O que é a Teologia do Corpo?

“Deus modelou o homem com as próprias mãos (…) e imprimiu na carne modelada sua própria forma, de modo que até o que fosse visível tivesse a forma divina”. CIC § 704

“Teologia do Corpo” é o título que papa João Paulo II deu ao primeiro grande projeto de ensino de seu pontificado. Em 129 pequenas palestras, pronunciadas entre setembro de 1979 e novembro de 1984, ofereceu à Igreja e ao mundo uma valiosa reflexão bíblica sobre o sentido da corporeidade humana, em especial sobre a sexualidade e o desejo erótico.

O teólogo católico George Weigel descreve esta teologia do corpo como “uma das mais ousadas reconfigurações da teologia católica dos últimos tempos” (…), “algo como uma bomba-relógio teológica, programada para detonar com dramáticas consequências (…) talvez no século 21″. Esta visão nova do amor sexual “apenas começou a tocar a teologia da Igreja, a pregação e a educação religiosa”. Quando, porém, ela se impuser plenamente – prenuncia Weigel- “produzirá um dramático desenvolvimento no modo de pensar, virtualmente, sobre todos os temas importantes do Credo” (WH pp. 336, 343, 853).

DEUS, SEXO E SENTIDO DA VIDA

Por que a reflexão do Papa sobre o amor sexual iria afetar “todos os ternas importantes do Credo?” Porque sexo não é apenas sexo. A maneira corno entendemos e expressamos nossa sexualidade revela as nossas convicções mais profundas sobre quem somos, quem é Deus, o significado do amor, da organização da sociedade e até do universo. Por isso a teologia do corpo de João Paulo II representa muito mais que urna reflexão sobre o sexo e o amor conjugal. Através da objetiva do matrimônio e da união “numa só carne” dos cônjuges – diz o Papa -, descobrimos “o sentido de toda existência, o sentido da vida” (29/10/1980)1.

E o sentido da vida, segundo Cristo, é amar como ele ama (cf. Jo 15,12). Uma das intuições mais importantes do Papa é o de ter Deus gravado esta vocação de amar como ele ama em nossos corpos, ao nos criar homem e mulher e chamando-nos a ser “uma só carne” (d. Gn 2, 24). Muito mais que uma simples nota de rodapé da vida cristã, a maneira como entendemos o corpo e o relacionamento sexual “abarca toda a Bíblia” (13.01.1982). Ela nos imerge na “perspectiva de todo o Evangelho, de todo o ensinamento, de toda a missão de Cristo” (03.12.1980).

A missão de Cristo é restaurar a ordem do amor num mundo seriamente corrompido pelo pecado. E, corno sempre, a união dos sexos encontra-se na base da humana “ordem do amor”. Portanto, o que aprendemos na teologia do corpo apresentada pelo Papa é muito “importante para o matrimônio e a vocação cristã dos esposos e das esposas”. Não obstante, “é igualmente essencial e valioso para a compreensão do homem em geral: para a compreensão fundamental de si mesmo e da sua existência no mundo” (15.12.1982).

Não admira que tenhamos tanto interesse pelo sexo. A união do homem com a mulher é um “grande mistério” que nos leva – se não nos desviarmos do caminho em nossa jornada exploratória – ao âmago do plano de Deus em relação ao universo (cf. Ef 5, 31-32).

O CRISTIANISMO NÃO REJEITA O CORPO

Na área da religião, as pessoas estão habituadas com a ênfase no campo espiritual. Daqui porque muitos sentem-se até desconfortáveis diante do relevo que às vezes se dá ao corpo. Mas, para João Paulo II, esta é uma separação artificial. O espírito, claro, tem prioridade sobre a matéria. No entanto, o Catecismo da Igreja Católica ensina que” sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais através de sinais e de símbolos materiais” (n. 1146).

Como criaturas corporais que somos, esta é, em certo sentido, a única via pela qual nos é dado experimentar o mundo espiritual: no mundo físico e através dele, em nosso corpo e através dele. Deus, ao assumir um corpo na Encarnação, é justamente aqui que, com toda a humildade, se encontra conosco, isto é, em nosso estado físico e humano.

Tragicamente, muitos cristãos crescem pensando que seus corpos (especialmente sua sexualidade) são obstáculos inerentes à vida espiritual. Acham que a doutrina cristã considera a alma como “boa”, e o corpo como” ruim”. Ora, esta maneira de pensar está longe da autêntica perspectiva cristã! A ideia de o corpo ser mau é uma heresia (um erro aberrante, explicitamente condenado pela Igreja) conhecida com o nome de Maniqueísmo.

A denominação vem de Mani ou Maniqueu, criador de uma seita baseada num dualismo, em que corpo e alma estão engajados numa luta sem tréguas entre si. Segundo eles, o corpo e tudo o que fosse ligado à sexualidade devia ser condenado como fonte de mal. Nós, entretanto, como cristãos, cremos que tudo quanto Deus criou é “muito bom”, conforme nos garante a Bíblia (d. Gn 1,31). João Paulo II resumiu assim a distinção essencial: se a mentalidade maniqueísta considera o corpo e a sexualidade um “antivalor”, o cristianismo ensina que eles “constituem um ‘valor que nunca chegaremos a apreciar suficientemente’” (22.10.1980).

Noutras palavras, se o Maniqueísmo afirma que “o corpo é mau”, o Cristianismo responde que, ao contrário, ele “é tão bom que somos incapazes de avaliar toda a sua bondade”.

Então, o problema da nossa cultura saturada de sexo não é propriamente a supervalorização do corpo e do sexo. O problema está em termos falhado na compreensão de quanto o corpo e o sexo são realmente valiosos. O cristianismo não rejeita o corpo! Numa espécie de “ode à carne”, o Catecismo proclama: ”’A carne é o eixo da salvação’. Cremos em Deus que é o criador da carne. Cremos na Palavra feita carne para redimir a carne. Cremos na ressurreição da carne, na consumação da criação e na redenção da carne” (CIC 1015, ênfase do autor).

