Uma breve bibliografia para o cristão entender um pouco o Comunismo e se proteger dele

Um dos maiores blogues católicos do Brasil, O Catequista, dá alguns conselhos para a formação política dos cristãos

Por Redacao

ROMA, 05 de Setembro de 2014 (Zenit.org) – Um dos colunistas do blog “O Catequista” – um dos maiores blogues católicos do Brasil, escreveu hoje um post no qual traz a sugestão de uma série de bons livros para a formação política do católico. Trata-se de uma bibliografia seleta que não visa ser completa, mas sim uma iniciação para se “entender o comunismo e se proteger dele”.

O autor do artigo começa relatando um caso: “Em 2013, um homem foi preso enquanto se divertia com seus filhos na praça. Seu crime: usar uma camiseta com a estampa que simboliza a família tradicional – um homem, uma mulher e seus filhos (se estivesse usando uma camiseta com dois machos se beijando, aí tudo bem!). Para ser liberado da prisão, ele teve que pagar uma pesada multa. Isso aconteceu em algum país governado por uma ditadura? Não. O fato se deu em Paris, com as bênçãos do governo socialista “democrático” francês (Fonte: Le Figaro).”

Devido a esses “paradoxos” da política contemporânea, a começar pelos países mais “civilizados”, torna-se importante uma boa formação, primeiro para se tentar compreender o problema de fundo e depois para poder agir da melhor forma possível.

A lista de livros que segue é uma introdução a esse “mundo ideológico” qua ainda hoje está vivo e organizado, mas que, porém, se mostra com diferentes caras. “Saibam apenas que a leitura desses livros é só a ponta do iceberg. Priorizei livros de fácil leitura, acessíveis a todos”, afirma o articulista do “O Catequista”.

Seguem os livros aconselhados:

1 – Fascismo de Esquerda. Jonah Goldberg

2 – Contra Um Mundo Melhor. Luiz Felipe Pondé

3 – O Mínimo que Você Precisa Saber Para não Ser um Idiota. Olavo de Carvalho/Felipe Moura Brasil (org.).

4 – Nossos Anos Verde Oliva. Roberto Ampuero

5 – A Nova Inquisição. Robert Anton Wilson

6 – Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão. Arthur Schopenhauer – Prefácio de Olavo de Carvalho

7 – Iluminismo e Desespero. Geoffrey Hawthorn

8 – Sócrates Encontra Marx. Peter Kreeft

9 – Esquerda Caviar. Rodrigo Constantino

10 – Invasão Vertical dos Bárbaros. Mário Ferreira dos Santos

11 – A Bárbarie. Michel Henry

12 – O Estado Babá. David Harsanyi

13 – O Mito das Nações. Patrick O. Geary.

14 – Os EUA e a Nova Ordem Mundial. Olavo de Carvalho e Alexander Duguin

15 – A Ilha do Dr. Castro. Corinne Cumerlato/Denis Rousseau

16 – O Livro Negro do Comunismo. Vários autores

17 – Darwinismo Moral – Como nos Tornamos Hedonistas. Benjamin Winker.

18 – O Jardim das Aflições. Olavo de Carvalho.

19 – O verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram. Humberto Fontova

20 – Fidel – O Tirano Mais Amado do Mundo. Humberto Fontova.

21 – A Década Perdida. Marco Antônio Villa

22 – Islã e Esquerda: Companheiros de Estrada? José Antônio Rodrigues do Carmo

23 – Ponerologia: Psicopatas no Poder. Andrew Lobaczewski

24 – El Mito Del Papa de Hitler. Rabino David G. Dalin.

25 – Teoria da Exploração do Socialismo-Comunismo. Eugen Von Bohn-Bawerk

26 – O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo. Kevin Williamson 

Veja mais em “O Catequista”. Leia o artigo de Paulo Ricardo em: http://ocatequista.com.br/archives/13806#sthash.LGWtBofd.dpuf

“Ideologia do Gênero” sofreu forte golpe nos países nórdicos e liberais. Entenda o que aconteceu

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A “Ideologia do Gênero” sofreu um grande golpe. O Conselho Nórdico de Ministros, (uma comissão internacional de formada por representantes dos governos da Noruega, Suécia, Dinamarca e Islândia, Iceland) decidiu encerrar Instituto de Gênero Nórdico (NIKK).

O NIKK tem fundamental para a “Teoria de Gênero”, produzindo bases “científicas” para políticas sociais e educacionais que transformaram os países nórdicos nos países considerados os mais “sensíveis às questões de gênero” do mundo.

Como resultado, o NIKK luta para ressuscitar desde o ano passado. O site do Instituto já saiu e voltou ao ar algumas vezes. No entanto, quase não se vê notícia disso na mídia internacional. Há algum tempo, o site do Instituto voltou a funcionar com um novo nome: “Informações Nórdicas para o Conhecimento de Gênero“. O antigo Instituto agora está abrigado pela Secretaria para Pesquisa de Gênero da Suécia (alguma surpresa aí?). No site, que está reconstrução, já se pode ler novamente artigos com a “cientificidade” que conhecedores reconhecerão, como para dizer que o desequilíbrio climático do planeta está relacionado ao excesso de poder masculino.

A decisão do Conselho foi tomada após a o canal de TV estatal norueguês exibir um documentário expondo falta de caráter científico do Instituto(veja-o na íntegra, abaixo)

O produtor da série é Harald Eia, comediante conhecido na Noruega por suas sátiras na TV. Harald Eia tem formação em Ciências Sociais. Ele ficou intrigado pelo chamado “paradoxo norueguês da igualdade de gênero”: apesar de todos os investimentos feitos por políticos e “engenheiros sociais” e da Suécia ter sido escolhida o país com maior igualdade de gênero, homens e mulheres continuam a preferir profissionais consideradas como “estereótipos de gênero” (mulheres ainda tendem à enfermagem e medicina, homens ainda tendem mais a tecnologia, construção civil, etc.). Mesmo com todo o esforço governamental, as preferências as tendências de homens e mulheres continuam as mesmas.

No documentário, Eia, com sua equipe de filmagem, faz algumas perguntas simples aos mais importantes pesquisadores sobre “Gênero” do NIKK. Depois, entrevista os mais importantes cientistas no Reino Unido e Inglaterra. Harald mostra a todos os cientistas as respostas fornecidas por seus colegas. Eia mostra em vídeo como as afirmações das autoridades nórdicas em Gênero, que orientam as dispendiosas políticas de igualdade, causam espanto na comunidade científica – principalmente porque fica explícito como os pesquisadores de gênero baseiam suas afirmações nas suas próprias teorias, sem fundamentação em pesquisa empírica. Harald então volta a Oslo e mostra as gravações aos pesquisadores do NIKK. Acontece que, diante de pesquisas científicas empíricas, os “Especialistas em Gênero” não conseguem defender suas teorias perante a dados reais.

Após o vexame da exposição pública da farsa que são as pesquisas de gênero do NIKK, pessoas começaram a fazer perguntas. Afinal, são 56 milhões de euros do dinheiro dos impostos usados para patrocinar as “pesquisas” de ideólogos de gênero sem qualquer credenciamento científico exceto o fornecido por eles mesmos.

O documentário é feito por algumas perguntas honestas, simples e objetivas, feitas por um sociólogo e comediante sinceramente interessado em desvendar o “Paradoxo da Igualdade de gênero”. Mas isso foi suficiente para mostrar que todo celebrado edifício da “Teoria de Gênero” não conta com alicerces, mas sim com a exploração da ingenuidade pública. Quiçá essa lição seja aprendida por mais pessoas em outros países, outros continentes e na ONU, onde essa ideologia é acalentada pela conveniência para os ocupantes dos gabinetes prestigiosos.

