Passei um ano como homem trans. Os médicos me deixaram na pior

Sydney Wright era uma adolescente lésbica perdida que achou que mudar de sexo resolveria todos os seus problemas.| Foto: Sydney WrightSydney WrightThe Daily Signal

[12/10/2019] [12:04]

Não consigo ficar em paz com o que fiz a mim mesma nos últimos dois anos, muitos menos com a “ajuda” que alguns profissionais da saúde me deram. Há dois anos, eu era uma menina linda e saudável perto de me formar no ensino médio. Em pouco tempo, me transformei no pesadelo pré-diabético e obeso de um homem transgênero.

Não vou culpar apenas os profissionais da saúde, porque eu deveria ter adivinhado. Mas eles certamente me ajudaram muito a fazer mal a mim mesma — e ganharam muito dinheiro fazendo isso. Eis minha história.

Desde a infância, sempre fui diferente das outras meninas. Eu usava roupas de menino e brincava com brinquedos de meninos. Eu era a clássica “menina-moleque”. À medida que eu crescia, comecei a me interessar amorosamente por outras meninas. Na verdade, à exceção de um menino no ensino médio, só namorava meninas.

Na época, você não saberia, só de olhar para mim, que eu era gay. Eu tinha cabelos louros compridos, usava maquiagem e me comportava femininamente. Mas, na minha cabeça. Eu sabia que era gay — embora eu fosse uma gay cheia de ódio por mim mesma. A verdade é que eu não gostava de gays e não queria ser associada a eles. Ainda assim, lá estava eu, saindo apenas com meninas.

Aos 17 anos, meus pais passaram por um longo processo de divórcio e eu estava morando com meu pai. Foi quando ele descobriu que eu estava namorando meninas. Ele imediatamente me expulsou de casa, dizendo que ou eu mudava ou caía fora. Sem muita escolha, fui morar com minha mãe.

Pouco depois disso, cortei meus cabelos — uma decisão que irritou meu pai e minha mãe. Mas o que aconteceu em seguida irritou ainda mais a mim. Aos 18 anos, comecei a ver várias “histórias de sucesso” de homens transgêneros no Instagram. Os homens trans falavam que sempre sentiram que havia algo de “estranho” com eles e que os outros não percebiam que eles tinham sido do sexo oposto depois da transição. As histórias pareciam ter um final feliz — o que me deu inveja.

Eis-me aqui recebendo olhares de reprovação por andar de mãos dadas com minha namorada em público, sendo que estava sendo constantemente julgada por todos, enquanto os transgêneros podiam namorar parceiros do mesmo sexo tendo a aparência do sexo oposto. Eu me ressentia disso e comecei a invejar os transgêneros. Eu queria aquilo para mim mesma.

Um caminho rápido rumo à transição

Tudo o que eu lia era a favor da transição. Infelizmente, eu não achei nenhum artigo sobre o arrependimento dos transgêneros ou sobre os graves problemas de saúde decorrentes da transição. Os artigos só mencionavam que a transição faria de você uma pessoa corajosa e que seria bom para você.

Esforcei-me ao máximo para encontrar livros que discutissem o assunto com um olhar crítico e me expondo a opiniões opostas, mas só consegui encontrar autores pró-transgênero. Diante disso, a minha conclusão foi óbvia: se todos os “especialistas” defendiam a transição, por que não passar por ela?

Todos os dias eu me via como uma “sapatão” horrível, uma coisa não natural, uma lésbica. Odiava essa imagem e preferia ser um homem namorando meninas. Então procurei no Google o que teria de fazer para passar pela transição e virar um homem. O primeiro passo foi encontrar um terapeuta que escrevesse uma carta de recomendação a fim de que eu começasse a tomar hormônios masculinos.

Encontrei rapidamente uma terapeuta que disse que me ajudaria, e disse a ela que queria começar a tomar hormônios no meu aniversário de 19 anos, que seria dali a cinco semanas. Ela exigia apenas uma sessão de uma hora por semana. Não é tempo o bastante para se conhecer alguém. Mas aquelas cinco horas me renderam uma carta de recomendação que me abriu as portas para o mundo da terapia hormonal e permitiu que eu me transformasse num “homem”. Ela também me ajudou a mudar meu “sexo” na minha carteira de motorista. Agora entendo que a rapidez disso tudo foi um problema. Se a terapeuta tivesse ido mais devagar e sido mais cuidadosa, ela teria percebido que eu não era realmente trans.

