8 conselhos para quem quer viver a castidade

Há uma geração de jovens que buscam a santidade, e um dos grandes desafios dessa juventude é viver a castidade. Por isso, coloco abaixo alguns conselhos para aqueles que almejam essa virtude:
1. Participar da Santa Missa, se possível todos os dias. A Celebração Eucarística é um grande encontro com Jesus, Ele que se fez pão, que nos traz vida em abundância. Sua constância produzirá diversos frutos, dentre eles, a fortaleza.
2. Oração pessoal, comunitária e a oração do santo terço. Estar em contato com Deus nos permite aprofundar a amizade com Ele. Qual amigo quer decepcionar o outro? Portanto, rezar nos permite ser livres para viver a vontade do Senhor. Ao rezar o terço, comece com uma Ave-Maria, depois duas… Quando perceber, estará rezando o rosário. Nossa Senhora é sua grande auxiliadora, não se esqueça disso!
3. Jejuar. O jejum, se bem praticado, por mais simples que seja produz frutos como a disciplina e o autocontrole.
4. Ler a Palavra. É preciso buscar a leitura e a reflexão diária da Bíblia. Muitas vezes, estaremos como Jesus no deserto; o demônio tentará nos convencer de que devemos pecar contra a castidade. Mas é possível combatê-lo com o auxílio de Deus, por meio de Suas palavras.
5. Buscar o Sacramento da Reconciliação. Os santos sempre se confessavam. Não seria bom fazer o mesmo? A confissão renova nossa amizade com o Senhor e traz paz e ânimo necessários para continuarmos a caminhada. Caiu? Não consegue se arrepender? Peça a ajuda de Deus. Levante-se!
6. Pensamentos, palavras e olhares para o céu. Diante das fragilidades, é necessário que sempre sejam evitados o pensamento, a palavra e o olhar impuros. É preciso cortá-los pela raiz! Se um ambiente, um site ou algum tipo de roupa não transmitir pureza, é melhor percorrer outro caminho. Lembre-se: um vazamento pequeno pode se transformar em uma inundação!
7. Fuga do pecado. Esse tipo de fuga não é covardia; pelo contrário, é muito corajosa! Muitas vezes, o rapaz e a moça pensam que são capazes de suportar a tentação. Cuidado! Camufladamente, isso pode ser falta de humildade. O cristão deve compreender quais são os seus limites.
8. Castidade como objetivo. Muitas vezes, o jovem quer viver a castidade, mas, por falta de determinação, acaba caindo em pecados que poderiam ser evitados. É necessário levantar para si mesmo essa bandeira. PHN, “Por hoje não quero mais pecar”!
Jovem, que Deus o ilumine e apresente mais caminhos seguros para você alcançar a castidade. Lembre-se do que São Paulo disse ao jovem Timóteo: “Torna-te modelo para os fiéis no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade”.
Nossa Senhora da Pureza, rogai por nós!

Minha mãe era freira, foi estuprada e eu nasci. Hoje quero contar minha história

Um testemunho comovente que a protagonista, uma jovem de 22 anos, quis compartilhar com os leitores da Aleteia

ALETEIA TEAM
23 DE SETEMBRO DE 2015

Este testemunho comovente chegou até nós pelas redes sociais, como resposta ao artigo “Deus quer a vida que vem de um estupro?”. Agradecemos pela coragem da sua autora, que prefere permanecer no anonimato, e esperamos que este relato toque o coração de quem o ler.

Decidi escrever este testemunho depois de ter lido o artigo que vocês publicaram há alguns dias sobre os bebês concebidos em um estupro. Já se passaram 3 anos desde que descobri que fui concebida dessa maneira, e é a primeira vez que falo tão extensamente sobre isso.

No começo, eu tentava negá-lo (ou não pensar muito nisso), pois para mim a primeira impressão foi de que eu não estava nos planos de ninguém da minha família, muito menos nos planos da minha mãe, de verdade! Ela havia planejado uma vida totalmente diferente da que tem agora comigo.