A SACRAMENTALIDADE DO CORPO

A fé católica – se o leitor ainda não se deu conta – é uma religião bem carnal, sensual. Encontramos Deus mais intimamente através de nossos sentidos corporais e de “tudo” o que constitui o mundo material: banhando o corpo com água, no batismo; ungindo-o com óleo no batismo, na crisma, nas ordens sagradas, na unção dos enfermos; comendo o corpo de Cristo e bebendo seu sangue na Eucaristia; impondo as mãos nas ordens sagradas e na unção dos enfermos; declarando os pecados com nossa boca na confissão, e unindo indissoluvelmente o homem com a mulher em “uma só carne”, no matrimônio.

De que melhor maneira podemos descrever o “grande mistério” dos sacramentos senão dizendo que eles são os meios materiais, através dos quais alcançamos os tesouros espirituais de Deus? Nos sacramentos, o espírito e a matéria como que “se beijam”. O céu e a terra se abraçam numa união sem fim.

O próprio corpo humano, em certo sentido, é um “sacramento”. Usamos aqui a palavra num sentido mais amplo e mais antigo que aquele que estamos habituados a ouvir. Mais do que referir-se aos sete sinais da graça instituídos por Cristo, João Paulo II, ao falar no corpo como um “sacramento”, quer dizer que ele é um sinal que torna visível o mistério invisível de Deus. Nós não podemos ver Deus, que é puro espírito. No entanto, o cristianismo é a religião do Deus que se manifesta. Deus quer revelar-se a nós. Ele quer tornar visível a todos o seu ministério espiritual invisível, de forma a podermos “vê-lo”. Como faz isto?

Quem de nós não experimentou ainda um profundo sentimento de pasmo, de admiração, ao contemplar uma noite estrelada, ou um magnífico pôr-do-sol, ou a delicadeza de uma flor? Em tais momentos estamos, de certo modo, “contemplando a Deus”. Ou, mais exatamente, vendo seu reflexo. Sim, porque “a beleza da criação reflete a beleza infinita do Criador” (CIC n. 341). E, contudo, quem é a coroa da criação? Quem, com mais eloquência que as outras criaturas de Deus, “fala” na beleza divina? A resposta é: o homem e a mulher e o seu chamado a uma comunhão fecunda. “Deus criou o ser humano à sua imagem. À imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou. Deus os abençoou e disse: ‘Sede fecundos e multiplicai-vos’” (…) (Gn 1,27-28).

1 As citações tiradas da “Teologia do Corpo” de João Paulo II são indicadas pela data em que foi proferida a palestra.

West, Christopher. Teologia do Corpo para principiantes, Uma introdução básica à Revolução Sexual por João Paulo II.Trad. Cláudio A. Cassola. Ed.Myrian: Porto Alegre, 2008.

Associação Americana de Pediatras alerta sobre o perigo da ideologia de gênero

Grupo de médicos dos EUA emite declaração explicando, cientificamente, por que ideologia de gênero é nociva para as crianças.

Uma associação de pediatras dos Estados Unidos declarou, no último dia 21 de março, através de seu site na Internet, que “a ideologia de gênero é nociva às crianças” e que “todos nascemos com um sexo biológico”, sendo os fatos, e não uma ideologia, que determinam a realidade.

A declaração da American College of Pediatricians expõe 8 razões para os “educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem” a teoria de gênero. A iniciativa dos médicos se soma a inúmeras outras, provindas das mais diversas áreas de informação, para conter o que o Papa Francisco chamou de “colonização ideológica”. Em 2010, por exemplo, um importante documentário conseguiu desmontar, pelo menos em parte, a estrutura universitária que financiava essa ideologia na Noruega. O programa trouxe o parecer de vários especialistas, dos mais diversos campos científicos, que expuseram a farsa da teoria de gênero.

Agora, a medicina vem respaldar mais uma vez a verdade sobre a família.

A íntegra da nota escrita pelos pediatras norte-americanos pode ser lida a seguir.

A Associação Americana de Pediatras urge educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos, não ideologia, determinam a realidade.

1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: “XY” e “XX” são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o design humano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do design humano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como “se sentindo do sexo oposto” ou “em algum lugar entre os dois sexos” não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.

3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.

4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos.Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.

5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.

6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos à saúde, inclusive, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.

7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar jovens crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade e atingindo um estado de saúde física e mental?

8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil. Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às “clínicas de gênero”, onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão “escolher” uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além de levar em conta a possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.

Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Associação Americana de Pediatras

Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras
Endocrinologista Pediátrico

Paul McHugh, M.D.
Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital

Ex-Líder Feminista fala sobre o grupo feminista

Ela tem 23 anos, fez barulho como líder do grupo radical Femen no Brasil, abandonou o movimento em 2013 e hoje se declara publicamente contrária ao aborto e fiel a Deus, arrematando:

“O feminismo é o movimento mais intolerante que já conheci”.

Sara Winter concedeu nesta semana uma entrevista ao portal G1.com. Eis algumas das suas afirmações sobre a realidade do universo feminista militante e sobre a sua nova visão de mundo, de acordo com a entrevista.

Aborto

“Dentro dos grupos feministas é muito fácil encontrar Cytotec [medicamento abortivo]. Se você contar que está grávida, que não tem marido, inventar qualquer história, muito rapidamente você consegue pílulas abortivas”.

Drogas e sexo livre

“Há pressão para o uso de drogas, para desconstruir a monogamia, que, para o movimento, é uma instituição criada pelo patriarcado para fazer a mulher ser submissa. Você tem que ser a favor das drogas, de ideologias que levam as pessoas a se relacionarem com muitas outras pessoas ao mesmo tempo. Isso me chocou muito”.

Um movimento histérico, mentiroso e intolerante

“Esse é o movimento mais intolerante que eu já conheci na vida. Ele só dá suporte para mulheres que seguirem uma cartilha específica: tem que ser de esquerda, não pode ser cristã, não pode ser heterossexual e tem que começar a desconstruir a sua estética. Se a mulher alisa o cabelo, se pinta, usa salto alto, tem que parar. Muitas vezes tem que deixar os pelos crescer. Algumas mulheres se sentem confortáveis assim, outras não. Mas se você fizer, vai ter mais voz dentro do movimento. Então eles desconstroem a sua estética, a sua crença, a sua orientação sexual, o seu posicionamento político. Definiria o feminismo como ódio, histeria, mentira e sedução (…) Ódio porque não existe tolerância com ninguém que não concorde 100% com as pautas. Histeria porque em todo e qualquer ato que a gente vê estão cada vez mais desrespeitosos, estão pichando igrejas, quebrando santos, fazendo coisas de extremo mau gosto. Mentira porque ilude as meninas mais jovens falando que o feminismo é algo legal e revolucionário. E sedução porque tem essa ideia de que o feminismo vai te ajudar, mas quando chega lá não é nada disso”.