O documentário completo de Harald Eia foi disponibilizado por ele no site vimeo. Inicialmente, estava protegido pela senha “hjernevask” (“Lavagem cerebral” em norueguês, título aliás muito bem escolhido para o documentário). Todos os episódios estão com legendas em inglês.

Para maior conforto dos falantes do idioma Português, disponibilizei a versão legendada da Parte 1 (com o título “O Paradoxo da Igualdade”) abaixo

O documentário completo (com legendas em Inglês):

Part 1 – The Gender Equality Paradox
Part 2 – The Parental Effect (“O efeito parental”)
Part 3 – Gay/straight (“Gay/Hetero”)
Part 4 – Violence (“Violência”)
Part 5 – Sex (“Sexo”)
Part 6 –Race (“Raça”)
Part 7 – ”Nature or Nurture (“Natureza ou aprendizado”)

 

Fonte: Direitos dos Homens

Richard Dawkins, Ateu, diz que é “imoral” dar à luz bebês com síndrome de Down

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Richard Dawkins é um biólogo inglês conhecido mundialmente por suas obras como “O Gene Egoísta” e também por ser um grande militante do ateísmo.

Essa semana o professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, virou notícia por conta de uma mensagem no Twitter dizendo que mulheres grávidas de crianças com síndrome de Down devem abortar.

“Aborte e tente de novo”, disse o biólogo ao ser questionado por uma usuária do microblog que queria saber o que fazer caso engravidasse e descobrisse que o bebê nasceria com a síndrome. “É imoral trazer ‘isso’ ao mundo se você tiver escolha.”

O comentário de Dawkins revoltou mães de crianças com a síndrome e algumas responderam dizendo que nunca desistiriam da gravidez. “Eu lutaria até meus últimos dias pela vida do meu filho”, postou uma internauta.

O biólogo respondeu as críticas dizendo que os bebês com síndrome de Down são “fetos diagnosticados com a doença antes de terem sentimentos”.

Na visão do ateísta uma criança com síndrome de Down tem todos os direitos inalienáveis à pessoa, mas não no caso do feto. “Um feto, sem um sistema nervoso desenvolvido, não tem”. 

 Folha de SP

O “pai” deu à luz, a “mãe” deu o sêmen. Como ficarão os filhos?

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Nick e Bianca Bowser são dois transexuais casados, e eles acreditam que seus dois filhos não terão nenhum tipo de trauma, porque terão uma educação cheia de amor e perfeitamente normal. A história deles foi contada pelo site italiano losai.eu, no dia 19 de agosto.

Mudança de sexo

O casal vive com os filhos de três e um ano de idade. Nick, o pai, é na verdade uma mulher de 27 anos, que se chama Nicole e aos 20 anos resolveu se tornar um homem. Bianca, a mãe, é na verdade um homem que se chama Jason, com 37 anos, que há onze anos começou a viver como mulher. Mas os dois não mudaram verdadeiramente de sexo: não podem realizar a cirurgia de reconstrução da genital porque tem um custo muito alto, ou seja, eles ainda possuem os órgãos genitais originais.

Quando os filhos crescerem, os pais deverão explicar para eles que na verdade foi o “pai” que deu à luz, graças ao esperma da “mãe”. Em 2010, o pai, Nick, engravidou, mas continuou a viver como um homem mesmo com a barriga.

Gravidez sem naturalidade

O pai conta assim sua gravidez: “não gostei – disse – sou um homem e não é fácil fazer algo assim tão feminino. Não conseguia suportar as fofocas e desde o terceiro trimestre não pude mais sair de casa”. Depois a percepção de um drama interior: “foi uma luta cotidiana – continua – odiava o modo como o meu corpo estava mudando. Isso não correspondia com os meus sentimentos interiores”. Não conseguindo conceber a ideia do parto natural, optou pela cesariana. Por sua vez, a mãe está feliz por pensar que quem deu à luz foi o pai, porque este aspecto da feminilidade não lhe interessa: “estou muito feliz de não ter levado os meninos no ventre. Foi bom deixar de lado o inconveniente como as mudanças físicas, a dor do parto”.

E como reagirão os filhos? Como entenderão o que aconteceu? Os pais, sem dúvida, não se deram conta de uma série de fatores decisivos para a educação de um ser humano. Então, o que os levaria a esta escolha infeliz?

O ponto crucial dos transexuais

O teólogo Padre Maurizio Faggioni, professor de moral da vida física na Faculdade Teologica da Itália e um dos maiores especialistas nacionais sobre o tema do gênero, assinala a questão do transexualismo na orientação do próprio desejo erótico. A questão fundamental está no coração da pessoa e na oposição sustentável entre aquilo que uma pessoa sente ser e aquilo que o corpo, com a sua linguagem, diz e comunica. Trata-se de uma situação trágica que leva a pessoa a pedir que sejam cancelados do corpo os sinais do sexo que ela sente estranho e se reconstruam – através da cirurgia e dos hormônios – os recursos do sexo que sente ser o seu.

Ter-se-ia um caso de transexualismo a cada 30.000 homens adultos e uma a cada 100.000 mulheres adultas. Não é evidente a causa, ou o complexo de causas que está na base do transexualismo. Nem todas as vozes da medicina estão de acordo com as cirurgias, e os resultados das intervenções não são sempre os esperados.

A Conversão de Voltaire

Publicado em 7 de agosto de 2014

voltaireO catedrático de filosofia Carlos Valverde escreve um surpreendente artigo em que documenta historicamente a conversão de um dos mais célebres inimigos da Igreja Católica.

UM 30 DE MAIO DO ANO 1778: A investigação de documentos antigos sempre mostra surpresas. A última me veio ao folhear o tomo XII de uma velha revista francesa, Correspondance Littérairer, Philosophique et Critique (1753-1793), monumento riquíssimo para conhecer o século do Iluminismo e o começo da Grande Revolução.

Todos sabemos quem foi Voltaire: o pior inimigo que teve o cristianismo naquele século XVIII, em que emitia críticas cruéis. Com os anos crescia seu ódio ao cristianismo e a Igreja. Era nele uma obsessão. Cada noite cria haver afastado a infâmia e cada manhã sentia a necessidade de voltar a declarar: o Evangelho só havia trazido desgraças sobre a Terra.

Manejou como ninguém a ironia e o sarcasmo em seus inúmeros escritos, chegando até o inominável e o degradante. Lhe chamaram de o anticristo. Foi o mestre de gerações inteiras incapazes de compreender os valores superiores do cristianismo, cujo desaparecimento prejudica e empobrece a humanidade.

Pois bem, no número de abril de 1778 da revista francesa acima citada (páginas 87-88) se encontra nada menos que a cópia da profissão de fé de M. Voltaire. Literalmente diz assim:

«Eu, o que escreve, declaro que havendo sofrido um vômito de sangue faz quatro dias, na idade de oitenta e quatro anos e não havendo podido ir a igreja, o pároco de São Suplício quis de bom grado me enviar a M. Gautier, sacerdote. Eu me confessei com ele, se Deus me perdoava, morro na santa religião católica em que nasci esperando a misericórdia divina que se dignará a perdoar todas minhas faltas, e que se tenho escandalizado a Igreja, peço perdão a Deus e a ela.

Assinado: Voltaire, 2 de março de 1778 na casa do marqués de Villete, na presença do senhor abade Mignot, meu sobrinho e do senhor marqués de Villevielle. Meu amigo».