Ela era uma religiosa consagrada no momento do estupro (havia feito os votos perpétuos 5 anos antes do meu nascimento). Sei que ela era uma grande religiosa, e tinha (e ainda tem) a mesma mentalidade do Papa João Paulo II: dar protagonismo aos jovens dentro da Igreja.

Há muitas coisas que ainda desconheço sobre o que aconteceu, porque fiquei sabendo disso por meio de umas cartas velhas que escreveram para a minha mãe na época. Ela passou toda a gravidez longe do seu país, recebendo cartas da sua família, do seu melhor amigo (um sacerdote, que é meu padrinho de Batismo) e de algumas das suas irmãs de comunidade.

Sinto que Deus começou a agir desde o começo, por meio da madre superiora da congregação, cuja única preocupação desde o princípio foi proteger a minha mãe; ela, junto com a família da minha mãe, havia pensado que o melhor seria afastá-la do seu ambiente para que ela pudesse tomar uma decisão sem pressões, e também para proteger a comunidade de freiras. Ela decidiria se me daria em adoção e voltaria à comunidade, ou deixaria o hábito e se tornaria mãe.

Sei que Deus se manifestou por meio das pessoas que estavam com a minha mãe naquele então, e pude palpar como iam crescendo os sentimentos ao longo dos meses (eu não tinha as cartas escritas pela minha mãe, mas as respostas a elas).

Li todas as cartas mais de uma vez, e minhas favoritas sempre foram 3. Cada uma tem alguns meses de diferença; as emoções de cada momento são diferentes, e acho que me ajudarão a dar um testemunho melhor.

Pude notar como, no começo, tudo estava nublado para ela; havia sentimento de culpa (isso é muito comum, pelo que entendi, entre as vítimas de estupro, ao achar que ele poderia ser evitado) e nenhuma solução parecia ser a correta; na verdade, a única resposta clara era confiar em Deus.

Em uma das cartas, meu padrinho lhe escreveu o seguinte: “Minha querida R., até hoje me atormenta a ideia de por que eu não estava lá para defender você, e por que Deus permitiu que isso lhe acontecesse, mas encontrei um pouco de calma na Palavra de Deus, com a leitura de Jó. Deus nos coloca à prova para ver a nossa fidelidade. Sei que você sairá bem desta, como sempre o faz!”.

Ler sobre isso, em um primeiro momento, foi como um balde de água fria. Acho que todos nós gostamos de pensar que fomos planejados e amados (ou pelo menos amados) desde o primeiro momento, mas a realidade é que, mesmo que no começo não seja assim, ou que em muitos casos nunca seja assim, Deus sim nos ama desde o momento em que nos planeja neste mundo. Demorei muito para compreender isso, mas o segredo foi segurar na mão de Deus para compreender que tudo isso tinha um propósito.

Conforme o tempo ia passando, pude notar que as pessoas que nos cercavam tinham muito carinho por mim, e me levavam em consideração em cada situação possível. Já não era só o bem da minha mãe, mas também o meu, porque no começo foi difícil de entender, as decisões que ela tomaria também me afetariam. Todos começavam a nos ver como uma família.

Uma religiosa lhe enviou um cartão com o seguinte texto: “Querida R., espero que você se encontre bem. Rezo sempre por você e por esta criatura que está no seu ventre. Pobrezinha, ela não tem culpa de nada, é uma inocente que não tem por que pagar pelos erros de outros. Querida R., força!”.

Nesse momento, compreendi tudo, e tenho certeza de que minha mãe também começou a superar sua depressão na época em que esse cartão chegou. E eu pensei: “Bem, é isso, sou filha de um estupro. Posso ficar me lamentando por ser um acidente, ou posso agradecer a Deus cada dia por ter me permitido viver e crescer com uma grande mãe”.

Ler esse pequeno cartão foi como voltar a nascer. Conforme fui crescendo, descobri os planos que Deus havia preparado para mim, e agora que sei de onde venho, tenho muito mais vontade de realizar isso, porque sinto que Ele me deu uma oportunidade que é negada a milhões de bebês todos os dias.

