Papa revela a esperança de uma Igreja que sai das igrejas e vai ao encontro do povo
Por Antonio Gaspari
ROMA, 25 de Julho de 2013 (Zenit.org) – Durante o encontro, no Rio de Janeiro, com bispos, sacerdotes, jovens e fiéis da Argentina, o Papa Francisco convidou os idosos e os jovens a construírem uma aliança que rejeite a cultura da exclusão.
Em uma igreja superlotada, com trinta mil pessoas de fora, na chuva, o Papa exortou fortemente os bispos e o clero a sair da igreja para ir ao encontro das pessoas.
Ele convidou os idosos a não aceitarem ser excluídos e “eutanasiados”. Pediu aos jovens para não aceitarem uma fé diluída, e se unirem aos mais velhos para testemunhar a mensagem do Filho de Deus que morreu na cruz.
Falando de improviso, o Bispo de Roma confessou nutrir a esperança de que a partir da JMJ Rio 2013 comece um movimento que fará a Igreja sair da Diocese e ir para as ruas, ao encontro das pessoas.
“Precisamos sair ou nos tornaremos uma organização não governamental, e a Igreja não pode ser uma ONG”, frisou. “Eu dou um conselho, e os bispos e aqueles que discordam me perdoem”, acrescentou.
Referindo-se à situação do mundo, Francisco explicou que estamos diante da “cultura do deus dinheiro que tende a excluir as pessoas.”
Os idosos, por exemplo, correm o risco da eutanásia, excluídos de cuidado, cultura e da sociedade.
De acordo com o Pontífice, o número de jovens sem trabalho é muito alto, e se não for remediado, o futuro da nossa sociedade está em risco.
Por isso Francisco propôs uma aliança entre os jovens que “devem sair e se afirmarem através da promoção de virtudes e valores” e os anciãos que “devem transmitir a sabedoria, memória e justiça”.
Papa Francisco fez um apelo aos jovens dizendo: “não andem contra as pessoas idosas, mas as escutem” e “avancem juntos, não se excluam”.
Falando da fé em Jesus Cristo, o Papa disse que “é uma coisa muito séria”. “Não é brincadeira”. “É um escândalo o fato de que Jesus morreu na cruz” – acrescentou. Mas o seu sacrifício na cruz continua a ser o único caminho certo”.
Papa Francisco concluiu dizendo: “neste momento eu sinto que é belo tê-los em meu coração. Eu gostaria de estar mais perto de vocês, obrigado por estarem perto de mim. Obrigado por suas orações. Eu preciso da oração de vocês.”