Mas, nessa época, eu via os vídeos promocionais. Estava convencida de que meu gênero é que estava “errado” e a terapeuta me orientou por todo o processo e fez com que eu sentisse que precisava mesmo de uma mudança de sexo. Meus amigos também me encorajavam a passar pela transição. “Você é uma menina linda”, diziam. “Você será um menino lindo também!”. Outros tinham medo de dizer que eram contra. Afinal, estávamos em 2017. Nunca sofri reprimendas de ninguém.

Claro que na realidade eu não era menino, mas ouvir o contrário era a última coisa de que eu precisava. Eu estava simplesmente insegura quanto a ser um tanto quanto masculina e lésbica em público. Minha terapeuta nunca tentou se sentar comigo e descobrir o que estava acontecendo. Ao contrário, ela me fazia perguntas como “quando você começou a se sentir assim?” e “por que você se sente assim?” Ela nunca tentou impedir que eu passasse pela transição.

O golpe que me marcou para sempre

Assim que recebi minha carta de recomendação, fui a um médico em Atlanta para passar pelo que se revelou como o pior tratamento da minha vida. O médico veio e perguntou se eu tinha alguma pergunta. “Estou um pouco nervosa”, eu disse. “Você quer fazer isso?”, perguntou ele. “Sim”, eu disse. Ao que ele respondeu: “Certo. Onde está sua carta de recomendação?”

Eu lhe entreguei a minha carta, mas ele não a abriu — nem para ver se era mesmo legítima. Ele disse: “Vou lhe dar uma receita de testosterona”. Aquilo me surpreendeu — eu achava que ele mesmo faria a aplicação. “Não é o senhor quem vai me dar a injeção?”, perguntei. Ele, então, sugeriu sarcasticamente que eu voltasse para Roma, na Geórgia (uma viagem de quatro horas), comprasse o hormônio e voltasse para o consultório a fim de que ele me desse a injeção.

Aquilo não fazia sentido, e ele sabia disso. “Mas não sei como aplicar”, disse. “Não há como errar”, respondeu ele. Ele me disse para ir para casa e aprender. Ele sugeriu que eu assistisse a um vídeo do YouTube.

Isso realmente me deixou com medo. Eu deveria ter percebido que aquilo era um sinal de que o médico não se importava, que era tudo um plano para ganhar dinheiro. A abordagem displicente dele demonstrava que ele tinha certeza de que não seria considerado responsável pelas consequências do tratamento. Mas, naquele momento, eu ainda estava perdida. Achava que a transição poderia me transformar numa pessoa “normal”. Infelizmente, não era isso o que me aguardava.

Destruindo meu próprio corpo

As injeções de hormônios masculinos começaram a fazer efeito, mas não da forma como eu esperava. Comecei a ganhar mais e mais peso. Minha pele começou a ficar inchada e a perder a cor. Meu sangue começou a ficar espesso. O consultório médico me submetia a exames de sangue a cada três meses e os exames disseram que eu era agora pré-diabética — algo que era uma novidade para mim.

O médico responsável por minha transição disse para eu não me preocupar, mas achei melhor consultar outro médico e obter uma segunda opinião. Ele disse que, por causa do sangue mais espesso, eu corria o risco de sofrer um ataque cardíaco ou um derrame. Eu me submeti a isso por quase um ano. Ao longo deste tempo, ganhei 25 quilos e fui a pessoa mais triste do mundo. Nenhum dos problemas que eu achava que isso resolveria foram resolvidos e eu me tornei uma pessoa com ainda menos autoconfiança do que antes. Comecei a me arrepender.

Mas infelizmente eu estava presa. Já tinha declarado a todo mundo que eu era aquilo. Tinha mudado meu gênero e tinha obrigado as pessoas a aceitarem isso e a me chamarem por meu novo nome: Jaxson. No trabalho, os homens tinham que aceitar que a colega, ante mulher, usasse o mesmo banheiro que eles.