Finalmente chegou o dia do meu nascimento, em dezembro de 1993. Cheguei totalmente saudável, graças a Deus e à minha mãe, que também esteve em perfeito estado de saúde. Meu padrinho escreveu este pequeno texto naquele dia: “Querida R., obrigado. Obrigado porque hoje você disse ‘sim’ à vida”.

Não posso dizer que aí tudo se tornou mais fácil, porque ainda restavam muitas coisas complicadas, entre elas pedir à Santa Sé a dispensa dos votos religiosos, explicando os motivos que a obrigavam a isso.

Mas Deus não permite um mal sem tirar um bem dele. Depois do meu nascimento, minha mãe conseguiu um emprego na Conferência Episcopal do meu país, chegando, depois de alguns anos, a ser a responsável nacional da área da juventude. Deus não permitiu que ela se afastasse da sua opção de trabalhar pelos outros, pelos jovens, mesmo não sendo do jeito que ela imaginou no começo.

Eu cresci nesse ambiente, com jovens próximos de Deus, que não tinham vergonha da sua fé, que seguiam Jesus e amavam Maria; por isso mesmo, hoje sou uma jovem apaixonada pela minha fé e pela minha Igreja.

Para concluir, só me resta agradecer a Deus pela oportunidade que Ele me deu, primeiramente de chegar a este mundo, e depois, de crescer ao lado de uma mãe que nunca considerou o aborto como uma opção. Não foi nada fácil, sobretudo para ela, mas todas as noites nós nos colocamos nas mãos de Deus e pedimos a intercessão de todos aqueles que já partiram, entre eles a superiora do convento.

Aprendemos tudo juntas. Acho que ser somente nós duas faz com que tenhamos um vínculo especial, e penso que a maneira como eu cheguei à sua vida faz que o amor que ela tem por mim seja especial, por todas as situações pelas quais ela teve de passar para chegar onde estamos agora.

Espero que este testemunho seja útil para aquelas mulheres que, como minha mãe, estão neste momento decidindo o futuro dos seus filhos. Por favor, nunca pensem no aborto! Deus tem um amor especial por vocês, e grandes planos para as crianças que vêm a este mundo sem ser desejadas; e para as mães, Ele tem uma grande recompensa por terem dito “sim” à vida, mesmo que esta vida tenha vindo de uma situação tão triste.

E às pessoas que foram concebidas em um estupro: por favor, honrem a Deus cada dia da sua vida!

 

“A Vida foi mais forte do que a violência “(Gabriel Saboia Alves/ CCRM)

Dia da Divina Misericórdia

A ferida de amor mais linda que conheci… gerada pela lança dos meus pecados, por ela adentro todos os dias, por ela descobri meu lugar, Teu coração; dela emana a fonte inesgotável do verdadeiro Amor; dela experimento do sangue e água que me dão força para voltar a casa do meu Pai e receber anel, sandálias e vestes novas, e enfim reviver!

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Jovem, venha experimentar você também desse Amor que primeiro nos amou!

Grupo de Oração todas as Terças às 20h15!

10 dicas para viver a castidade no namoro

A castidade é uma forma segura de proteger o amor entre um homem e uma mulher

Você vive a castidade? Você quer que seu relacionamento dure para sempre? É difícil se segurar mediante os desejos sexuais? Você é um(a) lutador(a) que deseja viver a santidade no namoro? Então, esse artigo é para você.

A castidade é uma forma segura de proteger o amor entre um homem e uma mulher. É um meio seguro de promover o discernimento entre o casal de namorados para a escolha do matrimônio. Mas afinal, o que ela significa? A Igreja ensina que “a castidade é uma energia espiritual, que protege o amor contra o egoísmo e a agressividade e o conduz à plena realização”. * 

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Dez razões para viver a castidade no namoro
Castidade não é para anjos

Se você deseja proteger seu namoro do egoísmo e da agressividade, viva a castidade. Não viva só porque a Igreja pede, mas porque você quer se valorizar e proteger o amor entre você e seu namorado(a), caminhando a plena realização. “A castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz.” (Catecismo da Igreja Católica 2339)

10 dicas para viver a castidade no namoro

Por isso, vamos às 10 dicas para viver a castidade no namoro.