Propaganda enganosa

“A propaganda que o movimento faz é linda. Eu ficaria muito feliz se o feminismo fosse exatamente como a propaganda que ele faz de si mesmo: meu corpo, minhas regras, todas as mulheres são fortes, são guerreiras, estão preparadas para tudo. Nós somos a favor da luta contra a violência à mulher, somos a favor de que o estupro acabe. Qualquer cidadão de bem é a favor de todas essas coisas, mas o feminismo faz de uma maneira sensacionalista e exagerada e isso atinge as pessoas, principalmente jovens adolescentes”.

Arrependimento

“Em Belo Horizonte, quebrei uma loja inteira e me arrependo muito porque sou contra a violência. Em outra ação, eu estava com uma ativista caracterizada de Jesus Cristo e a gente se beijava na cruz. Fiz um vídeo e pedi perdão a todos os cristãos porque percebi que ofender outras pessoas, raças, crenças e etnias não era o caminho para conseguir o que eu queria. Mas em geral não me arrependo da minha militância porque fiz de coração, achava mesmo que poderia mudar o mundo”.

Perseguição

“A perseguição que sofro hoje é infinitamente maior do que eu sofria. A cidade (de São Carlos, SP, onde Sara mora) é um antro esquerdista, feminista por causa das universidades. Tenho muito mais medo agora do que antes. Nunca achei que tivesse que ter medo das pessoas que falam que vão proteger as mulheres! Essa perseguição acontece porque eu sei de tudo o que rola lá dentro, todas as estratégias de dominação mental, lavagem cerebral, de dinheiro, de organizações que financiam, e agora estou contando”.

Reação dos cristãos

“As pessoas gostam muito mais de mim agora. Fiquei espantada com isso, principalmente com os cristãos, que nunca achei que fossem me perdoar. Eu recebo muitas mensagens, cerca de cinquenta por dia, nas minhas redes sociais. Dizem: ‘Agora sim você representa a mulher brasileira’. Percebi que a minha militância fazia a maioria das mulheres passar vergonha, porque elas não querem ser representadas por uma menina louca, histérica, pelada gritando a favor do aborto. Elas querem que uma mulher represente os interesses como na saúde específica do corpo da mulher, na educação”.

Maternidade, defesa da vida e educação dos filhos

“Eu já vi tantas coisas ruins no feminismo que quando descobri que seria mãe falei: ‘E agora?’. Sentia a vida crescendo dentro de mim, tanto na minha alma quanto no corpo. Aí conheci muitos projetos pró-vida que acolhem mulheres que desistem de abortar e são acolhidas para levar a gestação até o final (…) Quero que (o meu filho, hoje com 6 meses de idade) saiba respeitar uma mulher. Quero criá-lo para que seja uma pessoa cordial e gentil, com valores de voluntariado. Quero criá-lo com base nos dez mandamentos da Bíblia. Eu acho que isso é muito importante, ainda que muitos valores tenham se perdido hoje em dia. Mas quero resgatar isso”.

Dificuldades e perspectivas

“Faço palestras e ganho R$ 10 por livro vendido na internet. Ainda não recebo a pensão do meu filho e o meu nome está sujo. Minha mãe me ajuda como pode, mas sou sozinha e tenho que pagar aluguel, conta de água e luz. Já vendi tudo o que tinha de valor para tentar quitar minhas dívidas. Tenho fé que uma hora isso vai melhorar. Quero escrever um novo livro contando experiências de ex-feministas que saíram do movimento e foram perseguidas. Também quero ingressar na política, sonho que tenho desde criança. Quero combater a violência contra a mulher e propor melhorias na área da saúde e educação. Sei que, na política, posso fazer algo de maneira mais substancial, melhor do que ficar protestando na rua com os peitos de fora”.

Reações feministas

Procurados pela reportagem do portal G1.com, movimentos feministas presentes em São Carlos, SP, como o Mulheres em Luta, o coletivo Juntas e as Promotoras Legais Populares, negaram as práticas denunciadas por Sara Winter.

Outros casos

– Sara Winter não é a primeira figura emblemática do feminismo militante que repensa a própria postura e denuncia os desvios e perversões ideológicas do movimento. A famosa feminista norte-americana Camille Paglia concedeu uma devastadora entrevista àFolha de S.Paulo em abril do ano passado, aqui resenhada por Aleteia, declarando que “o feminismo contemporâneo está fazendo as mulheres retrocederem”, porque “a ideologia feminista do presente é doente, indiscriminada e neurótica. E, mais do que tudo, não permite que a mulher seja feliz”.

A Espiritualidade Matrimonial

A espiritualidade matrimonial não consiste apenas na oração e nas práticas de piedade feitas em conjunto pelos cônjuges. A vivência da espiritualidade nesta vocação particular passa necessariamente pela doação total e recíproca do corpo. Mais ainda: a união conjugal é o centro e o coração da vida espiritual do matrimônio!

Não é “apesar” da sexualidade que os esposos devem crescer na vida espiritual: é justamente “através” do exercício ordenado da sexualidade, ou seja, em conformidade com a sua finalidade e propósito. A vida sexual dos esposos não pode ser considerada um aparte na sua vida espiritual: pelo contrário, ela faz parte do coração e do centro da espiritualidade conjugal. Esta é a perspectiva da Teologia do Corpo, de São João Paulo II, que pode parecer “surpreendente” e “inovadora” para muita gente que desconhece a verdadeira doutrina da Igreja (gente que, em vez de conhecer a doutrina diretamente em sua fonte, só “fica sabendo” de pedaços dela que são mal apresentados, descontextualizados ou abertamente manipulados pelo assim chamado “jornalismo” laico).