Todos pisavam em ovos ao meu redor — e as pessoas aceitavam tudo caladas, por medo do que poderia acontecerem se demonstrassem contrariedade. (Afinal, já havia empregadores sendo processados por esse tipo de coisa). Ninguém era capaz de dizer que o que eu estava fazendo era errado ou “ei, acorde!”. Umas poucas almas corajosas no trabalho tentaram me perguntar “você tem certeza?” e “por que você não pensa melhor nisso?”

Enquanto isso, minha mãe chorava todos os dias por conta do que eu estava fazendo comigo mesma, ao mesmo tempo em que se culpava por aquilo. Por fim, um dia meu avô se sentou comigo para conversarmos. Ele era e ainda é a única pessoa com cuja opinião eu me importo. Com lágrimas nos olhos, ele me pediu para parar com aquilo.

Tudo em mim queria continuar com o processo — não porque eu realmente quisesse, e sim por orgulho. “O que as pessoas vão pensar?”, eu me perguntava. Eu tinha obrigado todos a aceitarem a transição. Se eu de repente a abandonasse, o que eu diria aos outros? Essas perguntas me consumiam. E ali estava meu avô, o homem que eu mais respeito no mundo, implorando para que eu parasse, em meio a lágrimas. Eu simplesmente não podia lhe dizer “não”.

Foi minha salvação. Eu teria deixado que o tratamento me matasse antes de admitir que fizera algo de errado. A intervenção dele salvou minha vida. Então decidi abandonar a transição — e abandonei de uma só vez, sem nem ir ao médico de novo. Mas infelizmente nada era tão simples assim.

Menos de duas semanas depois de parar com o tratamento hormonal, a síndrome de abstinência bateu forte. Em pouco tempo eu caí no chão, gemendo, chorando, vomitando, incapaz de manter qualquer coisa no estômago e de comer. Estar doente todos os dias era exaustivo. Fui ao hospital três vezes e passei por dois procedimentos para que os médicos descobrissem o que estava acontecendo comigo. Meus hormônios estavam desequilibrados e eu estava péssima.

Da última vez em que fui levada para a emergência, estava tomando banho quando de repente tive uma síndrome de abstinência. Chamei minha mãe, que teve de dirigir por meia hora para me tirar do chuveiro e me levar ao hospital. Achei que não conseguiria chegar lá viva.

Antes de a emergência me dar um sedativo, implorei que minha mãe os obrigassem a me internar. “Vou morrer se voltar para casa ou se sair daqui”, eu disse. Ela e eu ficamos sentadas, chorando, até que eu desmaiei por causa dos sedativos que me deram. Achei que não fosse sobreviver.

Por fim, a esperança

Depois de quatro meses cansativos ficando doente todos os dias e perdendo 25 quilos, finalmente voltei a ter uma vida seminormal. Hoje estou mais estável, mas meu corpo leva consigo as cicatrizes da terapia de mudança de gênero. Minha voz ainda é grossa e eu pareço um homem. Hoje estou mil dólares mais pobre por causa dos custos, embora isso tenha sido uma fração do que o seguro-saúde pagou.

E, por causa daquela carta que dizia que sou irreversivelmente homem, minha carteira de motorista agora diz que sou “homem”. Terei de me apresentar num tribunal para provar que sou mulher. Ainda assim, sou grata por ter saído desse caminho horrível viva e antes de ter meu corpo mutilado.

Para mim, é uma loucura que a nossa sociedade permita que isso aconteça aos jovens. Aos 18 anos, eu não tinha idade nem para comprar álcool, mas tinha idade o bastante para procurar um terapeuta e tomar hormônios para trocar de sexo. Isso está acontecendo a jovens vulneráveis mais novos do que eu, e os adultos não estão nem aí.

Quando você entra nessas clínicas, não vê pessoas mais velhas ao seu redor. São meninos e meninas brincando de usar roupas do sexo oposto, levadas lá por pais que não sabem o que estão fazendo, esperando por consultas que provavelmente arruinarão suas vidas.

Espero que eu não seja a única a perceber o problema disso. Nossa cultura criou uma autoestrada para a transição de gênero que resultará apenas em corpos cheios de cicatrizes e vidas destruídas — e a comunidade médica é cúmplice. Eu estive pessoalmente com esses médicos e lhes dei meu dinheiro. Posso dizer que eles não se importam.