1. Decisão: Viver a castidade requer uma decisão pessoal e de ambos. Não basta somente uma pessoa querê-la; é preciso que os dois lutem por essa virtude. Afinal, quando um não quer, dois não brigam.

2. Autoconhecimento: O autoconhecimento é fundamental, pois é necessário se conhecer para delimitar seus limites. Quais são os seus pontos fracos? Quais as áreas de seu corpo são mais sensíveis? É importante você partilhar com seu namorado(a) esses pontos para que ele(a) o ajude, não o provocando.

3. Autocontrole: O autocontrole é essencial para não se entregar aos impulsos sexuais. Uma pessoa livre para amar é aquela que consegue se controlar e não se entregar aos desejos da carne. É importante entender que um “não”, na hora que esquenta o namoro, é um “sim” ao amor. Por exemplo: quando a mulher está no período fértil de seu ciclo menstrual, ela está preparada para ter uma relação sexual. Por isso, uma escolha sábia é namorar em lugares abertos ou convidar amigos para sair.

4. Vida de Oração: O diálogo com Deus é que dará a graça sobrenatural e a força necessária para lutar contra um impulso natural. “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26,41)

5. Diálogo: O namoro é um tempo próprio para conhecer e dar-se a conhecer. O meio mais seguro para fazer essa ponte é o diálogo. Quando você verbaliza aquilo que está no seu interior e até mesmo o que já aconteceu na sua história, você dá ao outro a oportunidade de conhecê- lo e acolhê-lo. Por isso, é importante você se expressar em relação a sua sexualidade. Quando ele(a) avança o sinal, você se sente usado(a)? Como você se sente quando ele(a) não respeita o seu limite? Uma boa conversa pode ajudar nessa luta.

6. Mortificação: Aprendi com o meu diretor espiritual que é necessário se mortificar para alcançar autocontrole e domínio de si. Ofereça algo que você goste muito, seja uma comida, bebida ou qualquer outra coisa que lhe custe muito, pelo seu namoro. A castidade requer sacrifícios.

7. Perseverança: Não desista na primeira queda que você tiver. Se você cair, levante-se, confesse e recomece.

8. Conte com a intercessão dos santos: Peça ajuda dos seus santos de devoção para viver uma vida pura e casta. Eu sempre recorro aos meus amigos do céu: Pier Giorgio Frassati, São Francisco de Assis, São João Paulo II e Santa Teresinha. Faça a experiência.

9. Lute: Vive a castidade quem é um lutador(a), quem luta contra si mesmo. Gosto muito de um pensamento de Santo Agostinho: “Enquanto vivemos, lutamos; se continuarmos a lutar, é sinal de que não nos renderemos e de que o Espírito bom habitará em nós. E se a morte não o encontrar como vencedor, deve encontrá-lo como lutador.”

10. Pedir o Espírito Santo de Deus: O Paráclito é aquele que o ajudará a viver todas as outras dicas. Peça sempre a ajuda d’Ele nessa luta pela pureza, pela castidade e santidade.

Deus abençoe o seu namoro e sua decisão de viver um namoro santo que os conduzirá ao céu!

 

Referência: * Documento: Sexualidade Humana de São João Paulo II

Fernanda Soares

Missionária da Canção Nova. Apresentadora do programa Revolução Jesus e Vitrine da TV Canção Nova. Estudante de jornalismo. Escritora do Blog do Revolução Jesus.

Carlo Acutis, o anjo da juventude

A comovente história do menino que, no leito de morte, ofereceu sua vida pela Igreja e pelo Santo Padre

Algumas pessoas saem da vida para entrar na história; outras, para entrar no céu. Em 12 de outubro de 2006, falecia o jovem Carlo Acutis, vítima de uma grave leucemia. No leito de morte, desejou ardentemente que seus sofrimentos fossem oferecidos a Deus pela Santa Igreja e pelo Papa. O testemunho do rapaz, de apenas 15 anos, comoveu toda a Itália, tornando-o modelo de santidade, sobretudo para a juventude. No momento, a Diocese de Milão, à qual Acutis pertencia, trabalha na sua causa de beatificação.