Assinam também: o abade

Mignot, Villevielle. Acrescenta:

«Declaramos a presente cópia conforme a original, que foi entregue às mãos do senhor abade Gauthier e que ambos confirmamos e que ambos temos firmado, como firmamos o presente certificado. Paris, 27 de maio de 1778. Abate Mignot, Villevielle».

Que a relação pode estimar-se como autêntica o demonstram outros documentos que se encontram no número de junho da mesma revista – nada clerical, por certo-, pois estava editada por Grimm, Diderot e outros enciclopedistas.

Voltaire morreu em 30 de maio de 1778. A revista lhe exalta como “o maior, o mais ilustre e talvez o único monumento desta época gloriosa em que todos os talentos, todas as artes do espírito humano pareciam haver se elevado ao mais alto grau de sua perfeição”.

A família quis que seus restos repousassem na abadia de Scellieres. A 2 de junho, o bispo de Troyes, em uma breve nota, proíbe severamente ao prior da abadia que enterre no sagrado o corpo de Voltaire. A 3 o prior responde ao bispo que seu aviso chega tarde, porque – efetivamente – já tinha sido enterrado na abadia.

A carta do prior é longa e muito interessante pelos dados que contêm. Eis o que mais nos interessa agora: a família pede que ele seja enterrado na cripta da abadia até que possa ser trasladado ao castelo de Ferney. O abade Mignot apresenta ao prior o consentimento firmado pelo pároco de São Suplício e uma cópia – assinada também pelo pároco – “da profissão de fé católica, apostólica e romana que M. Voltaire tem feito nas mãos de seu sacerdote, aprovado na presença de duas testemunhas, das quais uma é M. Mignot, nosso abade, sobrinho do penitente e outro, o senhor marquês de Villevielle (…) Segundo estes documentos, que me pareceram e ainda me parecem autênticos – continua o prior – penso que faltaria com meu dever de pastor se lhe houvesse recusado os recursos espirituais. (…) Nem me passou pelo pensamento que o pároco de São Suplício houvesse podido negar a sepultura a um homem cuja profissão de fé havia legalizado (…). Creio que não se pode recusar a sepultura a qualquer homem que morra no seio da Igreja (…) Depois do meio-dia, o abade Mignot tem feito na igreja a apresentação solene do corpo de seu tio. Cantamos as vésperas dos defuntos; o corpo permaneceu a noite toda rodeado de círios. Pela manhã, todos os eclesiásticos dos arredores (…) tem dito uma missa na presença do corpo e eu celebrei uma missa solene às onze, antes da inumação (…) A família de M. Voltaire partiu esta manhã contente das honras rendidas a sua memória e das orações que temos elevado a Deus pelo descanso de sua alma. Eis aqui os fatos, monsenhor, na mais exata verdade”.

Assim me parece que passou deste mundo ao outro aquele homem que empregou seu temível e fecundo gênio em combater ferozmente a Igreja.

A Revolução trouxe em triunfo os restos de Voltaire ao panteão de Paris – antiga igreja de Santa Genoveva – , dedicada aos grandes homens. Na escura cripta, frente a de seu inimigo Rosseau, permanece até hoje a tumba de Voltaire com este epitáfio:

«Aos louros de Voltaire. A Assembleia Nacional decretou em 30 de maio de 1791 que havia merecido as honras dadas aos grandes homens”.

Autor: Carlos Valverde
Fonte: Site “Logos HP”

A luta de Satanás contra os Sacerdotes

Para fazer reinar Jesus Cristo no mundo, nada é mais necessário do que um clero santo, que seja, com o exemplo, com a palavra e com a ciência, guia dos fiéis” [1]. Estas são palavras que os Santos Padres não se cansam de repetir ao orbe católico, desde que foram pronunciadas, pela primeira vez, pelo papa São Pio X. De fato, o testemunho de um bom sacerdote é capaz de arrastar centenas de fiéis à Igreja de Cristo, quer por meio da pregação, quer por meio da administração dos sacramentos, quer por meio da obediência às normas eclesiais, como o celibato.

A missão do sacerdote resume-se àquela regra máxima da Igreja, de que falam os santos: Salus animarum suprema Lex – a lei suprema é a salvação das almas. Por isso o Papa Bento XVI, na proclamação do Ano Sacerdotal, em 2009, exortou o clero católico a redescobrir a dimensão eclesial de seu ministério. Somente na comunhão com a Igreja o sacerdote pode atingir aquela santidade necessária “para fazer reinar Jesus Cristo no mundo”. Explica-nos o Papa Emérito: “a missão é eclesial, porque ninguém se anuncia nem se leva a si mesmo, mas, dentro e através da própria humanidade, cada sacerdote deve estar bem consciente de levar Outro, o próprio Deus, ao mundo” [2].

Essa realidade não é desconhecida pelo diabo, tampouco por aqueles que fazem as suas vezes na terra, disseminando o joio no meio do trigo. Não é para admirar, por conseguinte, que, no combate à Igreja, o primeiro alvo seja o sacerdócio. “Quando se quer destruir a religião” – observava o santo Cura d’Ars –, “começa-se por atacar o padre” [3]. Com efeito, a primeira tentação demoníaca contra os sacerdotes é a de afastá-los da comunhão eclesial, incentivando-os à dissidência, aplaudindo hereges e ridicularizando aqueles que se submetem de bom grado à autoridade do Santo Padre. Trata-se do primeiro non serviam demoníaco: o não à Igreja.

Os argumentos – ou, no caso, as mentiras – são os mesmos de sempre: o celibato é transformado em símbolo de castração, que fere o direito à sexualidade e leva à pedofilia; o hábito eclesiástico é tachado de indumentária antiquada, que afasta o clero do povo; o padre passa a ser somente o “presidente” da celebração; a obediência a Roma é considerada clericalismo; as normas litúrgicas são suprimidas em nome de uma falsa criatividade; o padre, é dito, não pode ficar preso a “regras de orações medievais”; isto, outros reclamam, não está de acordo com o Concílio Vaticano II; o padre não é sacerdote, mas presbítero; ele tem uma mentalidade pré-conciliar etc. Repetidas ad nauseam pela mídia – e por uma porção de maus teólogos que agem em conluio com ela –, essas ideias perniciosas vão aos poucos minando a identidade do sacerdote, até ao ponto de levá-lo a proclamar o segundo non serviam do diabo: o não a Cristo.

Não é preciso gastar muita tinta, porém, para explicar os erros contidos nestes sofismas. Muito mais sabiamente responderam os santos padres – vivendo a sua vocação de maneira exemplar –, como também o Magistério da Igreja – seja nas encíclicas papais, sejo nos outros inúmeros documentos já publicados a esse respeito. O que é preciso ter em conta é que a luta que se trava contra o sacerdócio é, na verdade, uma luta contra a Pessoa de Jesus Cristo. O padre, não nos esqueçamos, é um Alter Christus (Outro Cristo), dado o caráter impresso em sua alma pelo sacramento da ordem. Por isso, é compreensível a raiva do diabo pela castidade dos sacerdotes – “o mais belo ornamento de nossa ordem”, como elogiava São Pio X –, pois ela remete à virgindade de Cristo, que também foi guardada até a morte na cruz [4]. É compreensível o ódio do diabo à batina negra – a “heroica e santa companheira” de Dom Aquino Correa –, porque o luto recorda o sacrifício redentor da cruz, pelo qual a morte foi vencida [5].

