A queda do homem

Ora, Deus tinha criado o homem para que o amasse e vivesse unido a Ele, desfrutando de sua presença e deu ordens para multiplicarem-se, encherem a terra, submeterem-na e ainda, que não tocassem na árvore da ciência do bem e do mal – símbolo da soberania e autonomia moral que só pertencia ao Criador. No dia que o fizessem, morreriam indubitavelmente .

O que se pode dizer é que, pela queda original, o homem perdeu esse belo equilíbrio que Deus lhe tinha dado, e que, relativamente ao estado primitivo, ele é agora um ente ferido e sem inteiro equilíbrio, como podemos ver pelo estado presente de nossas faculdades.

Para o profundo conhecimento e crescimento em seu plano de amor, Deus tinha dado ao homem os dons preter-naturais:

• Domínio das paixões, que o animavam. Capacidade de controlar os sentimentos, emoções, afetos.
• Ciência infusa, ou seja, o profundo conhecimento de tudo o que se referia a pessoa de Deus.
• Imortalidade corporal, que privava o homem da doença e da morte.
• E ainda cinco áreas de seu ser que contribuía para amá-lo ainda mais, a saber:

• Memória
• Vontade
• Afetividade
• Imaginação
• Inteligência

Sabemos, então, que a serpente sendo muito astuta, aproxima-se de Eva, mente, põe em dúvida, a mentira distorcida da palavra de Deus e depois a nega . A mulher confundida, achando agora que o mal é bem e o bem é mal, por confiar mais na criatura, que no criador é agora impulsionada a não mais querer se submeter a Deus e leva o homem também a provar deste fruto da insubmissão, desobediência e orgulho.

AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO

O homem perde os três dons preter-naturais:
1. Perdendo o domínio das paixões fica sujeito a ferir e ser ferido;
2. A mortalidade corporal fica sujeito a morte e a doença e a;
3. Ciência infusa, a buscar outros deuses e outros caminhos para Deus.

A imaginação, memória e afetividade são corrompidas e logo em seguida vemos o fruto de tudo isso, o homem:

• Perde a pureza , ou seja, o equilíbrio consigo mesmo;
• Perde a intimidade com Deus ;
• Perde a intimidade com o próximo – a mulher que puseste junto de mim, me deu da árvore e comi.
O homem, então fica sujeito a traumas, enfermidades e desordens espirituais.

OS ATAQUES SÃO
• Ao corpo;
• À alma;
• Ao espírito.

Ao Corpo – Luxúria, cobiça da carne “Caríssimos, rogo-vos que, como estrangeiros e peregrinos, vos abstenhais dos desejos da carne, que combatem contra a alma.” .

À Alma – há 5 áreas chaves no ataque à alma, à vontade, a afetividade, o intelecto, a imaginação e a memória.

a) A Vontade – Deus criou o homem com uma vontade. Ele não criou “robôs”, mas filhos. É a nossa vontade que escolhe o céu ou o inferno. Deus não é culpado de nossas decisões; somente nós. Quando nossa vontade é obediente á Palavra e ao Espírito de Deus, o resto da alma logo segue.

O objetivo do inimigo é roubar nossa vontade. Como a vontade do homem fica sob o ataque demoníaco? Pela passividade e letargia. São os maiores aniquiladores da vida espiritual, tornando preguiçoso, descuidados e indolentes.

A indecisão se torna o fator predominante em nossas vidas. Não vemos (ou não
queremos ver) o que é certo ou errado. Descansamos sobre as opiniões alheias. O que os outros dizem tem mais importância para nós do que pensamos. Ficamos descuidados, confusos, balançados por qualquer opinião.
Como pode o inimigo causar passividade na vontade humana? Pela importunação molesta até a impaciência. Pelo cansaço sobre aquilo que mais significa nossa fraqueza, nosso “calcanhar de Aquiles”, até que nos rendamos. Não temos força de vontade suficiente para lutar o combate espiritual sem termos a força de Deus.

O demônio não pode influir diretamente sobre nossas faculdades superiores, inteligência e a vontade. Deus reservou para si este santuário: só Deus pode penetrar no centro de nossa alma e mover as energias da nossa vontade sem nos fazer violência.