Se é verdade que a mídia presta um serviço muito questionável quando “informa” (?) sobre questões de doutrina católica, também é verdade, por outro lado, que, durante quase vinte séculos, não existiu na Igreja “uma espiritualidade especificamente conjugal”: a literatura espiritual sempre foi abundante para sacerdotes e religiosos, mas bastante menos rica em material que abordasse a grandeza e a profundidade da vocação matrimonial como um caminho específico de santidade. Os casais se viam “obrigados” a alimentar-se de uma espiritualidade que não era especificamente voltada para o seu estado de vida nem para a sua vocação.

Isso não quer dizer que a Igreja não considerasse a sexualidade conjugal uma dimensão da santidade no matrimônio. Mas foi graças à Teologia do Corpo, de São João Paulo II, que ficou mais claro para os católicos que “tanto o matrimônio quanto a entrega de si mesmo aos outros através do celibato pelo Reino envolvem o dom total de si, e que ambas as vocações – matrimônio e celibato – podem conduzir à santidade”.

A espiritualidade das pessoas casadas

É própria dos casais unidos em matrimônio, e não uma simples transposição da espiritualidade de religiosos e religiosas para a vida matrimonial. A espiritualidade matrimonial se articula no aspecto que mais a distingue da vida consagrada: a entrega do corpo.

Quem abraça o chamado ao “celibato pelo Reino”, como Jesus o caracteriza, procura a união com Deus em uma relação direta com Ele. Já no matrimônio a vocação recebida é um chamado ao encontro com Deus através da doação própria a outra pessoa – incluindo nessa doação a própria entrega carnal. É constitutivo da espiritualidade conjugal compartilhar a vivência carnal – que não é só sexual, mas também afetiva, terna e ligada ao conjunto de aspectos que São João Paulo II chamou de “linguagem do corpo”.

E é essencial entendê-lo bem, porque, do contrário, tenta-se viver uma espiritualidade de celibato dentro do matrimônio e os esposos se perdem. Há pessoas casadas que procuram Deus fora do matrimônio ou “apesar” do matrimônio, quando é precisamente a sua vocação ao matrimônio que deveria levá-las a buscar a Deus “através” da doação pessoal de cada cônjuge um ao outro.

Uma espiritualidade “especificamente conjugal”

Depois de séculos focados em revelar toda a beleza da espiritualidade religiosa e sacerdotal, a Igreja é chamada, hoje, a revelar outra dimensão do tesouro que recebeu: a espiritualidade conjugal. Espera-se o equilíbrio entre as duas modalidades possíveis de uma mesma e única vocação de todo homem e de toda mulher: o dom de si próprio, que São João Paulo II chamava de “vocação esponsal” da pessoa. Esta vocação pode realizar-se no dom de si mesmo a Deus, através da vocação esponsal virginal (consagrada, religiosa ou sacerdotal) ou no dom de si mesmo a outra pessoa: a vocação esponsal conjugal.

Os primeiros elementos explícitos da espiritualidade conjugal podem ser encontrados em São Francisco de Sales, mas é principalmente no século XX que começam a surgir movimentos de espiritualidade conjugal. É o caso, por exemplo, do que se iniciou na França por influência do padre Caffarel e das Equipes de Nossa Senhora.

Além da procriação: a importância do ato conjugal

O ato conjugal não pode ser reduzido a uma simples necessidade voltada a gerar vida. Tanto a procriação como a comunhão dos esposos são fins do ato conjugal e estão intrinsecamente unidas: a comunhão dos esposos faz com que eles queiram gerar vida, já que toda comunhão autêntica tende à fecundidade. Além disso, o dom da vida completa e aperfeiçoa a comunhão dos esposos. Os dois significados do ato conjugal, condicionados um ao outro, devem, portanto, ser mantidos juntos, como já pedia Paulo VI na encíclica Humanae Vitae, de 1968.

A união entre espiritualidade e sexualidade é um desafio para todo matrimônio autenticamente cristão – mas não é impossível. Pelo contrário: a Igreja estaria nos enganando ao nos apresentar o matrimônio como uma vocação cristã à santidade se não fosse possível unir a sexualidade e a espiritualidade.

O matrimônio como vocação inferior? De jeito nenhum!

São João Paulo II declarou enfaticamente que, “nas palavras de Cristo sobre a castidade ‘pelo reino dos céus’, não há nenhuma referência a uma ‘inferioridade’ do matrimônio no tocante ao corpo ou à essência do próprio matrimônio (o fato de que o homem e a mulher se unam para se tornar uma só carne)”. E de novo: “O matrimônio e a castidade [‘pelo Reino’] não são opostos e não dividem a comunidade humana e cristã em dois campos: o dos ‘perfeitos’ graças à castidade [vivendo em celibato] e o dos ‘imperfeitos’ ou menos perfeitos por ‘culpa’ da realidade da sua vida matrimonial”. Não se pode ser mais claro! No entanto, é verdade que a prática total dos votos de pobreza, castidade e obediência da vida religiosa permitem chegar com maior facilidade à caridade plena, que é a única medida válida da vida cristã.

Quanto à santidade “sozinho” ou “em casal”, vale recordar um provérbio que diz que “sozinho se chega rápido, mas acompanhado se chega longe”. Quando há dois, é preciso levar o outro em conta para ambos avançarem juntos. Tentações não faltam para fugir desta exigência do matrimônio… Aliás, quem não se sente chamado a avançar assim na vida cristã é porque, talvez, não tenha a vocação matrimonial – e isso é perfeitamente legítimo, já que é bem claro que nem todos recebem de Deus a mesma vocação.

Perdão e comunhão conjugal

Não há limites para o perdão, que é premissa da comunhão. É o perdão que permite a perpétua restauração da comunhão. Os atos negados de perdão vão levantando uma montanha que separa o casal. Pedir perdão e perdoar é tarefa de todos os dias, porque todos os dias se causa alguma pequena ferida.

Fonte: Aleteia

Liturgia e celebração da Semana Santa

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A Semana Santa é o momento decisivo para toda a Igreja se reunir e celebrar de forma intensa o mistério central da fé católica: a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por esse motivo, devemos ter a devida atenção com a liturgia, seja na compreensão do sentido litúrgico de cada dia, seja na correspondência com a nossa vida, por meio da conversão pessoal.