O remédio às insinuações diabólicas, por conseguinte, não pode ser outro senão aquele prescrito por Bento XVI, durante o Ano Sacerdotal [6]:

É importante favorecer nos sacerdotes, sobretudo nas jovens gerações, uma correta recepção dos textos do Concílio Ecuménico Vaticano II, interpretados à luz de toda a bagagem doutrinal da Igreja. Parece urgente também a recuperação desta consciência que impele os sacerdotes a estar presentes e ser identificáveis e reconhecíveis quer pelo juízo de fé, quer pelas virtudes pessoais, quer também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade, desde sempre no coração da missão da Igreja.

Enfim, não se há de esquecer a mediação de Nossa Senhora, mãe solícita dos sacerdotes e a inimiga de todas as heresias. Na sua viagem a Fátima, em 2010, o Santo Padre não perdeu a oportunidade de confiar à Virgem, “os filhos no Filho e seus sacerdotes”, consagrando-os ao seu Coração Materno, para que cumprissem fielmente a Vontade do Pai [7]. Neste ato, o Papa Bento XVI ensinava ao clero do mundo inteiro que o melhor caminho de santidade e escudo contra o demônio é a intercessão de Nossa Senhora. É também o ensinamento dum outro padre que, não por acaso, muito se assemelha às palavras de São Pio X, ao início deste texto: “foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo” [8].

Por Christo Nihil Praeponere

Amparo, ex-revolucionária e funcionária da ONU: «Meu trabalho era destruir a fé dos católicos»

Após anos de trabalho para a ONU, ex-agente denuncia estratégia da organização para minar a fé católica e implantar o aborto em todos os países do mundo

Amparo Medina, ex-revolucionária e funcionária da ONU.

 

Amparo entendeu claramente. Era a Virgem Maria quem lhe falava. Tudo aconteceu quando ela recebeu um disparo da polícia em plena batalha. Quando despertou no hospital, decidiu que sua vida devia mudar radicalmente.

Sua vida “lamacenta” devia dar uma guinada de 180 graus e deixar de lado o seu servilismo político e sua vida de pecado, e dedicar-se às mulheres e às crianças, buscando seu autêntico bem.

Um avô católico

Ela havia nascido em uma família muito normal do Equador. Sua fé era tradicional, de Missa dominical e pouco mais. A exceção da regra foi seu avô, que vivia uma autêntica vida cristã.

Em certa ocasião, sendo Amparo adolescente e a caminho do ateísmo, seu avô lhe disse umas palavras que não haveria de esquecer nunca. Estavam entrando em uma igreja, e diante de uma imagem da Virgem lhe disse: “Olhe para os seus olhos. Ela é a única que vai te salvar e a que vai te levar à fé”. A coisa parou por aí.

O resto foi uma queda livre: foi expulsa do colégio por brigar com uma freira, e um encontro com evangélicos acabou por arrematar seu caminho rebelde e ateu.

A revolução e as esquerdas

Eram os anos 70 e 80, e a oferta social que Amparo encontrou fora da Igreja era a dos movimentos revolucionários, a teologia da liberação marxista, Che Guevara, os movimentos feministas, abortistas, o indigenismo e esse grande etcétera. Ela se meteu de cabeça nisso tudo.

Se há algo que não se pode reprovar em Amparo é dizer que ela não foi uma pessoa coerente com os seus princípios. Ela tomou todas as bandeiras, as abraçou e se dedicou a elas. Ora a encontrávamos em uma confrontação armada ou em uma manifestação antigovernamental, ou ainda em uma campanha a favor dos direitos reprodutivos das mulheres, ou seja, promovendo os contraceptivos e o aborto.

Se radicaliza na Espanha

Como a situação política no Equador se complicou, seu pai a enviou à Espanha para estudar Pedagogia Social. Neste país ela obteve seu título universitário, porém, também sua radicalização política e o contato com outros movimentos revolucionários, ateus e anticlericais. Sua mentalidade feminista coincidia com a da ONU.

Já de volta ao Equador, sua visão feminista e de esquerda combinava perfeitamente bem com as políticas que a ONU levava a cabo na América Latina e, graças a ela e a sua formação, chegou a ser responsável no Equador do programa da UNFPA, isto é, do Fundo de População das Nações Unidas, de onde contava com todos os milhões de dólares que necessitasse para cumprir, ou melhor dizendo, impor os programas contrários à natalidade, a favor do aborto e da anticoncepção.

Meu trabalho: retirar a fé dos católicos

Amparo explicou na rede católica de televisão EWTN que “os grupos comunistas e socialistas sabem que a única instituição que pode romper as suas mentiras é a Igreja Católica. Então – confessou — a primeira coisa que buscam são argumentos que possam destruir a pouca fé que os católicos têm. Veja as notícias ou vá atrás desse sacerdote que não está vivendo a sua vida na graça com Deus… Publique-os e os lance na imprensa… E – concluiu — é preciso omitir que no Equador, 60% das obras de ajuda às pessoas pobres estão nas mãos da Igreja, pois isso se silencia”.

Destruir a Igreja desde dentro

O grande problema dos sacerdotes é a sua solidão: “Nós íamos em busca dos sacerdotes abandonados nos povoados e nas montanhas para dizer-lhes que se Deus existia, então por que permitia a pobreza? ‘A única maneira é a revolução. Una-se a nós, e nós vamos te ajudar’. Havia sacerdotes – lamenta agora — que cediam e que pensavam que teriam um grupo que lhe ajudaria, que lhe apoiaria, que estaria com ele… Em certas ocasionesoferecíamos dinheiro aos sacerdotes e às religiosas para que pudessem reconstruir, melhorar seus centros educativos com a única condição de que nos deixassem dar aulas de educação sexual e reprodutiva em seus colégios”.

Afastando-se ainda mais de Deus…

Em Amparo se cumpre aquela citação de Chesterton que “quando se deixa de crer em Deus, logo se crê em qualquer coisa”.

Imersa no ateísmo, não deixada de buscar algum resquício de espiritualidade na leitura de cartas, reiki, yoga…: “Como a vida na luta de esquerda era uma vida de pecado, você não podia se livrar das consequências do pecado. É a morte espiritual. São como pequenos pactos com o demônio. O demônio os cobra – adverte. Assim, comecei a sofrer por conta do dinheiro”.

“Alguém me recomendou que eu fizesse uma limpeza de ambiente. Tinha meus próprios mantras… que agora, que pude traduzi-los, dizem ‘eu pertenço a Satanás’. Fiz os mantras nos Estados Unidos e, inclusive, levei meus filhos ao xamã que era um mestre elevado da Religião Universal”.

… embora Deus não estivesse distante

Em certa ocasião, estando em uma comunidade, Amparo desafiou a Deus. Havia uma mulher rezando, porém, ela começou a repreendê-la severamente e chamá-la de louca. Até o ponto em que acabou rasgando uma imagenzinha que a pobre senhora segurava.

À época, sua prepotência de revolucionária não lhe fornecia muitas outras soluções. Pouco depois veio o passo seguinte até a sua conversão.

Ferida por uma bala da polícia

Amparo havia participando de todo tipo de manifestações e lutas contra o governo. Em ocasiões mobilizando os indígenas e facilitando que estes acorressem armados com lanças. Porém, certo dia, estando em uma delas, foi atingida por uma bala. Quando sentiu o impacto, Amparo recorda de duas coisas: por um lado, seu marido e seus filhos e, por outro lado, uma paz inexplicável, total. Não tinha medo de partir. Tudo era alegria, gozo, paz…

Nisso, escutou uma voz que lhe cantava: “Vi uns olhos maravilhosos. Vi o amor. Eram os olhos da Virgem. Eram justamente os olhos da estampa que eu havia rasgado! A estampa da Virgem Milagrosa. Eu a vi como uma adolescente de 15 anos. Com roupas brancas…”.