Carlo Acutis nasceu em Londres, na Inglaterra, a 03 de maio de 1991. Os primeiros dias de vida foram também os primeiros de sua jornada para Deus. Com uma fé católica profundamente arraigada, os pais, André e Antônia, não tardaram a lhe providenciar o batismo, preparando para a ocasião um pequeno bolo em formato de cordeiro, como forma de agradecimento ao Senhor pela entrada do filho na comunidade cristã. Um simbolismo profético. A exemplo do Cordeiro de Deus, o pequeno Acutis também se faria tudo para todos, a fim de completar na própria carne – como diz o Apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do dor – o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja.

Crescendo em Milão, o pequeno Carlo demonstrou as virtudes cristãs desde a infância. Era uma criança alegre, de comportamento suave, que cativava a todos – principalmente as babás – com o seu entusiasmo contagiante. E se algum amiguinho aprontava-lhe uma maldade, sabia colocar a caridade acima do instinto: “o Senhor não seria feliz se eu reagisse violentamente”. Aos 12 anos de idade, a Santa Missa já lhe era o bem mais precioso. Comungava diariamente, haurindo da Eucaristia a graça para uma vida santa.

Tamanha espiritualidade chamava a atenção dos mais próximos. Certa vez, preferiu participar de uma peregrinação a Assis, Itália, a visitar outros lugares para diversão. O comportamento do garoto levava os parentes a considerarem-no uma “vítima dos pais”. Mas não era nada disso. Como confidenciaria a seu diretor espiritual, poucos dias antes de sua derradeira páscoa, Assis era o lugar onde mais se sentia feliz. Juntamente com Nossa Senhora de Fátima, São Francisco era-lhe o grande santo de devoção, principalmente por sua pequenez e humildade.

Vibrante, apaixonado pela vida, tinha no apostolado o fim último de toda a sua ação. Entendera cedo o “chamado universal à santidade”. Daí a disponibilidade para com todos, fazendo-se amigo de qualquer um, mesmo dos mais tímidos. “Ele acreditava no diálogo íntimo com o Senhor – conta um dos colegas – e rezava o rosário todos os dias. Após a morte de Carlo voltei para a Igreja e acho que isso pode ser mérito de sua intercessão”.

No Instituto Liceo Classico Leão XIII, onde iniciou o ensino médio, desenvolveu sua paixão por computadores. Carlo criou um site dedicado aos milagres eucarísticos e à vida dos santos. “Decidi ajudá-los – dizia o jovem na página da internet – compartilhando alguns dos meus segredos mais especiais para aqueles que desejam rapidamente alcançar o objetivo da santidade”. Carlo Acutis insistia na Missa diária, na récita do rosário, na lectio divina, na confissão e no apego aos santos. “Peça ao seu Anjo da Guarda para ajudá-lo continuamente, de modo que ele se torne seu melhor amigo”, recomendava.

Em 2006, com apenas 15 anos, Carlo Acutis descobriria uma grave doença: a leucemia. Confundida inicialmente com uma inofensiva “caxumba”, o mal acabou se alastrando rapidamente, mesmo com os vários tratamentos, causando-lhe a morte em apenas um mês. Às 6:45h de 12 de outubro de 2006, o Senhor o levava para a vida eterna. Perto de falecer, confidenciou aos pais: “Ofereço todos os sofrimentos desta minha partida ao Senhor, ao Papa e à Igreja, não para fazer o Purgatório e ir direto para o Paraíso.”

A postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, Francesca Consolini, afirma que a fé de Carlo Acutis era “singular”: “levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros (…) era sensível aos problemas e as situações de seus amigos, os companheiros, as pessoas que viviam perto a ele e quem o encontrava dia a dia”. O testemunho do rapaz pode ser encontrado na sua biografia, “Eucaristia, minha rodovia para o céu”, escrita por Nicola Gori, articulista do L’Osservatore Romano.

