Bebês estraçalhados e vendidos em peças

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”

D. Estevão Bettencourt, Osb.,

Nº 532, Ano 2006, Página 457.


Em síntese: Existem nos Estados Unidos clínicas que fornecem a pesquisadores partes do corpo de bebês estraçalhados durante o aborto e vendidos a bom preço. Pormenores e lista de preços vão abaixo publicados.


Via Internet PR recebeu extratos de um livro intitulado “Cobaias Humanas – a história secreta do sofrimento provocado em nome da ciência” (Andrew Goliszek). Do original “in the name of Science” – Editora Ediouro Publicações S/A, Rua Nova Jerusalém 345 – Bonsucesso – CEP 21042-230 Rio de Janeiro (RJ) – Tel.: (21) 3882-8200 – Fax: (21) 2260-6522 – e-mail: livros@ediouro.com.br, Internet: www.ediouro.com.br

Eis os trechos mais significativos:

Oficinas de Desmanche Humano:

O Florescente Negócio da Colheita de Tecidos


O Sol mal tinha nascido sobre a pequena cidade do meio-oeste americano, quando uma técnica do lado de fora da clínica de saúde de mulheres atirou dois sacos plásticos cheios de partes de corpos fetais descartados do dia anterior por sobre sua cabeça para dentro de um recipiente aberto. Isso porque o triturador da pia, onde os restos fetais geralmente são triturados e descartados na rede de esgotos da cidade, não estava funcionando bem. Os sacos verdes bateram contra a parede de metal, caindo numa pilha com o restante do lixo da semana.


Dentro da clínica, outro técnico estava atarefado folheando uma lista, gerada por computador, e pedidos de pesquisadores em todo o mundo. Os pedidos incluíam rins, cérebros, uma medula espinhal, pulmões, uma perna com quadril anexado, olhos, uma glândula timo e dois fígados. Os pedidos são cuidadosamente examinados para coincidir com as pacientes com hora marcada naquele dia a fim de serem submetidas a aborto. Durante o restante da manhã e à tarde, fetos, alguns com 30 semanas, serão extraídos (às vezes mortos dentro do útero, se necessário), dissecados; acondicionados em gelo seco e despachados pela USP, FedEx e Airbone para os laboratórios, companhias farmacêuticas, Universidades e clínicas, para uso em experimentos médicos.


Embora a lei federal proíba a venda direta de tecidos ou partes do corpo humano, a Ordem Executiva, de 1993, do presidente Clinton, derrubando a proibição de financiamento pelo contribuinte de pesquisa em fetos abortados, abriu as comportas para uma nova e florescente indústria: a colheita e venda de partes de corpos de bebês. Menos de um ano depois de ter sido assinada a Ordem Executiva, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, que operam seu próprio serviço de coleta 24 horas por dia em clínicas de aborto patrocinadas, publicaram diretrizes práticas e informações sobre seus serviços de colheita. O seguinte texto foi tirado do manual do NIH de 11 de março de 1994, com o título Disponibilidade de Tecido Fetal Humano.

“Tecidos embriônicos e fetais humanos estão disponíveis através do Laboratório Central de Embriologia Humana da Universidade de Washington. O laboratório, que é financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde, pode fornecer tecido de embriões e fetos normais ou anormais de idades gestacionais desejados entre 40 dias e termo. As amostras são obtidas em questão de minutos da passagem e os tecidos são identificados assepticamente, estagiados e imediatamente processados de acordo com as necessidades dos investigadores individuais. No presente momento, os métodos de processamento incluem fixação imediata, fixação instantânea, congelamento instantâneo em nitrogênio líquido e colocação em soluções salinas balanceadas ou em meio designado e/ou fornecido pelo serviço expresso noturno, chegando no dia seguinte à aquisição. O laboratório também pode fornecer cortes seriados de embriões humanos preservados no fixador metil-Carnoy, incluídos em parafina e seccionados em cortes de 5 mícrons…”.