Enquanto ela sangrava, a única coisa que sentia era paz, alegria… Nesse momento a Virgem lhe disse: “Minha pequena, eu te amo”. E lhe pediu que deixasse todas as causas que ela levava e que assumisse a causa de seu Filho. Também se deu conta de que por trás da Virgem havia um senhor mais idoso: era seu avô.

E seu marido pensou que ela estivesse louca

Quando acordou, narrou toda a experiência a seu marido, Javier. Ele pensou que ela estivesse louca, e não era para menos. Uma ateia convicta, militante anticatólica, e despertando daqueles sonhos…

Em seguida, levaram-na para que os altos mestres, psicólogos e peritos da Nova Era a examinassem e a convencessem de que aquelas experiências eram fruto de suas alucinações e dos ferimentos. Sem dúvida, “ninguém podia tirar da minha cabeça que era Deus”.

Primeiramente, confessar-se

“A primeira coisa que precisava era um sacerdote. Precisava me confessar. A primeira coisa, em primeiro lugar, era a confissão. Eu pedia a Deus que não morresse no caminho, indo para casa, porque iria para o inferno. Na confissão estavam todos os pecados. Os mais horríveis”.

Era uma nova etapa, e havia de começar desde o princípio, fazendo tudo bem feito. Assim, a primeira coisa que fiz foi aprender a amar Jesus, a amar os sacerdotes, a amar a Igreja, amar os sacramentos”.

Amparo se sentia totalmente enlameada e também convidada a uma nova revolução: “O único que transforma o mundo é Deus. Eu não sou digna. É tão grande o amor de Deus…”

A conversão de seu marido

Amparo rezou e convidou seu marido Javier à conversão. Com o passar do tempo, Javier, revolucionário como ela, começou a dar provas de mudança por amor a Amparo.

Devia ser uma experiência dramática em si mesma pelo único fato de ter que romper com toda uma vida de convicções e luta comprometida. Amparo explica isso dessa maneira: “Meu marido aceitou crer em Deus e na Virgem, porém, não acreditava no sacramento. Todavia, Deus colocou um sacerdote santo em nosso caminho. Por fim, ele se confessou e sua confissão levou horas. Ao sair, sentiu que havia se livrado de toneladas de coisas”.

Agora era hora de denunciar as mentiras da ONU

A conversão das pessoas, na maioria das vezes, é um processo longo e em etapas. Amparo estava a caminho, mas ainda não renunciara a toda sua vida de pecado. Necessitava de parte dela, pois seu salário das Nações Unidas era uma fonte necessária para a família e seu ritmo de despesas.

Tudo aconteceu quando uma amiga sua lhe pediu informações sobre a distribuição da pílula do dia seguinte por parte das Nações Unidas no Equador. Amparo era responsável pela sua importação e distribuição no país.

De fato, sua agência das Nações Unidas havia vendido ao Equador 400.000 (quatrocentas mil) doses da pílula do dia seguinte. A ONU em Nova York, a UNFPA no Equador: “Eles nos vendem a 25 centavos de dólar, e nós as vendemos entre 9 e 14 dólares. É um negocio e tanto“.

No Equador houve um julgamento em que as Nações Unidas perderam a ação devido à distribuição da pílula e os pró-vidas ganharam, visto que tiveram que reconhecer que ela não é um método contraceptivo, mas sim anti-nidatório, ou seja, abortivo, e que se utiliza quando os métodos contraceptivos falham.

O ápice de sua decisão de converter-se e dar um passo definitivo até Deus aconteceu a caminho do tribunal nesse julgamento em que a ONU perdeu: “Quando estávamos levando a informação ao Tribunal, um jornalista me fez uma pergunta que pensei que era Deus quem me a fazia – estás com Deus ou estás com o demônio? –. A pergunta foi: O que eu pensava da pílula do dia seguinte? E, claro, eu continuava trabalhando para as Nações Unidas e apoiava todas as organizações pró-aborto. Nesse momento me dei conta de que era o momento de dizer a verdade e deixar de mentir a mim mesma. Era uma incoerência ser católica e ao mesmo tempo, por dinheiro, continuar apoiando uma organização que vai contra os meus valores. E, claro, disse a verdade e as Nações Unidas me despediram”.

O que existe por trás das Nações Unidas?

Por trás dos projetos da ONU, atrás das palavras bonitas que usam quando falam de saúde reprodutiva, na realidade, há toda uma promoção do aborto e dos contraceptivos. É o único objetivo para toda América Latina.

Na entrevista de Amparo à cadeia de televisão norte-americana EWTN, denunciava que no livro “Cuerpos, tambores y huellas”, editado pelas próprias Nações Unidas, se reconhece a promoção das relações sexuais com crianças desde os 10 anos. E que nele se explica claramente três coisas:

  1. que os pais não devem ser informados da educação sexual que seus filhos recebem;
  2. – que as escolas devem distribuir contraceptivos a seus alunos sem o conhecimento e consentimento dos pais;
  3. – e que se um professor ou médico chegasse a informar aos pais de que seus filhos estão usando contraceptivos, esse professor ou médico deve ser expulso de seu trabalho por romper o sigilo profissional.

Amparo, e não só ela, denuncia a existência de um todo um negócio em que não se desperdiça nada: promove-se as relações sexuais entre crianças e adolescentes, e se lhes vendem preservativos. Como estes falham, então se lhes oferece o aborto ou a pílula do dia seguinte. Como o aborto produz restos humanos, estes servem bem para a experimentação ou bem para extrair algumas sustâncias que depois se usam em cremes, xampus, etc. Negócio completo.

Pela primeira vez na história, não existem mais cristãos em Mosul

Os últimos 25 cristãos, deficientes ou gravemente doentes no hospital, teriam sido assassinados depois do ultimatum do ISIL no passado 19 de julho

Por Fadi Sotgiu Rahi, C.SS.R.

ROMA, 01 de Agosto de 2014 (Zenit.org) – A segunda grande cidade do Iraque vive a maior perseguição aos cristãos de toda a sua história. O Iraque é a terra de nossos antigos Pais do Antigo Testamento: Abraão, Isaac e Jacob. Aquela terra que conheceu o cristianismo logo após a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo, continua a experimentar um período de trevas, assassinato e perseguição dos cristãos pelo que é conhecido como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL ou ISIS).

Este último é um Estado não reconhecido, um grupo muçulmano salafista jihadista ativo na Síria e no Iraque. A auto-proclamação do nascimento do Estado Islâmico ocorreu no dia 3 janeiro de 2014, liderado pelo comandante Abu Bakr al-Baghdadi. Esta organização juntou-se ao Al-Qaeda no Iraque, em 2004, e depois se separarou. O objetivo do ISIL é impor a sharia nos territórios controlados e realizar um grande califado islâmico sunita, unindo as regiões de maioria sunita da Síria e do Iraque, dentro de um único Estado.

Os membros do ISIL atacaram Mosul no dia 10 de julho deste ano, entrando armados em todas as casas dos cristãos, e exigindo-lhes três opções: conversão ao islamismo; pagar a jizya, ou seja, o imposto de capitação, conhecido como de “compensação”, que desde o período islâmico clássico até o século XIX todas as pessoas não-muçulmanas pagava às autoridades islâmicas ou abandonavam a cidade.