O corpo de Carlo Acutis foi sepultado em Assis, cidade de São Francisco, por sua especial devoção ao santo.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

A jornada após a Jornada: o que nos restou da fé?

Com o fim da Jornada, uma outra começa. Os nossos jovens estão verdadeiramente dispostos a testemunhar a sua fé ou tudo foi apenas “fogo de palha”?

A Jornada Mundial da Juventude terminou com uma missão aos jovens: “Ide e fazei discípulos entre as nações!” (Mt 28, 19). Esta missão, que também foi o lema da Jornada, está contida na própria essência da fé da Igreja. Quem descobre Cristo e a grandeza de seu amor não pode ficar indiferente ou esconder esta dádiva. Faz como aquele homem que achou um tesouro escondido no campo: “cheio de alegria”, ele “vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo” (Mt 13, 44). Em sua encíclica Lumen Fidei, o Papa Francisco escreveu que “quem se abriu ao amor de Deus, acolheu a sua voz e recebeu a sua luz não pode guardar esse dom para si mesmo”.
Foi muito bom ver mais de 3 milhões de jovens reunidos em Copacabana. Era praticamente impossível não encher os olhos diante de um testemunho tão belo da vivacidade da Igreja. No entanto, como já dito, a peregrinação ao Rio é só o começo. Se os mesmos jovens que gritavam ser a juventude do Papa não fizerem um encontro real com nosso Senhor Jesus Cristo e não lutarem para manter acesa em seus corações a luz da fé, por meio da oração, dos Sacramentos e do estudo, então, toda esta bela festa terá sido em vão.
Na mesma semana da Jornada, por exemplo, a mídia fez alarde com uma pesquisa que demonstrava que, supostamente, os jovens “católicos” teriam visões opostas às da Igreja em temas cruciais, como a contracepção ou o “casamento” gay01. Pondo de lado a confiabilidade desta pesquisa – encomendada por um grupo abortista –, não é preciso procurar muito para ver que, infelizmente, muitos de nossos católicos não assumem para si os ensinamentos de sua Igreja. De fato, ainda não entenderam que certos temas, especialmente no campo moral, não são opináveis, mas, por fazerem parte do patrimônio de nossa fé ou – para utilizar uma expressão da Lumen Fidei – do “corpo da verdade”, são irrenunciáveis. “Precisamente porque todos os artigos de fé estão unitariamente ligados, ensina o Papa Francisco, negar um deles – mesmo dos que possam parecer menos importantes – equivale a danificar o todo”.
Daqui surge a importância, especialmente em nossos tempos, do estudo. Afinal, como podemos amar aquilo que não conhecemos? Bento XVI, ao pedir aos jovens que lessem e estudassem o Catecismo, alertou:

“Tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em informática domina o sistema operacional de um computador. Tendes de compreendê-la como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação”.

A Jornada foi um grande êxito, mas toda aquela multidão que seguia o Papa está realmente disposta a assumir a missão dada por Cristo de ir ao mundo e anunciar o Evangelho a toda criatura? Todas essas pessoas estão realmente dispostas a remar contra a maré e dizer “não” ao pecado e ao mundo? Ou tudo foi só oba-oba, para encenar uma grande coreografia?
Não podemos simplesmente enfiar a cabeça na areia e fingir que está tudo bem… 3,5 milhões de jovens na praia de Copacabana não dizem nada, se esses jovens não estiverem “enraizados em Cristo e firmes na fé”, como dizia o tema da Jornada de Madri. O Reino de Deus começa como um grão de mostarda, não como uma árvore frondosa.
Se quisermos verdadeiramente nos salvar e ajudar nosso Senhor a salvar almas, precisamos entender que toda conversão passa pelo caminho da Cruz. Foi a mensagem de Bento XVI aos jovens em Madri: “Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos aspiram”; foi a mensagem de Francisco aos jovens no Rio: “A Cruz continua a escandalizar; mas é o único caminho seguro: o da Cruz, o de Jesus, o da Encarnação de Jesus.”; e é a mensagem perene da Igreja para todos os homens. Não deixemos que a graça divina emanada do sucessor de São Pedro passe por nós sem fruto.
O mundo que aguarda o retorno desses jovens que foram à Jornada não é amigável, muito menos cordial. Pelo contrário, como o lobo que espreita o rebanho de ovelhas, também eles – os inimigos da Cruz – farão qualquer coisa para dissipar a fé e desencorajar a missionaridade cristã, seja com heresias, seja com perseguições. Assim, cabe ao jovem, seguindo os passos do Opúsculo de Hugo de São Vitor sobre o estudo, ser “defensor da reta fé, debelador do erro, e ensinar o bem”. E isso requer uma grande humildade, uma entrega total a Deus e à sua vontade, uma vez que, como ensinava Pio XII, “o preceito da hora presente não é lamento, mas ação (…). Pertence aos membros melhores e mais escolhidos da cristandade, penetrados por um entusiasmo de cruzados, reunirem-se em espírito de verdade, de justiça e de amor, ao grito de “Deus o quer”, prontos a servir, a sacrificar-se, como os antigos cruzados”. Não, jovens, não tenhais medo de abrir as portas para o Senhor. Soldados de Cristo, levantai-vos!