Separado e vendido em peças, um único bebê poderia render até 14 mil dólares. Uma dessas empresas, a Opening Lines, Inc. de West Franklin, Illinois, processa mais de 1.500 fetos por dia e anuncia abertamente “tecido de primeira qualidade, de preços mais acessíveis, mais fresco, preparado segundo as suas especificações e entregue nas quantidades de que você precisa, no momento em que você precisa”. Seus preços, de acordo com o presidente corporativo, dr. Miles Jones, são determinados por forças de mercado e por quanto os compradores estão dispostos a pagar por tecido humano. O folheto da empresa, que estimula os aborteiros a “transformar a decisão de sua paciente em algo maravilhoso”, oferece uma lista detalhada de preços que inclui as seguintes tarifas:


Amostra Não-Processada (> 8 semanas) – US$ 70

Amostra Não-Processada (< 8 semanas) – US$ 50

Fígados (< 8 semanas) – 30% de desc. fragmentados – US$50

Fígados (> 8 semanas) – 30% de desc. fragmentados – US$ 125

Baços (< 8 semanas) – US$ 75

Baços (> 8 semanas) – US$ 50

Pâncreas (< 8 semanas) – US$ 100

Pâncreas (> 8 semanas) – US$ 75

Timo (< 8 semanas) – US$ 100

Timo (> 8 semanas) – US$ 75

Intestinos e Mesentérios – US$ 50

Mesentério (< 8 semanas) – US$ 125

Mesentério (> 8 semanas) – US$ 100

Rim (< 8 semanas) com / sem adrenal – US$ 125

Rim (> 8 semanas) com / sem adrenal – US$ 100

Membros (pelo menos 2) – US$ 125

Cérebro (< 8 semanas) – 30% de desc. fragmentados – US$99

Cérebro (> 8 semanas) – 30% de desc. fragmentados – US$ 150

Hipófise (> 8 semanas) – US$ 300

Medula Óssea (< 8 semanas) – US$ 350

Medula Óssea (> 8 semanas) – US$ 250

Ouvidos (< 8 semanas) – US$ 75 Olhos

Ouvidos (> 8 semanas) – 40% de desc. para um olho – US$ 75

Olhos (< 8 semanas) – 40% de desc. para um olho – US$ 50

Pele (> 12 semanas) – US$ 100

Pulmões e Bloco Cardíaco – US$ 150

Cadáver Embriônico Intacto (< 8 semanas) – US$ 400

Cadáver Embriônico Intacto (> 8 semanas) – US$ 600

Crânio Intacto – US$ 125

Tronco Intacto com / sem membros – US$ 500

Gônadas – US$ 550

Sangue de Cordão Congelamento Instantâneo – US$ 125

Coluna Vertebral – US$ 150

Medula Espinhal – US$ 35

Preços Válidos até 31 de dezembro de 1999


Uma realidade mantida oculta ao público é que os bebês freqüentemente precisam ser manipulados na posição correta e lentamente retalhados vivos durante o processo de colheita, para garantir que as mercadorias valiosas não sejam danificadas. Um artigo de 1990 na revista Archives of Neorology descreve as técnicas de aborto que levam três a quatro vezes mais tempo que o normal para preservar tecido e obter as melhores amostras possíveis. Quanto mais prolongado o procedimento, maior o tempo em que o bebê é sujeitado à tortura.


VEJA A ENTREVISTA

Essa é uma transcrição parcial do testemunho de um caso em tribunal civil de julho de 1997 instaurado pelo colheteiro sob contrato da Universidade de Nebraska, o dr. Leroy Carhart, contestando a proibição de Nebraska de certas técnicas de aborto.

Carhart:
Meu curso normal seria desmembrar a extremidade e depois voltar a tentar tirar o feto pelo pé ou pelo crânio antes, qualquer que seja a extremidade que consiga pegar antes.

Advogado: Como o senhor procederia na desmembração daquela extremidade?


Carhart:
Simples tração e rotação, agarrando a porção que consiga segurar, que geralmente seria algum lugar subindo pelo eixo da parte exposta do feto, tracionando-o para baixo através do osso, usando o osso inteiro como a contra-tração e rotação para desmembrar o ombro ou o quadril ou o que quer que venha a ser. Às vezes, você pega uma perna e não consegue tirar para fora a outra.

Advogado: Nessa situação, quando o senhor traciona o braço e o remove, o feto ainda esta vivo?

Carhart: Sim.

Advogado: O senhor considera um braço, por exemplo, uma parte substancial do feto?

Carhart: No meu modo de ver, acho que, se perco um braço, isso seria uma perda substancial para mim. Acho que teria de interpretar dessa maneira.

Advogado:
E então o que acontece a seguir, depois que o senhor remove o braço? O senhor então tenta remover o restante do feto?

Carhart: Então, eu voltaria e tentaria trazer os pés ou o crânio para baixo ou, até, às vezes fazer descer e remover o outro braço e então fazer descer os pés.

Advogado:
Em que ponto o feto está… o feto morre durante esse processo?