Os cristãos de Mosul formam a maioria da população da cidade depois dos muçulmanos sunitas, que são a grande maioria. No Iraque há várias igrejas, entre as quais podemos citar: a Igreja Católica Caldéia, a Igreja da Síria (tanto a Católica quanto a Ortodoxa), a Igreja Assíria do Oriente, a Igreja greco-católica melquita, a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Católica Maronita. Destaca-se que as três primeiras Igrejas mencionadas têm em Mosul uma presença capilar.

Todo cristão que rejeita as três possibilidades impostas pelo ISIL está destinado ao fio da espada. Já existem centenas cristãos que foram massacrados por causa de sua fé e seu amor por Cristo Jesus. Emigraram de Mosul mais de quinze mil pessoas em 20 dias e os últimos cristãos que permaneceram lá, depois do ultimatum (19 Julho) dos jihadistas, eram 25 pessoas, gravemente doentes ou deficientes que estavam no hospital. O seu fim não foi melhor do que os outros cristãos, porque foram igualmente massacrados.

Pela primeira vez na história cristã, a antiga terra do Iraque, é esvaziada completamente de cristãos como resultado do massacre realizado pelos jihadistas islâmicos apoiados pelas nações que garantem um fornecimento de armas, dinheiro e todo o apoio necessário. Os emigrantes de Mosul foram forçados a deixar as suas cidades sem levar nada com eles, nem roupas, nem comida, sem transporte e sem dinheiro. Muitos deles fugiram como vieram ao mundo, ou seja, totalmente nus que conta hoje entre as suas fileiras cerca de vinte mil homens armados.

A perseguição continua e os mártires da fé cristã aumentam. O Papa Francisco nos disse em um dos seus últimos Angelus: “O número de mártires cristãos dos últimos anos ultrapassou em muito o dos primeiros séculos do cristianismo”. Na verdade, a situação atual dos cristãos no Iraque e na Síria é intolerável e precisa de muita oração e jejum. Além disso, é necessário que os responsáveis das nações que apóiam o terrorismo e o ISIL recuperem uma consciência e parem de apoiar essas milícias. É o único caminho para devolver ao Iraque e ao Oriente Médio um destino de convivência inter-religiosa e de diálogo.

Ética e comunicação

I. Introdução

1.«A mudança que se dá hoje nas comunicações implica, mais que uma simples revolução técnica, a transformação completa de tudo o que é necessário para compreender o mundo que a envolve e para verificar e expressar a percepção do mesmo. A apresentação constante das imagens e das ideias, assim como a sua transmissão rápida, até mesmo de um continente para outro, têm consequências simultaneamente positivas e negativas, no desenvolvimento psicológico, moral e social das pessoas, na estrutura e no funcionamento da sociedade, na partilha de uma cultura com outra, na percepção e na transmissão dos valores, nas ideias do mundo, nas ideologias e nas convicções religiosas».1
Durante a década passada, a verdade destas palavras tornou-se mais clara do que nunca. Hoje, não há necessidade de uma grande imaginação para vislumbrar a terra como um globo interligado energicamente com as transmissões electrónicas – um planeta em diálogo, aconchegado no silêncio providencial do espaço. A questão ética consiste em saber se isto está a contribuir para um desenvolvimento humano autêntico e a ajudar os indivíduos e os povos a corresponder à verdade do seu destino transcendente.
E, naturalmente, de muitas formas, a resposta é positiva. Os novos meios de comunicação são instrumentos poderosos para o enriquecimento educativo e cultural, para a actividade comercial e a participação política, para o diálogo e a compreensão interculturais; e, como indicamos no documento associado a este,2 podem servir inclusivamente a causa da religião. Contudo, esta moeda tem também o seu reverso. Os meios de comunicação que devem ser utilizados para o bem das pessoas e das comunidades podem ser usados inclusive para explorar, manipular, dominar e corromper.

2. A Internet é o mais recente e, sob muitos pontos de vista, o mais poderoso de uma série de instrumentos de comunicação – telégrafo, telefone, rádio e televisão – que, para muitas pessoas ao longo do último século e meio, eliminararam gradualmente o tempo e o espaço como obstáculos para a comunicação. Ela tem consequências enormes para os indivíduos, as nações e o mundo em geral.
Neste documento, desejamos expor uma perspectiva católica a respeito da Internet, como ponto de partida para a participação da Igreja no diálogo com os outros sectores da sociedade, especialmente com os outros grupos religiosos, no que se refere ao desenvolvimento e à utilização deste maravilhoso instrumento tecnológico. Actualmente, a Internet está a ser usada de várias formas positivas, com a promessa de muitas mais, mas a sua utilização imprópria pode causar também um grande prejuízo. Qual será o seu uso, positivo ou negativo, é em grande medida uma questão de escolha – uma opção em relação à qual a Igreja contribui com dois elementos de enorme importância: o seu compromisso em benefício da dignidade da pessoa humana e a sua longa tradição de sabedoria moral.3

3. Assim como acontece com os outros meios de comunicação, a pessoa e a comunidade dos indivíduos são centrais para uma avaliação ética da Internet. Em relação à mensagem comunicada, ao processo de comunicação e às questões de estrutura e de sistema no campo das comunicações, «o princípio ético fundamental é este: a pessoa e a comunidade humanas são a finalidade e a medida do uso dos meios de comunicação social; a comunicação deveria fazer-se de pessoa a pessoa, para o desenvolvimento integral das mesmas».4
O bem comum – «o conjunto de condições da vida social que permitem, tanto aos grupos como a cada um dos seus membros, atingir mais plena e facilmente a sua própria perfeição» 5 – oferece o segundo princípio básico para a avaliação ética das comunicações sociais. Ele deveria ser compreendido de maneira inclusiva, como a série de propostas louváveis em que os membros da comunidade se comprometem em conjunto e que a comunidade existe para realizar e defender. O bem dos indivíduos depende do bem comum das suas comunidades.
A virtude que dispõe as pessoas a proteger e a promover o bem comum é a solidariedade. Não se trata de um sentimento «de compaixão vaga ou de enternecimento superficial» pelos problemas das outras pessoas, mas «a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum; ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos».6 De forma especial nos dias de hoje, a solidariedade possui uma clara e vigorosa dimensão internacional; é justo falar do bem comum internacional e é imperativo trabalhar por ele.

4. O bem comum internacional, a virtude da solidariedade, a revolução na tecnologia dos meios de comunicação e de informação, assim como a Internet, são todos relevantes para o processo de globalização.
As novas tecnologias orientam e contribuem em grande medida para a globalização, criando uma situação em que « o comércio e as comunicações já não se encontram limitados por confins específicos ».7 Isto tem consequências imensamente importantes. A globalização pode aumentar a riqueza e promover o desenvolvimento; ela oferece vantagens como « a eficiência e o aumento da produção… pode reforçar o processo da unidade dos povos e prestar um melhor serviço à família humana ».8 Contudo, até agora os benefícios não têm sido equitativamente distribuídos. Alguns indivíduos, empresas comerciais e países tornaram-se enormemente ricos, enquanto outros foram deixados para trás. Nações inteiras chegaram a ser quase completamente excluídas do processo e impedidas de ocupar um lugar no mundo que se está a formar. « A globalização, que transformou de maneira profunda os sistemas económicos ao criar inesperadas possibilidades de crescimento, também fez com que muitos permanecessem à margem do caminho: o desemprego nos países mais desenvolvidos e a miséria em muitas nações do Hemisfério Sul continuam a manter milhões de homens e mulheres longe do progresso e da felicidade».9
Não é absolutamente claro se até mesmo as sociedades que entraram no processo de globalização o tenham feito inteiramente orientadas por uma opção livre e ponderada. Pelo contrário, «muitas pessoas, em particular os indivíduos mais desfavorecidos… vivem [isto] como uma imposição e não como um processo em que desejam participar de forma activa».10
Em muitas partes do mundo, a globalização está a estimular uma mudança social rápida e radical. Não se trata de um processo unicamente económico, mas também cultural, com aspectos tanto positivos como negativos. « Os povos que estão sujeitos a isto não raro consideram a globalização como uma invasão destruidora que ameaça as normas sociais, que antes os tutelavam, e os pontos de referência culturais que lhes ofereciam um rumo na vida… as mudanças na tecnologia e nas relações de trabalho transformam-se com demasiada rapidez para que a cultura seja capaz de lhes corresponder ».11