Essa é uma crise de saúde pública que nossa imprensa e os políticos ignoram completamente. Cada vez mais jovens estão sendo enganados, ouvindo que a solução para a insegurança e os problemas de identidade deles é a mudança de sexo. Este é simplesmente o pior caminho para um jovem.

Até que façamos algo, até que a comunidade médica crie barreiras e comece a cumprir seu papel — e até que os políticos tenham coragem de agir — veremos mais pessoas assim, com cicatrizes por toda a vida. No mais, espero que minha história sirva como um alerta e poupe algum outro adolescente da agonia e sofrimento pelos quais passei.

Professor admite que fraudou estudos para promover ideologia de gênero: “Eu inventei”

Christopher Dummit diz que não foi o único fraudador nos estudos de gênero e que todo mundo estava inventando (e está).

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO QUILLETTE

ATUALIZADO: QUARTA-FEIRA, 9 OUTUBRO DE 2019 AS 9:59

Christopher Dummitt durante entrevista. (Foto: Reprodução/YouTube)
Christopher Dummitt durante entrevista. (Foto: Reprodução/YouTube)

Christopher Dummitt é um historiador de gênero no Canadá e autor de “O homem moderno: masculinidade nos anos do pós-guerra”. Nos últimos 20 anos, ele tentou provar que não havia sexo, que a identidade sexual era apenas uma construção social baseada no poder, levando à opressão e à desigualdade. Hoje ele admite: “Estava errado e que houve fraude em seus ensinamentos”.

“Se eu soubesse, há 20 anos, que meu lado nas guerras ideológicas sobre gênero e sexo venceria tão decisivamente, eu ficaria em êxtase”, escreve Christopher Dummitt no site Quillette.

Atualmente, ele é presidente do Departamento de Estudos Canadenses da Universidade de Trent, em Peterborough, Ontário.

Ele descreve como os estudos de gênero assumiram os departamentos de história da América do Norte nos anos 90. “Cada um desses campos compartilhava a mesma visão de mundo que eu – que praticamente toda identidade era uma construção social. E essa identidade era toda sobre poder”, observa ele.

Seu zelo por sua posição era incomparável. “Não há nada tão certo como um estudante de pós-graduação armado com uma preciosa experiência de vida e uma grande ideia”, confessa.

Dummitt percebeu que pessoas fora do mundo acadêmico discordavam dele. “Quase ninguém que não havia sido exposto a tais teorias em uma universidade conseguiu acreditar que o sexo era uma construção social, porque essas crenças eram contrárias ao senso comum”.

Mas mesmo ele está surpreso com a velocidade impressionante da reviravolta cultural, usando essa lógica defeituosa.

“Agora minha grande ideia está em todo lugar. Isso aparece especialmente nos pontos de discussão sobre direitos de trans e políticas relacionadas a atletas trans no esporte. Está sendo escrito em leis que ameaçam essencialmente repercussões para quem sugere que o sexo pode ser uma realidade biológica”, observa ele.

Agora ele oferece um “mea culpa” por seu papel nisso, “uma crítica detalhada sobre por que eu estava errado na época e por que os construcionistas sociais radicais estão errados agora. Certa vez, argumentei os mesmos argumentos que eles agora apresentam e, portanto, sei como eles estão enganados.”

Discípulos do engano

Depois que Dummitt terminou seu doutorado em história de gênero, ele publicou um livro sobre o assunto, The Manly Modern, em 2007. Cinco estudos de caso de meados do século XX sobre os aspectos masculinos da sociedade formam o coração do livro.

Agora ele diz que tem vergonha de alguns conteúdos, especialmente dois de seus estudos de caso.

Embora o livro não tenha ganhado nenhum prêmio, logo foi citado por outros estudiosos que escreveram sobre a história da masculinidade.

Ele escreveu outro artigo influente sobre a conexão entre homens e churrasco – também citado por acadêmicos. “Muitos jovens estudantes universitários, primeiro aprendendo sobre a história do Canadá, foram forçados a ler esse artigo para aprender sobre a história de gênero – e a construção social de gênero.

“O problema é: eu estava errado. Ou, para ser um pouco mais preciso, entendi as coisas parcialmente. Mas então, para o resto, eu basicamente inventei”, confessa Dummit.