O demônio, pode influir diretamente sobre o corpo, sobre os sentidos exteriores e interiores, em particular sobre a imaginação e a memória, bem como sobre as paixões, que residem no apetite sensitivo, e por essa via, influir indiretamente sobre a vontade que, se vencida, vem a dar o seu consentimento.
Não importa a quantidade de dons que tenhamos. O exemplo de Salomão é diferente do exemplo de José , que preferiu fugir.

b) A Afetividade (Emoções) – Deus nos deu vontade e também emoções. Nós sentimos coisas boas e más. Não é errado sentir emoções. Errado é ser controlado pelas emoções. Deus não nos impede ter emoções. Ele no-las deu. Tal como a cor dá vida a uma TV em branco e preto, assim as emoções colorem nossas vidas.
As emoções não devem nos regrar, mas realçar momentos de nossas vidas. Se somos controlados pelas nossas emoções não podemos manter comunhão com Deus.
Advertências: Uma oração não é respondida segundo a quantidade de emoção que existe nela. A oração é respondida quando brotada do coração do homem, segundo a vontade de Deus, na unção do Espírito de Deus.
As emoções têm que estar submetidas (como de resto a alma inteira) ao espírito do homem e este ao Espírito de Deus.

Algumas emoções daninhas: é a autopiedade, é um sinal do ataque demoníaco. Quando a autopiedade nos domina, nossa visão torna-se “empenada”, torta, turva. Achamos que todos estão contra nós e ninguém nos quer. Começamos a achar que todos estão errados, e nós, somente nós, estamos certos. Amargura, é outra perniciosa. Quando a amargura nos domina, cada ação nossa resulta em contenda, disputa. Vingança torna-se o nosso objetivo máximo.

Nossos olhos espirituais ficam turvos quando somos dirigidos pelas emoções, e passamos a ser dirigidos pelos nossos olhos naturais, isto é, pelo que olhamos e escutamos, e então, Satanás se encarregará de fazer com que olhemos e escutemos o bastante para afetar, pelas emoções, nossa alma.

c) O Intelecto, Inteligência – é maravilhosa obra de Deus. Ninguém pôde até hoje criar algo parecido. Para a ciência, a inteligência é inexplicável. Acontece que Deus vê o homem segundo o seu (dele,homem) coração, e não, segundo a sua (dele, homem) inteligência, intelecto.
Deus usa a inteligência do homem para se fazer entender: “… o seu sempiterno poder e divindade se tornam visíveis à inteligência…” .
A inteligência natural (“animal”, de “anima”) resiste a Deus. O homem quer colocá-la acima do seu espírito, mas é o espírito que deve nortear nossa inteligência. Como podemos desconfiar de que nossa inteligência está sendo atacada?
Quando o raciocínio começa a ser mais importante para nós do que o testemunho interior. A partir daí, a fé e a confiança em Deus começam a diminuir. Começamos a intelectualizar cada coisa que ouvimos, vemos ou lemos. Nosso pensar torna-se “superior” e “objetivo”. A morte interior acontece.

É importante contra-atacar logo: a) peça ao Espírito de Deus que se torne real para você; b) peça-lhe novos olhos e ouvidos para ver e ouvir suas obras e Sua Palavra; c) envolva-se com os interesses da sua Igreja; d) ordene que o espírito de descrença se afaste de você, em nome de Jesus; e) associe-se com pessoas crentes, de sua Igreja.

d) Imaginação – é algo extremamente poderoso. Nós temos a habilidade para imaginar além da nossa inteligência. Realizamos aquilo que antes esteve na nossa imaginação. O que chega ao plano concreto, existiu, antes, na imaginação.
Uma imaginação preguiçosa, fútil, não produz nada. O perigo com a imaginação está quando nos leva à exaltação própria.
Gn 3; 2Cor 10,5

e) Memória – seu futuro não está baseado nas feridas do passado. Não olhe para trás imaginando que se repetirá necessariamente, ou para culpar-se doentiamente. São Paulo diz: “não olhando para trás…”
Passos na Oração de Libertação:

1. Esclareça quanto aos problemas decorrentes de experiências e contatos do passado.
2. Faça com que as pessoas tomem uma decisão.
3. Realizar a renúncia.
4. Ordenar a libertação em nome de Jesus.
5. Pedir os frutos do Espírito Santo.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.