Carhart: Realmente não sei. Sei que o feto está vivo durante o processo a maior parte do tempo, pois vejo o batimento cardíaco fetal no ultra-som.

Advogado: Em que ponto no processo ocorre a morte fetal, entre a remoção inicial… remoção dos pés ou pernas e o esmagamento do crânio, ou, me desculpe, a descompressão do crânio?

Carhart: Bem, o senhor sabe, novamente, é neste ponto que não tenho certeza de que é morte fetal. Quero dizer honestamente também me preocupo. Você pode remover o conteúdo craniano e o feto ainda terá um batimento cardíaco por vários segundos ou vários minutos, e então o feto está vivo? Teria que dizer provavelmente, embora não ache que tenha qualquer função cerebral e, portanto, é cérebro morto naquele ponto.

Advogado:
Portanto, a morte cerebral poderia ocorrer quando o senhor começa a aspirar para fora do crânio?

Carhart: Acho que a morte cerebral ocorre porque a aspiração para remover o conteúdo só dura dois ou três segundos e, portanto, em algum ponto nesse período de tempo, obviamente não quando você penetra no crânio, porque as pessoas recebem um tiro na cabeça e não morrem imediatamente por causa disso, se é que vão morrer, e, portanto, provavelmente não é suficiente para matar o feto, mas acho que a remoção do cérebro finalmente o fará.


Testemunhos

O horripilante segredo do desmembramento e colheita fetal foi revelado publicamente em 1999 quando o 20/20 televisou uma reportagem investigativa e a colunista Mona Charen, cujo programa vai ao ar nacionalmente, descreveu um dia típico em uma firma que faz tráfico de partes de corpo. Entrevistando uma técnica – às vezes chamada de técnica de aquisição de tecido fetal – Charen descreve como a jovem coletava fetos de abortos em estágio final de gravidez e depois os dissecava para obter as partes necessárias. De acordo com a técnica, quase todos os espécimens eram “perfeitos” e muito tinham pelo menos sete meses de idade.


Porém nada poderia ter preparado a técnica médica para a experiência pela qual ela estava prestes a passar num certo dia quando um par de fetos gêmeos de sete meses de idade foi levado a ela em um balde de metal. Olhando para baixo para os bebês róseos, ela deve ter recuado de horror ao ver que ambos estavam se movendo, ofegando para respirar. Ela deve ter ficado ainda mais horrorizada quando o médico apareceu repentinamente e, de acordo com Charen, disse: “Consegui para você uns bons espécimens – gêmeos” antes de verter uma garrafa de água no balde para afogar o que até então eram dois seres humanos vivos.


Enojada com o processo, a técnica disse que houve muitos desses nascimentos vivos. Os médicos simplesmente quebravam seus pescoços delgados ou matavam os fetos batendo neles com pinças de metal. Em alguns casos, revelou a técnica, começavam uma dissecação cortando para abrir o tórax, supondo que o bebê já estivesse morto, somente para descobrir que o coração ainda estava batendo. Ela acrescentou que a maneira como os abortos eram realizados tinha sido alterado, isto é, feito mais deliberadamente e lentamente, para garantir que tirasse o bebê antes de ele morrer. Quando o ritmo dos abortos aumentava, os bebês tirados vivos às vezes tinham suas partes removidas antes de estarem mortos.


O treinamento para o cargo de colheiteiro fetal e assombradamente simples. Um técnico explicou da seguinte forma: “Quando eu estava lá, o treinamento era no próprio trabalho, eles levando para os fundos um enorme prato – uma placenta, coágulo sangüíneo – e me mostrando como esquadrinhar por toda a coisa que estava lá dentro para encontrar membros, fígado, pâncreas, rins – o que retirar, quais eram os marcadores de identificação em toda aquela confusão”.


Lawrence Dean Alberty Jr.


