita em todos os sentidos, e combina perfeitamente com a nossa família. Ela foi desenhada especificamente para nós”, reconheceu seu pai, Stephen, emocionado, ao jornal “The Mighty”.

As imagens foram reproduzidas pela Aleteia com autorização da sua autora, Mary Huszcza (se não conseguir visualizar as imagens, clique aqui).

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