5. Uma das principais consequências da liberalização dos últimos anos foi a passagem do poder dos Estados nacionais para os Organismos transnacionais. É importante que tais Organismos sejam encorajados e ajudados no recurso ao seu poder para o bem da humanidade; e isto indica uma necessidade de maiores comunicação e diálogo entre si mesmos e as entidades interessadas, como a Igreja.
O uso das novas tecnologias de informação e da Internet precisa de ser ponderado e orientado por um compromisso decidido em prol da prática da solidariedade ao serviço do bem comum, tanto dentro das nações como entre elas mesmas. Estas tecnologias podem constituir um modo de resolver os problemas humanos, de promover o desenvolvimento integral das pessoas e de criar um mundo governado pela justiça, a paz e o amor. Hoje em dia, ainda mais do que quando a Instrução Pastoral sobre os meios de comunicação social Communio et Progressio o indicou, há mais de trinta anos, os meios de comunicação têm a capacidade de transformar cada pessoa em toda a parte num « participante no drama… do género humano ».12
Trata-se de uma visão surpreendente. A Internet só pode ajudar a fazer disto uma realidade – para os indivíduos, os grupos, as nações e a raça humana – se for utilizada à luz dos princípios éticos clarividentes e sólidos, de maneira especial a virtude da solidariedade. Fazer isto será vantajoso para todos, pois « sabemos… hoje [algo] mais do que ontem: jamais viveremos felizes e em paz uns sem os outros e, menos ainda, uns contra os outros ».13 Será uma expressão daquela espiritualidade de comunhão que implica « a capacidade de ver antes de mais nada o que há de positivo no outro, para o acolher e valorizar como dom de Deus », juntamente com a capacidade de « “criar espaço” para o irmão, levando “os fardos uns dos outros” (Gl 6, 2) e rejeitando as tentações egoístas que sempre nos insidiam ».14
6. A difusão da Internet levanta também um certo número de interrogações éticas acerca de problemáticas como a privacidade, a segurança e a credibilidade dos dados, os direitos autorais e a lei de tutela da propriedade intelectual, a pornografia, os sites que instigam ao ódio, a disseminação de boatos, a representação de homicídios sob a aparência de notícias, e muito mais. A seguir, falaremos brevemente sobre alguns destes elementos reconhecendo, ao mesmo tempo, que eles exigem análise e debate constantes por parte de todas as partes interessadas. Contudo, de maneira fundamental, não julgamos a Internet unicamente como uma fonte de problemas; consideramo-la como um manancial de benefícios para o género humano. Todavia, as vantagens só se podem realizar plenamente, se os problemas forem resolvidos.

II. Sobre a Internet

7. A Internet possui uma série de características impressionantes. Ela é instantânea, imediata, de alcance mundial, descentralizada, interactiva, expansível até ao infinito em termos de conteúdo e de alcance, flexível e adaptável a um nível surpreendente. É igualitária, no sentido de que, qualquer pessoa que disponha do equipamento necessário e de uma modesta capacidade técnica, pode constituir uma presença activa no espaço cibernético, transmitir a sua mensagem para o mundo e reivindicar um seu auditório. Ela permite às pessoas o luxo de permanecer no anonimato, de desempenhar uma determinada função, de devanear e também de formar uma comunidade com as outras pessoas e de nela participar. Em conformidade com os gostos do utente, ela presta-se tanto à participação activa como ao isolamento passivo num « mundo narcisita, que tem a si mesmo como ponto de referência, feito de estímulos cujos efeitos são semelhantes aos dos narcóticos ».15 A ela pode recorrer-se também para interromper o isolamento de indivíduos ou de grupos, ou para o exacerbar.

8. A configuração tecnológica subjacente à Internet tem uma influência considerável sobre os seus aspectos éticos: tendencialmente, as pessoas usam-na de acordo com o modo em que ela é projectada, e delineiam-na de forma a adaptar-lá a este tipo de uso. Com efeito, este « novo » sistema remonta ao período da guerra fria nos anos 60, quando se procurava confundir os ataques nucleares, criando uma rede descentralizada de computadores portadores de dados vitais. A descentralização constituía a chave do esquema, pois desta forma – então, era assim que se raciocinava – o extravio de um ou até mesmo de muitos computadores não significava a perda dos dados.
Uma visão idealista do livre intercâmbio de informações e de ideias desempenhou uma parte notável no desenvolvimento da Internet. Contudo, a sua configuração descentralizada e o projecto analogamente descentralizado da World Wide Web, no final dos anos 80, também demonstraram que são adequados a uma forma mentis oposta a qualquer coisa que saiba a uma regulação legítima da responsabilidade pública. Assim, nasceu um individualismo exagerado em relação à Internet. Dizia-se que nela se encontrava um novo domínio, a maravilhosa terra do espaço cibernétido, onde era permitido qualquer tipo de expressão e onde a única lei consistia na liberdade individual total, de fazer o que quiser. Com efeito, isto significava que a única comunidade, cujos direitos e interesses seriam verdadeiramente reconhecidos no espaço cibernético, era a comunidade dos libertários radicais. Este modo de pensar ainda exerce a sua influência em determinados círculos, apoiados por conhecidos argumentos libertários, aos quais se recorre também para defender a pornografia e a violência nos meios de comunicação em geral.16
Embora os individualistas e os empresários radicais sejam, obviamente, dois grupos muito diferentes entre si, existe uma convergência de interesses entre aqueles que querem que a Internet seja um lugar para quase todos os tipos de expressão, independentemente de quão ignóbeis ou destruidores os mesmos sejam, e aqueles que desejam que ela constitua um veículo de actividades comerciais incondicionadas, segundo o modelo neoliberal que « considera o lucro e as leis de mercado como parâmetros absolutos, em prejuízo da dignidade e do respeito das pessoas e dos povos ».17

9. A explosão das tecnologias de informação multiplicou muitas vezes as capacidades de comunicação de alguns indivíduos e grupos privilegiados. A Internet pode servir as pessoas no seu uso responsável da liberdade e da democracia, aumentar a gama de opções em vários sectores da vida, alargar os horizontes educativos e culturais, abater as divisões e promover o desenvolvimento humano de inúmeras formas. « Este livre fluxo de imagens e palavras à escala mundial está a transformar não só as relações entre os povos a níveis político e económico, mas até a própria concepção do mundo».18 Quando se fundamenta sobre valores comuns, radicados na natureza da pessoa, o diálogo intercultural, que se torna possível através da Internet e de outros meios de comunicação social, pode constituir um «instrumento privilegiado para construir a civilização do amor ».19
Contudo, esta visão não é completa. «Paradoxalmente, as mesmas forças que contribuem para o melhoramento da comunicação podem levar, de igual modo, ao aumento do isolamento e à alienação».20 A Internet pode unir as pessoas, mas também as pode dividir, tanto a nível individual como em grupos mutuamente suspeitos, separados por ideologias, políticas, posses, raças, etnias, diferenças de geração e até mesmo de religião. Ela já tem sido utilizada de maneiras agressivas, quase como se fosse uma arma de guerra, e já se tem falado do perigo do «terrorismo cibernético». Seria dolorosamente irónico se este instrumento de comunicação, com um potencial tão elevado para unir as pessoas, voltasse às suas origens da guerra fria e se tornasse uma arena para o conflito internacional.