Para bem celebrarmos a Páscoa de Cristo, devemos nos preparar como uma noiva que vai desposar o noivo. Por isso, durante o Tempo da Quaresma precisamos usar vestes de penitência, conversão e misericórdia, para que no Domingo Santo possamos nos vestir com as vestes gloriosas do Cristo Ressuscitado.

Sim, Cristo ressuscitou, e com Ele nós colhemos a vida nova, entretanto, só é possível colher os frutos da ressurreição se bem vivermos e celebrarmos a Semana Santa. Só é possível aclamar a uma só voz que Cristo ressuscitou, se passarmos pela experiência de união na oferta de Cristo na cruz.

O Domingo de Ramos

O início da Semana Santa acontece com o Domingo de Ramos, Domingo este que antecede o Domingo da Ressurreição. A entrada de Jesus em Jerusalém revela que Jesus assume o projeto de salvação do homem no mistério pascal. Daí, a procissão e a bênção de ramos em honra a Cristo Rei, apresentarem-nos a realeza de Cristo em nossas vidas.

Na liturgia do Domingo de Ramos parece haver uma grande contradição, pois a mesma multidão que aclama o Cristo Rei com “Bendito o que vem em nome do Senhor” na leitura do Evangelho e na Procissão de Ramos, também condena Cristo, o servo sofredor, com o grito “Crucifica-o!”.

Daí a importância de celebrar bem esse dia, unindo-se ao louvor e à aclamação do Cristo que é Rei, mas também, através do arrependimento dos nossos pecados, que resultaram na condenação e morte de cruz de Cristo, pois são os nossos pecados que crucificaram o Senhor. Reconhecer Cristo como Rei e Servo Sofredor é o primeiro passo dado a caminho do Calvário.

Os três dias que antecedem o Tríduo Pascal

Os três primeiros dias feriais da Semana Santa marcam a preparação mais imediata da Páscoa. A liturgia usa, então, de um método vivo e envolvente da quase reconstituição dos acontecimentos que Jesus viveu nesses últimos dias de sua vida terrena.

Simbologia do Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal, segundo as palavras de Santo Agostinho, é o sacratíssimo tríduo do Crucificado, Sepultado e Ressuscitado.

Inicia-se com a missa vespertina da Ceia do Senhor, possui seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição . Assim, o Tríduo Pascal é o ápice do ano litúrgico.

A missa vespertina da Ceia do Senhor, tem como centro a instituição da Sagrada Eucaristia e do sacerdócio, e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna. Tem como ritos próprios o lava-pés, após a homilia, e a transladação do Santíssimo Sacramento. Assim, na Quinta-Feira Santa, há a transmissão do ritual da Páscoa de Jesus.

“A liturgia de Quinta-Feira Santa insere no texto da oração a palavra “hoje”, sublinhando deste modo a dignidade particular deste dia. Foi “hoje” que Ele o fez: deu-se a si mesmo para sempre no sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. Este “hoje” é, antes de mais nada, o memorial da Páscoa de então. Mas é mais do que isso. Com o Cânone, entramos neste “hoje”. O nosso hoje entra em contato com o seu hoje. Ele faz isto agora. Com a palavra “hoje”, a liturgia da Igreja quer induzir-nos a olhar com grande atenção interior para o mistério deste dia, para as palavras com que o mesmo se exprime”.

A Sexta-Feira Santa não é um dia de luto e de pranto, mas um dia em que devemos observar a oferta amorosa de Jesus na Cruz. Com o seu sacrifício cruento, celebramos a morte vitoriosa de Jesus. Nem na sexta nem no sábado a Igreja celebra os sacramentos, exceto penitência e unção dos enfermos. O altar deve estar completamente despojado: sem cruz, castiçais e toalha. Não há canto de entrada. Ao invés da instituição da Eucaristia, há a adoração da Cruz . Por fim, há a comunhão com as hóstias consagradas da Quinta-Feira Santa.

O Sábado Santo (“sepultura do Senhor”), com a reforma litúrgica de Pio XII, passou a ser um dia “alitúrgico”, onde a Igreja se reúne apenas para a celebração da liturgia das horas. Nesse dia, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte, em postura de penitência expressão de fé e esperança .
Na noite santa celebramos, como Igreja, a Vigília Pascal, que é a vigília das vigílias, e que tem três símbolos que iremos destacar: a água, o fogo e o canto novo: Aleluia.

Inicia-se a Vigília Pascal com a breve celebração da luz, que é feita fora da Igreja, para representar que nós, antes de batizados, estávamos fora da Igreja. Acende-se o Círio Pascal – que representa Cristo ressuscitado –, e as velas acesas por cada batizado no Círio são símbolos da vida nova que são comunicadas pelo Espírito Santo.
“Com a ressurreição, o dia de Deus entra nas noites da história. A partir da ressurreição, a luz de Deus difunde-se pelo mundo e pela história. Faz-se dia. Somente esta Luz – Jesus Cristo – é a luz verdadeira, mais verdadeira que o fenômeno físico da luz. Ele é a Luz pura: é o próprio Deus, que faz nascer uma nova criação no meio da antiga, transforma o caos em cosmos”.

Em seguida, pela Liturgia da Palavra relembramos os feitos de Deus com o povo do Antigo Testamento que culmina na Ressurreição de Jesus. Assim, renovamos o nosso compromisso como batizados, reavivando-o por meio da graça própria da ressurreição de Cristo.

Depois da Liturgia da Palavra, segue-se a celebração com a Liturgia Batismal, realizando o Batismo, se houver catecúmenos, e em seguida renovam-se as promessas do Batismo de toda a assembleia. Por fim, realiza-se a Liturgia Eucarística – Cristo Cordeiro imolado e glorificado.