Em 9 de março de 2000, em sessões do Congresso diante do Subcomitê de Saúde e Meio Ambiente, o técnico de aquisição Lawrence Dean Alberty Jr. Deixou os parlamentares aturdidos ao descrever um dia de rotina no Centro onde as partes do corpo eram colhidas como se fossem plantações:


“Ao assumir o trabalho como técnico de aquisição de tecido fetal, tive a impressão de que o que eu iria fazer tornaria a vida melhor para pacientes com câncer. Nunca fui levado a acreditar que o tecido seria outra coisa senão útil para aqueles que estavam em necessidade. O que me fez mudar de idéia foi assistir a abortos quase no fim do termo, ver seus olhos olhando para mim quando cortava seu crânio a fim de extrair o cérebro para pacientes com Parkinson e Alzheimer, cortar para abrir suas cavidades torácicas, somente para, no final, ver um coração batendo cada vez mais lentamente até parar, e durante todo o tempo colhendo sangue do seu coração, ou assistindo a fetos numa panela de metal cobertos de sangue, movendo-se e respirando, só para acabar me vendo num lugar sem médicos, sem saídas, pensando o tempo todo: ‘Meu Deus, o que eu fiz para ver isso?’, Noite após noite em meu sono, os fetos estavam lá. Os corações estavam batendo, os gritos de suas mães quando os bebês era puxados para fora de seus corpos. Esses sonhos se transformaram em pesadelos sobre o fim do mundo. Pesadelos apocalípticos me acordavam suando frio. Eu me senti enojado todos os dias, nunca querendo deixar o conforto do meu lar”.


Mais tarde durante a sessão, Alberty foi questionado por um dos parlamentares sobre o motivo pelo qual ele finalmente chamou o FBI. Sua resposta deixou muitos na Câmara sem fala. “O motivo pelo qual chamei o FBI foi que um dia vi dois fetos gêmeos de mais de 24 semanas de gestação nascidos vivos e trazidos para mim em uma panela. Quando a pessoa removeu o pano e me mostrou o que era, aquilo me perturbou tão intensamente que fiquei sem saber o que fazer. Nos meus olhos, ver dois fetos gêmeos, movendo-se, chutando e respirando numa panela realmente me transformou. Não sou médico. Nunca, jamais afirmei ser um médico e não poderia lhes dizer se esses gêmeos tinham qualquer problema genético. Tudo o que vi foi que estavam intocados, quero dizer, não havia marcas de grampos neles, não estavam sangrando, eram dois gêmeos se aninhando um com o outro na minha frente. Caminhei até a porta e saí”.


Brenda Pratt Shafer


Talvez o testemunho mais horripilante tenha vindo de Brenda Pratt Shafer, uma enfermeira registrada designada por sua agência a um Centro de colheita. Favorável ao direito de escolha naquela época, a enfermeira Shafer supôs que sua tarefa seria rotina e que um serviço de valor estava sendo realizado com o uso de tecido fetal descartado para o avanço da ciência médica. De acordo com o Ashville Tribune, que contou sua história, o que a enfermeira Shafer testemunhou provocou uma mudança nela para sempre.


“Fiquei de pé ao lado do médico e o assisti realizar o aborto de um nascimento parcial em uma mulher que estava grávida de seis meses. O batimento cardíaco do bebê era claramente visível na tela do ultra-som. O médico fez o parto do corpo e braços do bebê, tudo exceto sua cabecinha. O corpo do bebê se mexia. Os dedinhos estavam apertados. Estava chutando com os pés. O médico pegou um par de tesouras e as inseriu no dorso da cabeça do bebê e o braço do bebê sacudiu num recuo, uma reação de sobressalto, como um bebê faz quando acha que pode cair. Então o médico abriu as tesouras. Depois, introduziu o tubo de aspiração em alta potência dentro do buraco e aspirou para fora o cérebro do bebê. Então, o bebê estava inteiramente flácido. Nunca mais voltei à clínica. Mas o rosto daquele menininho ainda me assombra. Era o rosto angelical mais perfeito que já vi”.


Alguns temem que, no final, se é que já não está acontecendo, as mulheres optarão por ficar grávidas e fazer abortos seletivos simplesmente para ganhar dinheiro com o tecido fetal, satisfazendo nesse processo às demandas de pesquisadores que precisam de um suprimento contínuo de partes frescas do corpo para experimentos médicos. Há uma previsão de que o mercado, que tinha crescido a um ritmo anual de 14%, vale atualmente mais de um bilhão de dólares por ano, sem contar quaisquer que sejam os lucros que advirão das patentes relacionadas e produtos das empresas. Enquanto o número de programas de pesquisa nas universidades, nas empresas de biotecnologia e nas corporações farmacêuticas cresce a uma velocidade recorde (somente o NIH concede mais de 20 milhões de dólares por ano para pesquisa com tecido fetal), as oficinas de desmanche humano continuarão a florescer; e os bebês a apenas semanas do nascimento serão sacrificados para que os pesquisadores possam aprender, com tecidos e órgãos que eles colhem, como melhorar a vida das futuras gerações que tiverem sorte bastante para terem sobrevivido.

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