Mas Dummit não foi o único fraudador nos estudos de gênero. “Todo mundo estava inventando (e está). É assim que o campo dos estudos de gênero funciona”, observa ele.

Em sua postura pública, ele estava zangado e assertivo sobre o que achava que sabia. “Era para esconder o fato de que, em um nível muito básico, eu não tinha provas de parte do que estava dizendo. E é isso que torna tão decepcionante ver que os pontos de vista que eu costumava argumentar com tanto fervor – e com tanta base – agora são aceitos por muitos na sociedade em geral”.

Na pesquisa de Dummitt, ele procurou encontrar uma explicação para a maneira como os canadenses do pós-guerra falavam sobre homens e mulheres. “Eu tinha respostas, mas não as encontrei na minha pesquisa primária. Eles vieram de minhas crenças ideológicas”, observa ele.

Ele diz que seus colegas estudiosos adotaram a mesma abordagem – e ainda o fazem. “Isso é o que era e é: um conjunto de crenças pré-formadas que são incorporadas à penumbra disciplinar dos estudos de gênero.”

“Minha pesquisa não provou nada de qualquer maneira. Apenas assumi que o gênero era uma construção social e procedi nessa base”, conta.

Ele se refere ao mundo isolado da academia como um silo. “Eu nunca me envolvi, pelo menos não seriamente, com alguém que sugerisse o contrário. E ninguém, em nenhum momento dos meus estudos de pós-graduação, ou na revisão por pares, sugeriu o contrário – exceto em conversas, geralmente fora da academia. E, portanto, nunca fui forçado a enfrentar explicações alternativas, de orientação biológica, que eram pelo menos tão plausíveis quanto a hipótese de que eu me vestia com o ar da certeza”, declara.

A certa altura, começaram a surgir dúvidas em seu pensamento. Por quanto tempo a profissão poderia continuar se expandindo simplesmente adicionando mais e mais tipos de opressão? Certamente, em algum momento, a história seria realmente abrangente, ele pensou.

Fraudes

Em 2009, Dummitt publicou um livro com um ensaio intitulado “After Inclusiveness”, afirmando esse ponto. Enquanto muitos em sua profissão admitiram em particular que ele estava certo, ninguém diria isso publicamente.

“Para reiterar: o problema era e é que eu estava inventando tudo. Essas eram suposições educadas que eu estava oferecendo. Eles eram hipóteses. Talvez eu estivesse certo. Mas nem eu, nem qualquer outra pessoa, jamais pensamos em examinar o que escrevi.

Gênero era realmente sobre poder? Para provar seus argumentos em seus escritos, ele citou outros estudiosos que disseram que sim. “Ajudou [o fato de] os nomes deles serem franceses e eles fossem filósofos. O trabalho de um sociólogo australiano, R. W. Connell, também ajudou. Ele argumentou que a masculinidade era principalmente sobre poder… Na realidade, seu trabalho não provou isso; extrapolou plausivelmente a partir de pequenos estudos de caso, como eu havia feito. Então eu citei Connell. E outros me citaram. E é assim que você ‘prova’ que o gênero é uma construção social e tudo sobre poder.”

A bolsa de estudos fraudulenta desenvolvida no ambiente acadêmico e promovida por Hollywood agora está encontrando seu caminho na estrutura política e legal. “Meu raciocínio falho e outras bolsas de estudos que usam o mesmo pensamento defeituoso agora estão sendo adotadas por ativistas e governos para legislar um novo código moral de conduta’, diz.

“Uma coisa era quando eu estava bebendo com colegas de pós-graduação e brigando no mundo inconsequente de nossos próprios egos. Mas agora muito mais está em jogo. Eu gostaria de poder dizer que a bolsa de estudos se tornou melhor – as regras de evidência e a revisão por pares mais exigentes. Mas a realidade é que a atual aceitação quase total do construtivismo social em certos círculos parece mais o resultado de mudanças demográficas na academia, com certos pontos de vista dominando ainda mais do que no meu auge da graduação”, declara.

“Até que tenhamos estudos seriamente críticos e ideologicamente divergentes sobre sexo e gênero – até que a revisão por pares possa ser algo mais do que uma forma de triagem ideológica em grupo -, deveremos ser muito céticos de fato sobre muito do que conta como ‘experiência’ em construção social de sexo e gênero”, defende.