A água tem dois significados opostos nas Sagradas Escrituras. Daí extraímos a riqueza desse símbolo da Vigília Pascal. A água indica vida e morte. Morte, porque a água do Batismo “torna-se a representação simbólica da morte de Jesus na cruz: Cristo desceu aos abismos do mar, às águas da morte, como Israel penetrou no Mar Vermelho. Ressuscitado da morte, Ele dá-nos a vida” . O outro significado é a água como vida. Cristo Ressuscitado é a nascente de água viva, que devolve para nós toda sorte de bênçãos e de esperança, para assim renovar o mundo diante da vitória do pecado e da escravidão do mal. “Ele é o Templo verdadeiro, o Templo vivo de Deus. E é também a nascente de água viva. Dele brota o grande rio que, no Batismo, faz frutificar e renova o mundo; o grande rio de água viva é o seu Evangelho que torna fecunda a terra”.

Por fim, o simbolismo do Aleluia representa a necessidade não só de falar mas de cantar a ressurreição de Cristo: daí brota um canto novo nos lábios e no coração do povo de Deus. “Quando uma pessoa experimenta uma grande alegria, não pode guardá-la para si. Deve manifestá-la, transmiti-la. Mas que acontece quando a pessoa é tocada pela luz da ressurreição, entrando assim em contato com a própria Vida, com a Verdade e com o Amor? Disto, não pode limitar-se simplesmente a falar; o falar já não basta. Ela tem de cantar. A mão salvadora do Senhor nos sustenta e assim podemos cantar já agora o cântico dos redimidos, o cântico novo dos ressuscitados: Aleluia! Amém!”

Que grande alegria, Cristo Ressuscitou! Sim, Ele está vivo, venceu a morte, venceu o nosso pecado, por isso somos livres, e chamados a evangelizar! No Domingo da Páscoa celebramos o dia do Senhor, com grande solenidade, dia em que Cristo Glorioso vem nos libertar do pecado, por sua obra pascal.

Assim, chegamos ao fim dessa longa caminhada em vista da Glorificação de Cristo, entoando o nosso louvor pela ressurreição do Senhor. Que possamos viver intensamente cada dia da Semana Santa, para que no Domingo da Páscoa, o nosso grito – Ressuscitou! – seja repleto de alegria e de verdade, pois caminhamos no Calvário com Jesus e ressuscitamos com Ele.

Boa Semana Santa e Feliz Páscoa!

[1] “Toda a atenção da alma deve estar voltada para os mistérios que, sobretudo nessa missa, são recordados, isto é, instituição da Eucaristia, a instituição da ordem sacerdotal e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna” (Carta circular da Congregação para o Culto Divino).

[1] “Enquanto o Tríduo nos apresenta a realidade do mistério pascal único e unitário na sua dimensão histórica, a Quinta-Feira Santa o transmite em sua dimensão ritual” S. Marsili.

[1] Santa Missa “in cena domini”, homilia do Papa Bento XVI.

[1] “Adoramos a vossa cruz, Senhor; louvamos e glorificamos a vossa santa ressurreição! Do madeiro da cruz veio a alegria no mundo inteiro” Antífona de origem Bizantina.

[1] “O Sábado Santo é a pausa que a Igreja convida a viver, suspendendo pelo átimo de um dia o turbilhão das preocupações cotidianas. É o momento em que se deve fazer brotar do coração a plenitude do reconhecimento” B. Baroffio, Meditazioni sul Tríduo Pasquale, p. 32.

[1] Homilia do Papa Bento XVI da Vigília Pascal de 2009.

[1] Homilia do Papa Bento XVI da Vigília Pascal de 2009.

[1] Homilia do Papa Bento XVI da Vigília Pascal de 2009.

 

Márcio André Teixeira Barradas

Polônia surpreende Europa e acaba com a fertilização in vitro provocadora da morte de inúmeros embriões humanos

A nova primeira ministra da Polona subiu prometendo uma plataforma pela vida. Na foto está sendo cumprimentada pelo presidente da Polônia
A nova primeira ministra Beata Szydlo subiu prometendo
uma plataforma pela vida.
Na foto está sendo cumprimentada pelo presidente da Polônia

A decisão atende os pedidos das associações pela vida polonesas e internacionais. Essa prática antinatural consumia por volta de 75 milhões de dólares anualmente, noticiou a agência LifeSiteNews. O novo governo conservador da Polônia pôs fim ao financiamento da fertilização in vitro (IVF) aprovada pelo governo anterior.

“É uma boa notícia”, disse Mariusz Dzierzawski da Poland’s Right to Life Foundation. “Mas é só um primeiro passo. Nós temos que seguir combatendo para que o IVF seja ilegal”.

John Smeaton, secretário executivo da Society for the Protection of Unborn Children de Londres, também aplaudiu a decisão do governo do Partido Lei e Justiça.

“Damos a bem-vinda à decisão do governo polonês pois o fim do financiamento vai restringir muito a prática da inseminação artificial na Polônia e salvar muitas vidas em estado embrionário”, explicou.

Segundo o site de sua associação, na Grã-Bretanha nasceram 68.000 crianças por inseminação artificial desde 1978, só 1% do total dos nascimentos.

Mas só um de cada cinco tentativas de inseminação artificial deu certo. E, as que deram certo, deixaram grande número de embriões congelados nos laboratórios, muitas vezes condenados à morte. Várias vezes nos últimos anos, o movimento pela vida reuniu as 100.000 assinaturas para obrigar o Parlamento polonês a discutir a proibição pura e simples “sem exceções” do aborto, disse Dziersawski.O ministro da Saúde polonês Dzierzawski denunciou que a mídia internacional e os lobbies globais abortistas estavam pressionando o novo governo para manter as leis anti-vida, mas o movimento pela vida está muito ativo.

Mas o Partido Lei e Justiça era minoritário e não conseguiu aprovar o projeto. “Agora nós temos esperança porque nós temos a maioria no Parlamento”, disse.

O aborto na católica Polônia faz parte da “herança verdadeiramente maldita” deixada pelo comunismo soviético russo. Na Rússia esse crime abominável atinge números assustadores, malgrado as bravatas pela vida falsamente propaladas por Vladimir Putin.

Ela vai morrer logo, mas sua vida é um enorme presente para todos

Abigail tem síndrome de Down e um tumor cerebral inoperável.

Dor? Com certeza. Muita dor. Mas sobretudo, amor: seus pais, Erika e Stephen, e sua irmãzinha Audrey, cuidam de Abigail em casa enquanto esperam o final, rezando, vivendo intensamente este tempo com ela e agradecendo pelo dom da vida desta menina tão especial.