III. Algumas áreas de preocupação

10. Um certo número de preocupações acerca da Internet estão implícitas naquilo que se disse até aqui.
Uma das mais importantes delas diz respeito àquilo a que hoje se chama «divisão digital» – uma forma de discriminação que separa os ricos dos pobres, tanto dentro das nações como entre elas mesmas, com base no acesso, ou na falta de acesso, às novas tecnologias de informação. Neste sentido, trata-se de uma versão actualizada da diferença mais antiga entre as pessoas «ricas de informação » e as outras « pobres de informação ».
A expressão « divisão digital » salienta o facto de que os indivíduos, os grupos e as nações devem ter acesso às novas tecnologias em ordem a participar nos prometidos benefícios da globalização e do desenvolvimento, e não ser privados dos mesmos. É imperativo «que a brecha entre os beneficiários dos novos meios de informação e expressão, e os que ainda não tiveram acesso aos mesmos, não se converta noutra obstinada fonte de desigualdade e discriminação».21 Devem-se encontrar formas de tornar a Internet acessível aos grupos menos avantajados, ou directamente ou pelo menos vinculando-a aos meios de comunicação tradicionais, cujo custo seja inferior. O espaço cibernético deve constituir um recurso de informações e serviços abrangentes, disponíveis gratuitamente para todos, e numa vasta gama de línguas. As instituições públicas têm a particular responsabilidade de criar e de manter sites deste género.
Na medida em que a economia global adquire a sua forma, a Igreja está preocupada em «garantir que neste processo vença a humanidade inteira » e não apenas «uma elite próspera que controla a ciência, a tecnologia, a comunicação e os recursos do planeta »; isto significa que a Igreja deseja «uma globalização ao serviço de todo o homem e do homem todo».22
Neste caso, deve-se ter em mente que as causas e as consequências da divisão não são unicamente económicas, mas inclusive técnicas, sociais e culturais. Assim, por exemplo, outra « divisão » da Internet contribui para a desvantagem das mulheres e também ela precisa de ser eliminada.

11. Estamos particularmente preocupados com as dimensões culturais daquilo que hoje se está a realizar. Precisamente como poderosos instrumentos no processo de globalização, as novas tecnologias de informação e a Internet transmitem e contribuem para formar uma série de valores culturais – modos de pensar acerca dos relacionamentos sociais, da família, da religião e das condições humanas – cuja novidade e fascínio podem desafiar e ultrapassar as culturas tradicionais.
Sem dúvida, o diálogo e o enriquecimento interculturais são deveras desejáveis. Com efeito, « o diálogo entre as culturas é particularmente necessário hoje, quando se pensa no impacto das novas tecnologias da comunicação sobre a vida das pessoas e dos povos ».23 Contudo, este caminho deve ser bilateral. As culturas têm muito a aprender umas das outras, e meramente impor a visão, os valores e até mesmo a linguagem mundial de uma determinada cultura sobre as outras não significa diálogo, mas imperialismo cultural.
O domínio cultural é um problema particularmente sério, quando uma cultura predominante transmite valores falsos, contrários ao bem genuíno dos indivíduos e dos grupos. Desta forma a Internet, juntamente com os outros instrumentos de comunicação social, está a transmitir uma mensagem imbuída dos valores da cultura secular ocidental a pessoas e a sociedades que, em muitos casos, não estão adequadamente preparadas para a avaliar e para lidar com a mesma. Daqui resultam problemas sérios – por exemplo, no que diz respeito à vida matrimonial e familiar, cuja instituição está a experimentar «uma crise generalizada e radical»24 em muitas partes do mundo.

A pornografia deve ser vista como uma droga, assegura especialista

Publicado em 29 de julho de 2014

PornKillsLove_CreditFightTheNewDrug

O site ACI/EWTN Noticias informou nesta segunda-feira (28/07/14) que em uma entrevista para a CNA -agência em inglês do Grupo ACI-, o Co-fundador e diretor executivo do Fight the New Drug (Luta contra a nova droga), Clay Olsen, assegura que é necessário continuar gerando consciência sobre os perigosos efeitos da pornografia.

“Queremos mudar a atitude e percepção dos jovens frente a este tema para assim poder ajudá-los a cuidar suas relações, a intimidade, o espírito e inspirar uma nova geração que busque o verdadeiro amor e evite a sua falsificação” assinalou Olsen sobre o Fight the New Drug, uma organização que luta contra o vício à pornografia entre os jovens.

“Quando se trata de drogas e outros tipos de vícios, temos material informativo e campanhas de sensibilização, mas quando se trata de pornografia nossa cultura atua como se não existisse” refletiu Olsen.

Uma recente pesquisa revelou que quase um de cada cinco usuários regulares de pornografia se sente controlado por seus desejos sexuais. Por outro lado, um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que as pessoas viciadas na pornografia têm uma atividade cerebral parecida com a dos alcoólicos ou drogados.

“A pesquisa mais recente informou que a pornografia funciona como uma droga em relação à atividade cerebral”, explicou Olsen. Aprender mais sobre a natureza aditiva da pornografia levou à descoberta de que “o cérebro é capaz de curar-se e voltar para um estado saudável”.

Nesse sentido, assinalou que “nosso objetivo é ajudar que os jovens entendam não só que a pornografia causa graves danos em suas próprias vidas, mas também a considerem como uma injustiça social que devemos combater de maneira coletiva”.

Para isso, Fight the New Drug criou um programa online gratuito chamado Fortify para ajudar a combater o vício à pornografia juvenil. O programa entrega uma “estratégia de batalha” personalizada e um seguimento dos progressos, assim como respostas a perguntas e mensagens de ânimo.

“Trabalhamos por mais de três anos com uma equipe de terapeutas e psicólogos. Atualmente temos mais de cinco mil usuários que estão recebendo a ajuda necessária para recuperar-se”, assinalou Olsen.

Fight The New Drug  realizou conferências em mais de 300 assembleias de escolas públicas e privadas dos EUA e Canadá. As conferências entregam informação sobre as três áreas principais de impacto da pornografia: as pessoas, as relações e a sociedade, as quais Olsen descreve como “cérebro, coração e mundo”.

Olsen destacou o impacto nas relações humanas, pois foi descoberto “que os usuários regulares da pornografia costumam preferir a fantasia à realidade, assim como a televisão a um ser humano”.

Olsen assegurou que a correlação entre o tráfico sexual e a indústria pornográfica está crescendo cada vez mais. “Apesar de não ser algo que ocorra sempre, cada vez mais pessoas se veem obrigadas, foram drogadas, agredidas ou manipuladas para participar ativamente no tráfico”.

Diante da crua realidade da pornografia no mundo moderno, Olsen oferece uma mensagem de ânimo a quem enfrenta esta realidade. “O primeiro que diria aos jovens é que tenham a esperança de superar este vício; uma vida sem pornô é muito mais alegre e significativa. Estamos aqui para ajudar os nossos jovens a alcançar essa meta”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/a-pornografia-deve-ser-vista-como-uma-droga-assegura-especialista-91948/