Disforia de gênero

Segundo a psicóloga cristã Marisa Lobo, a confissão de Christopher Dummit não é novidade, pois “a ideologia de gênero é mentira, e aqueles que a defendem inventam e militam social e culturalmente para promover o tema”. Autora de livros que falam sobre o assunto, Marisa diz que é “por isso a que gente vive descontruindo a ideologia de gênero.”

Marisa Lobo diz ainda que eles querem quebrar o paradigma de que homem nasce homem e mulher nasce mulher para contestar religiões e a sociedade, pois querem ter o direito de viver como querem, mas que isso não pode afetar as crianças.

A psicóloga diz que as crianças acabam sofrendo assédio moral, psicológico e acabam sofrendo com doenças mentais. “As pessoas têm o direito de fazer o que quiserem, mas essa interferência na infância está causando uma patologia chamada disforia de gênero. É contra isso que a gente luta”, explicou.

Abortista depõe em caso sobre órgãos fetais: “Alguns desses fetos nasceram vivos”

Um médico que já realizou mais de 50 mil abortos disse que a Planned Parenthood alterava o protocolo para garantir tecidos fetais frescos e intactos.| Foto: Reprodução/ Planned ParenthoodMairead McardelNational Review[04/10/2019] [09:40]3Um médico abortista sentou-se no banco das testemunhas de um tribunal de San Francisco e, surpreendentemente, depôs em nome de dois investigadores pró-vida disfarçados, David Daleiden e Sandra Merritt, que estão sendo processados por fazerem uma gravação secreta de executivos da indústria do aborto falando que eles procuram partes de fetos humanos para vender a pesquisadores.
De acordo com testemunhas, o obstetra-ginecologista dr. Forrest Smith disse à corte que os executivos no vídeo provavelmente alteraram ilegalmente procedimentos de aborto, fazendo com que os bebês nascessem vivos e sujeitando as mães a complicações em sua busca por órgãos fetais mais intactos.
Daleiden, Merritt e a organização que eles comandam, o Centro pelo Progresso Médico, ganharam as manchetes no verão de 2015 depois de terem divulgado horas de vídeos gravados secretamente mostrando executivos da Planned Parenthood e a conferência de 2014 da Federação Nacional do Aborto. Os executivos da indústria do aborto foram flagrados barganhando com os investigadores, que se passavam por representantes de uma empresa de pesquisas que usava tecidos fetais, e admitindo alterar ilegalmente os procedimentos a fim de obterem órgãos fetais mais frescos e intactos, que valem mais para os pesquisadores.

Quando Smith viu Daleiden na televisão, em 2015, ele disse à esposa: “Eu vou destruir esse filho da mãe. Ele está querendo me destruir”, depôs o abortista.
Depois de conhecer Daleiden, contudo, ele chegou à conclusão de que o investigador estava certo quanto ao tráfico de órgãos da indústria do aborto e quanto a outras atividades ilegais e disse até que Daleiden “não sabia nem metade do que estava acontecendo”.
“Não tenho dúvidas de que ao menos alguns dos fetos nasceram vivos”, disse Smith ao tribunal quando lhe perguntaram se os procedimentos de aborto mais agressivos e controversos que os executivos da Planned Parenthood descreviam no vídeo podiam resultar no nascimento de um bebê. “Poucas pessoas no mundo do aborto, fora a Planned Parenthood, fazem isso”.
“Você pode até matar um ser humano, e admito que o aborto é isso”, disse Smith, “mas tem que fazer isso de uma certa forma”.
Smith diz ser “o mais antigo médico abortista em atividade nos Estados Unidos hoje” e diz ter realizado 50 mil abortos.