A vida é um presente, sempre. E sempre é digna de ser amada, mesmo que cause dor e sofrimento. É isso que este ensaio fotográfico mostra de maneira fantástica.

“Nada nela é um equívoco, nada nela é um erro. Ela é perfeita em todos os sentidos, e combina perfeitamente com a nossa família. Ela foi desenhada especificamente para nós”, reconheceu seu pai, Stephen, emocionado, ao jornal “The Mighty”.

As imagens foram reproduzidas pela Aleteia com autorização da sua autora, Mary Huszcza (se não conseguir visualizar as imagens, clique aqui).

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Após aborto espontâneo, mãe se surpreende ao ver um “bebezinho perfeitamente formado”

Ela estava completamente despreparada para o susto que levaria após o aborto espontâneo do seu 5º bebê, na 13ª semana de gravidez, quando o médico lhe perguntou se ela gostaria de ver e segurar o corpo do filho

Aborto
 “Como a gravidez estava em um estágio inicial, eu esperava que me dessem uma bolha. Mas em lugar disso eu recebi um bebezinho perfeitamente formado”, disse ela ao LifeSiteNews (NotiFam) em uma entrevista exclusiva.

“E ele surpreendeu a todos nós. As enfermeiras apenas repetiam: ‘Ele é tão perfeito, tão perfeito,’” disse ela.

Jessica e seu marido, Ray, souberam da nova gravidez em abril do ano passado. Começaram, com muito ânimo, a fazer planos para acomodar o novo membro da família. Teriam de comprar aquela van grande cuja compra vinham adiando o quanto podiam.

Mas no meio de julho Jessica começou a sangrar. Ela tinha esperança de que esse não seria seu segundo aborto espontâneo.

“Acordei sentindo uma dor insuportável. Havia uma poça de sangue em torno de mim na cama. Eu sabia que aquilo provavelmente não era um bom sinal”, disse ela.

Já que seu marido estava passando a noite perto do local onde trabalha, a cerca de uma hora de sua casa, a mãe dela a levou ao hospital. O filho mais velho do casal ficou na casa de um amigo, enquanto os dois mais novos acompanharam a mãe e a avó até o hospital.

Quando chegaram, o médico confirmou aquilo que Jessica mais temia.

“Levaram-me até uma sala de ultrassom onde verificaram como estava o bebê. Eu apenas vi aquela tela negra e soube o que aquilo devia significar. Naquele momento, tive a impressão de que provavelmente meu filho já havia sido expelido junto com o sangue. Apenas pensei que não havia prestado atenção nele, que ele havia sido despejado no banheiro ou algo do tipo. Pensar naquilo devastou meu coração”, ela disse.

Quando o médico disse a Jessica que eles precisavam retirar o bebê, inicialmente ela não entendeu o que aquilo significava.

“O médico disse que o bebê não havia sido expelido, pois estava parado no meio do caminho”.

O médico ajudou Jessica a expelir o bebê na própria sala de ultrassom.

“O médico disse: ‘É um menino’, e eu disse: ‘Você consegue identificar?’”

“Quando me perguntaram se eu queria abraçá-lo, eu disse: ‘É claro que sim’”.

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Noah Smith, vítima de um aborto espontâneo na 13ª semana de gravidez.

Jessica disse que mesmo em meio à tristeza seu pequeno bebê era simplesmente uma maravilha a ser contemplada. Seus dedos dos pés e das mãos estavam perfeitamente formados. Ele tinha orelhas, nariz e boca completamente identificáveis. Naquela etapa, seu fígado e seus rins estavam funcionando plenamente. Os sistemas do corpo dele estavam completamente formados, e só precisavam de tempo no ambiente seguro do útero da mãe para se desenvolver até atingir a autossuficiência.

“Eu não esperava ver um bebê como aquele. Sempre sigo minhas gravidezes com aqueles aplicativos sobre bebês, mas mesmo eles não fazem justiça a quanto meu filho parecia perfeitamente humano. Sempre fui pró-vida, mas até eu me enganei em relação à aparência de um bebê de 13 semanas”, disse ela.

Os amigos que mais tarde viram fotos do bebê inclusive disseram: “Meu Deus, ele se parece exatamente com um filho dos Smith”, relatou Jessica.

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Trayven Smith, de 4 anos de idade, nunca viu seu irmão Noah. Em lugar disso, ele fez este desenho chamado ‘Olho para Noah’. Ele disse à sua mãe: “Este sou eu, olhando para o céu (azul), enquanto meu irmão Noah (vermelho) vem de lá me visitar”.

Naquele momento, Ray ficou ao lado de Jessica. Eles chamaram o bebê de Noah Israel, que signifca “descanse, ajudante de Deus”.

Em seguida, os dois filhos mais novos foram convidados para entrar na sala e dizer “olá” e “adeus” ao pequeno irmão.

“Quando minha filha Maycee, de dois anos, viu o bebê  Noah deitado, ela não disse: ‘Veja, mamãe, tem uma bolha de tecido’. Não, ela disse: ‘Veja, mamãe, um bebê’”, disse Jéssica.

“E eu disse: ‘eu sei, meu bem, eu sei””.

Toda a família sofreu com a morte de Noah. Se ele tivesse passado pela gravidez com segurança, teria nascido há uma semana, no dia 13 de janeiro. Apesar de sua breve vida, Jessica acredita que a vida de Noah não foi em vão, mas tem um sentido e um propósito.

“Quando você olha para Noah e vê quão perfeitamente humano ele era, como alguém pode chamar o aborto de uma boa decisão? É hora de tirar o véu e abrir as cortinas, para que as pessoas possam ver a humanidade  de um jovem bebê no útero e como o aborto destrói uma verdadeira vida humana”.

“Noah me mostrou quão ‘humanos’ esses pequeninos verdadeiramente são”, disse ela.

