Da redação, com Rádio Vaticano
“Para seguir Jesus, devemos nos despir da cultura do bem-estar e do fascínio provisório”. Foi o que disse o Papa Francisco, na manhã desta segunda-feira, 27, durante a Missa celebrada na Casa Santa Marta.
Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia, em que Jesus pede a um jovem que dê suas riquezas aos pobres e O siga. Segundo o Papa, as riquezas são um empecilho, pois não facilitam o caminho rumo ao Reino de Deus.
Em seguida, o Pontífice se referiu a duas “riquezas culturais”: a cultura do bem-estar e o fascínio do provisório. Segundo o Papa, a cultura do bem-estar deixa o homem pouco corajoso, preguiçoso e também egoísta. “O bem-estar é uma anestesia”, afirmou o Pontífice.
“Não, não, mais de um filho não, porque não podemos fazer férias, não podemos comprar a casa… Podemos seguir o Senhor, mas até certo ponto. Isso faz o bem-estar, despe-nos daquela coragem forte que nos aproxima de Jesus. Esta é a primeira riqueza da nossa cultura de hoje, a cultura do bem-estar”, explicou.
Sobre a segunda riqueza, o fascínio do provisório, o Santo Padre afirmou: “Nós estamos apaixonados pelo provisório. Não gostamos das propostas definitivas que Jesus nos faz e temos medo do tempo de Deus”.
“Ele é o Senhor do tempo, nós somos os senhores do momento. Uma vez, conheci uma pessoa que queria se tornar padre, mas só por dez anos, não mais. Além disso, muitos casais se casam pensando que o amor pode acabar e, com ele, a união”, ressaltou.
Segundo Francisco, essas duas riquezas são as que, neste momento, impedem as pessoas de prosseguirem. Oposto a isso, o Papa lembrou os muitos homens e mulheres que deixaram a própria terra para serem missionários por toda a vida. “Isso é definitivo!”, afirmou. Da mesma forma, recordou também os muitos homens e mulheres que deixaram a própria casa para um matrimônio por toda a vida. “Isso é seguir Jesus de perto! É o definitivo”, disse Francisco.
Finalizando, o Papa rezou: “Peçamos ao Senhor que nos dê a coragem de prosseguir, despindo-nos desta cultura do bem-estar, com a esperança no tempo definitivo.”