Daleiden e Merritt são acusados de 14 crimes de gravar informações confidenciais sem consentimento.
De acordo com testemunhas do depoimento, Smith também mencionou a ideia de se pedir que a gestante concordasse em doar os tecidos fetais depois de ela se submeter ao aborto, dizendo que a única opção ética é fazer a pergunta depois do procedimento, de modo que o médico abortista não tenha nenhum incentivo para mudar o procedimento.
O juiz, então, perguntou se Smith estava sugerindo que as mulheres são facilmente manipuladas, ao que Smith respondeu que ele se referiu a “pacientes”, não mulheres.
Minutos mais tarde, Smith disse acreditar que uma mulher grávida é, sim, facilmente manipulável, dizendo que mulheres diante de decisões assim difíceis são muito vulneráveis.
“O dr. Forrest Smith demonstrou uma honestidade heroica ao revelar as mentiras, os eufemismos e os segredos da Planned Parenthood em seu depoimento”, disse Daleiden à National Review. “Suas qualificações como especialista deixam claro que a Planned Parenthood está trazendo crianças à luz em procedimentos de abortos tardios e que empresas que traficam órgãos de fetos matam bebês para tirar seus órgãos”.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/abortista-depoe-em-caso-sobre-orgaos-fetais-alguns-desses-fetos-nasceram-vivos/

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“Houve uma batalha no céu”: a história de São Miguel Arcanjo e os anjos caídos

Redação da Aleteia | Set 28, 2018
O que sabemos sobre o poderoso Arcanjo Miguel, a partir do relato do Apocalipse sobre a queda dos anjos rebeldes capitaneados por Lúcifer

São Miguel Arcanjo é, provavelmente, o mais famoso dos guerreiros de Deus contra o mal, especialmente o mal personificado no anjo rebelde Lúcifer, que optou por afastar-se eternamente do Criador. O que conhecemos sobre essa grande “batalha no céu” é condensado no seguinte excerto de um texto publicado pelo site do Pe. Paulo Ricardo a propósito da Quaresma de São Miguel.


São Miguel e o auxílio dos anjos
De uma forma geral, o nosso relacionamento com os anjos, essas criaturas de Deus, é bastante desleixado: agimos, muitas vezes, como se os anjos sequer existissem. E, no entanto, eles verdadeiramente existem: são uma criação extraordinária de Deus, situada, hierarquicamente, entre o homem e Deus. Eles são puramente espirituais, não têm corpo, mas também estão a serviço de Deus e são muito mais poderosos e gloriosos que os homens, estando alguns ordenados para o auxílio dos seres humanos.

Dispostos em hierarquia, os anjos que estão em contato com os homens são os das miríades inferiores, como, por exemplo, os arcanjos, que constituem o segundo coro angélico. É nesse nível que se encontra São Miguel Arcanjo, cuja celebração acontece no dia 29 de setembro.

São Miguel e os anjos caídos
A história desse arcanjo está ligada ao relato da queda dos anjos. Deus criou-os, antes mesmo da criação do mundo, inseridos, de algum modo, no tempo, e ofereceu-lhes uma ocasião para demonstrar o seu amor. É importante lembrar que, quando Deus criou os anjos, eles não estavam em Sua presença. Ele revelava-se a eles de alguma forma, mas não era um contato face a face, pois isso obstruiria a liberdade angélica: Deus é uma verdade tão atraente que, uma vez contemplada, elimina a capacidade das criaturas de escolher. Então, certa vez, para testar o seu amor, Deus deu-lhes uma provação. Sabe-se disso pela Tradição, mas também pelo ministério dos exorcistas, que expõe que certas ideias são insuportáveis ao demônio, a saber: a encarnação do Verbo divino, o seu aniquilamento na Cruz e, por fim, a posição de primazia de Nossa Senhora entre todas as criaturas. Foi por tais ideias que Lúcifer – um anjo cheio de glória e beleza –, juntamente com um terço dos anjos, decaiu. O relato da batalha travada no Céu por essa ocasião está resumida no livro do Apocalipse de São João:

“Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com eles os seus anjos” (Ap 12, 7-9).

Eugène Delacroix | Public Domain
O relato de um exorcista
O padre exorcista espanhol José Antonio Fortea, no livro “História do mundo dos anjos“, destrincha essa impressionante história, colocando a rica teologia angélica dentro de uma obra literária. Para explicar por que São Miguel, mesmo sendo de uma hierarquia inferior, é aclamado como “príncipe da milícia celeste”, ele coloca na boca de um anjo a seguinte narração:

“Dentre os anjos fiéis a Deus, no meio de todas essas lutas houve um que se destacou. Não se tratava de um anjo superior, mas o seu amor era superior. Foi ele quem manteve mais viva a chama da fidelidade nos piores momentos da batalha, quando tudo estava escuro e parecia que a metade dos anjos iriam se rebelar. Foi destacado no bem e a sua fé iluminou a muitos. Foi ele quem no momento mais escuro, na hora mais terrível no qual as multidões começaram a duvidar, no meio do inicial silêncio geral gritou:

– Quem como Deus!