 

(via NotiFam)

Meditação para Quaresma 2016

Hoje iniciamos um tempo de graça na Igreja, a Quaresma. Tempo  de oração e contemplação da Misericórdia do Senhor. Quarenta dias separados para podermos vê-la e acolhê-la. Mas para que realmente tenhamos esta experiência, com a Misericórdia,   façamos momentos de Oração, Jejum e partilhemos com os irmãos a Esmola.
Estas são vias perfeitas para encontrarmos com Jesus que deseja:

  1. Nos falar ao ouvido pela ORAÇÃO, como filhos amados que somos. Nos acolher em seus braços e nos ensinar as suas maravilhas. E Ele nos diz pelo Profeta Oseias: “Por isso, eis que vou, eu mesmo, seduzi-la, conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração” (Os 2 , 16).
  2. Com o JEJUM alimento que passa, poderemos saciar nossa fome de amor, com o Alimento que não passa: Eucaristia e Palavra de Deus. A Palavra em Isaías 55 nos diz: “Ouvi-me com toda atenção e comei o que é bom; haveis de deleitar-vos com manjares revigorantes. Escutai-me e vinde a mim, ouvi-me e haveis de viver. Farei convosco uma aliança eterna, assegurando-vos as graças prometidas a Davi”.
  3. Deus quer partilhar conosco as riquezas de seu coração, e cheios de amor e misericórdia, partilhamos nossas riquezas através da ESMOLA com os irmãos. Este é o tempo favorável de voltarmos à casa Paterna, ao coração de Deus, e aí repousar das nossas correrias, do trabalho e preocupações. A nossa fome de amor será saciada com o leite e mel que jorram do Coração de Cristo, pois é fonte de VIDA.

A Quaresma é Tempo de alegria, pois é tempo de preparação para a Páscoa que há de vir. Páscoa, tempo no qual um dia estaremos todos na presença de Deus, de volta para casa, o céu, que é o nosso lugar. A nossa alma anseia por viver aqui, o céu, a intimidade com seu Amado. Ela tem saudade do Amor, tem saudade da voz do Amado, e o caminho perfeito para irmos nos preparando é uma vida de oração, pautada na contemplação e testemunho ao mundo.

Vamos caminhar para o céu? Sigamos os passos de Jesus.

Hoje, quarta-feira de cinzas, iniciaremos esta caminhada, por isso faremos jejum de carne, para que nossa carne saiba que não vivemos para satisfazer a sua vontade, mas a vontade do espírito. Para que saibamos que podemos dominar os desejos da carne por amor a Deus. Pois nossa fome é  saciada fazendo a vontade do Pai.

Por isso, não tenhas medo, pois o Senhor o(a) ama e deseja falar-te ao coração, pois és amado(a), és um prodígio aos seus olhos.

Que Maria, Mãe da Divina Misericórdia, nos acompanhe neste tempo de graça, nos ensinando pelas sandálias da Humildade e da Obediência, a acreditar e acolher o Amor do Pai.

Janet Alves
Cofundadora da Comunidade Católica Reviver pela Misericórdia

Grávida com criança portadora de microcefalia e aborto?

A principal vítima não é a grávida, mas o bebê. Quando é possível diagnosticar a microcefalia, ele já tem seis meses de gestação. Tem o direito de viver, como tantas crianças com deficiência

* LENISE GARCIA
04/02/2016 – 22h13 – Atualizado 04/02/2016 22h30
Lenise Garcia  (Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Mães e pais de crianças com deficiência passam por momentos duros e difíceis, por grandes desafios, e também por alegrias talvez não percebidas por outros pais, a cada pequeno progresso, a cada passo, a cada vitória diante de um objetivo cotidiano. A jornalista Ana Carolina Cáceres, portadora de microcefalia, relata de forma emocionante seus primeiros passos, para ir atrás de um cachorro. O que terá passado pela mente e pelo coração de seu pai, quando testemunhou o fato? Ele tinha ouvido os médicos dizerem que ela não sobreviveria.

>> Grávida vítima de zika deve ter direito ao aborto? Sim

Por outro lado, mulheres que fizeram aborto, especialmente nos casos de alguma má-formação, vivem na dúvida: como seria agora meu filho? Como teria se desenvolvido? Sim, porque essa mulher tem um filho. Morto, mas filho.

A meu ver, este é um dos grandes equívocos nos argumentos para a liberação do aborto: tratar o filho abortado como se ele fosse inexistente, como se fosse possível “cancelar” uma gravidez. Toda mulher que tenha perdido um filho em um aborto espontâneo conhece a dor dessa perda, e precisa trabalhá-la, como fazemos diante de todos os nossos seres queridos que se foram. Não se pode considerar que seja diferente quando o aborto é induzido, provocado pela própria mãe ou por sua solicitação. Nesse caso, há o agravante da culpa, da responsabilidade pela morte do próprio filho. O aborto pode tirar a criança do útero de sua mãe, mas não a tira da sua mente nem do coração.

No caso da microcefalia, há o agravante de que o diagnóstico é tardio, a partir do sexto mês da gestação. Ou seja, estamos falando de uma criança já capaz de sobreviver fora do útero, em muitos casos.

O argumento da “liberdade de escolha” também é equivocado. À maior interessada, que é a criança, não é dada a liberdade de escolher entre  sua vida e sua morte. A vida é o primeiro de todos os direitos, e nenhum outro pode existir sem ele. Não pode caber a outrem a decisão sobre a vida de cada um de nós. Além disso, à escolha da mãe também faltam elementos para que possa ser considerada verdadeiramente livre. Na maior parte das vezes, o aborto é um ato de desespero, de aflição, de alguém que “não vê outra saída”. São inúmeros os exemplos de mulheres que pensam em abortar, mas que desistem quando são ouvidas, ajudadas, acolhidas. Propor o aborto como solução a uma grávida quando se faz o diagnóstico de microcefalia é negar a ela o amparo de que realmente necessita.

Um aspecto particularmente nefasto do aborto eugênico – aquele que ocorre porque o filho em gestação não é “perfeito” – é a carga de preconceito que o fundamenta. Estaríamos negando a dignidade da vida de crianças deficientes, vistas como alguém que não deveria estar vivo porque representa um peso para sua família e para a sociedade. Crianças com deficiência merecem ser acolhidas, cuidadas, amadas. Fazem a diferença em suas famílias, contribuindo para que tenhamos um mundo melhor.

* Lenise Garcia é doutora em microbiologia e coordenadora do curso de biologia da UnB