Foi assim que ficou o seu nome: Mika-El, Miguel. O lutador infatigável e invencível. Miguel continuava a se destacar como guerreiro. A luz do seu veemente amor iluminou a muitos que estavam confusos. O seu amor arrebatador derrubou a muitos que lutavam em favor do erro. Inclusive, aqueles que combatiam com Lúcifer reconheciam que nenhum dardo envenenado com suas razões, poderia penetrar a couraça da sua fé inquebrantável. No meio da dúvida, ele foi imbatível.

Ele é representado com uma couraça, mas ele não portava nenhuma couraça material. Tratava-se de uma couraça espiritual impenetrável às seduções lançadas pelo iníquos. A única arma dele era a espada da verdade, da verdade sobre Deus.

Miguel conhecia melhor a Deus que os inteligentes, porque ele amava mais. Por essa razão, aqueles que foram ao seu encontro, tiveram que recuar” (José Antonio Fortea. História do mundo dos anjos. Trad. Laura de Andrade. São Paulo: Palavra & Prece, 2012. p. 61-62).

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“Miguel conhecia melhor a Deus que os inteligentes, porque ele amava mais”. Mesmo sendo de hierarquia inferior, “o seu amor era superior”. Por isso, venceu as hostes inimigas que, embora tivessem como líder o regente dos coros angélicos, Lúcifer, por seu ódio, “tiveram que recuar”.

Mas, que as pessoas não se enganem, pensando que Deus pode perdoar o demônio. De fato, Ele ofereceu a reconciliação a Lúcifer, no tempo da provação, mas ele a rejeitou total e absolutamente. Ainda do livro de padre Fortea:

“Inesperadamente o onipotente Deus, Senhor de todas as coisas, falou. Dirigiu-se a Satanás. Todos sabiam que eram as últimas palavras que iria lhe dirigir.

‘Filho Meu, volta para Mim. Repito, esta é a última oportunidade. O Teu pecado não é maior que a Minha misericórdia. Fui grande ao criar o Céu, mas é maior Meu perdão. Se retornares e coras as tuas faltas, você será a joia do Céu. A luz da Minha compaixão perfeita resplandecerá em ti. Os milênios te contemplarão e Me glorificarão’.

Quão grande foi o Altíssimo ao lhe perdoar todo o seu mal. ‘Filho Meu, você será a joia da Minha misericórdia. Haverás de brilhar e ficarão atônitos os humanos que virão. Eles te olhando compreenderão que não há pecado que eu não possa perdoar. Você melhor do que ninguém poderá transmitir essa confiança ao caído. Você será um grande pregador, um grande intercessor que ao longo dos séculos me repetirá: se me perdoaste a mim, perdoa ele’.

(…)

O diabo ergueu a cabeça e com toda a frialdade respondeu:

– Jamais! Nunca me ajoelharei!

(…)

No mesmo momento que o Dragão ameaçou em se lançar de novo em direção ao mundo angélico, Miguel o arcanjo, desembainhou a espada e mostrou-a para ele. Satã deu um sorriso e com um gesto de desprezo deu um impulso para se jogar em direção das nuvens de anjos. Miguel, sem duvidar e com um gesto instantâneo, cravou-lhe a espada no coração. A Verdade enterrada no próprio coração do diabo teve um efeito fulminante. O imenso Dragão ficou como com seus pés colados ao chão, como se não pudesse levantá-los nenhum milímetro. Parecia que houvesse batido com um muro, essa espada era como uma muralha de granito” (José Antonio Fortea. História do mundo dos anjos. Trad. Laura de Andrade. São Paulo: Palavra & Prece, 2012. p. 89-90).

Martinidry – shutterstock
A vida do homem na terra é uma luta. O combate que se travou no Céu continua no mundo dos homens. Invoquemos a intercessão de São Miguel Arcanjo, para que, assim como ele, sejamos destemidos e experimentemos, em nossas vidas, o primado de Deus.