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

Vaticano divulga agenda oficial da viagem do Papa ao Brasil

07-05-2013
Tags: Papa Francisco, agenda, viagem, JMJ, Rio de Janeiro, Brasil

A Santa Sé divulgou na manhã deta terça feira, 7, a programação oficial da viagem do Papa Francisco ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em julho. Esta será a primeira viagem internacional do pontífice. A agenda inclui desde Atos Protocolares, como o encontro com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, até a visita a uma comunidade carente, em um hospital e a jovens detentos.

O Papa chegará ao Brasil em 22 de julho, segunda-feira. A acolhida oficial será feita no Aeroporto Internacional do Galeão/Antônio Carlos Jobim, a partir de 16h. em seguida, haverá cerimônia de boas vindas no jardim do Palácio Guanabara, onde o Santo Padre fará seu primeiro discurso. No local, acontecerá a recepção protocolar das três esferas de governo com a presidente da república Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes.

A Residência do Sumaré, que hospedou o beato João Paulo II em 1980 e 1997, receberá o Sumo Pontífice durante sua estadia. Com a simplicidade que o mundo já conhece, o Francisco vai presidir missas diárias privativas na Residência.

Visita a Aparecida

O Papa visitará, na quarta-feira, 24 de julho, o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o maior santuário mariano do mundo. A visita foi um pedido pessoal do Papa Francisco, que tem expressado publicamente sua devoção por Maria, mãe de Jesus. Ao lado do cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, o Sumo Pontífice celebrará uma Missa, após a veneração da imagem da Virgem na Basílica.

Visita a hospitais

Ainda na quarta-feira, o Papa Francisco participará da inauguração do Pólo de Atenção Integrada da Saúde Mental (PAI), que atua no tratamento da dependência química.

O Papa fará, ainda, uma visita ao Hospital São Francisco da Tijuca (antigo Ordem Terceira da Penitência/VOT). A instituição presta atendimento particular, para clientes de planos de saúde, e para pacientes do SUS, encaminhados via Secretaria do Estado de Saúde do Rio de Janeiro.

Acolhida

No dia 25 de julho, o prefeito Eduardo Paes, em um gesto simbólico e tradicional, entregará as chaves da cidade ao Sumo Pontífice. Também estão previstos um encontro com representantes do mundo esportivo e a bênção das bandeiras Olímpicas.

Depois de 33 anos, um Papa volta a visitar uma comunidade da periferia carioca. Agora, em vez do Vidigal, na Zona Sul do Rio, onde esteve João Paulo II em 1980, o destino será uma favela da Zona Norte: Varginha, no Complexo de Manguinhos, recentemente pacificada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O Papa falará aos moradores e lhes dará sua bênção.

Às 18h, o Santo Padre participa da festa de acolhida dos jovens na orla de Copacabana, um dos atos centrais da JMJ. Será a sua primeira saudação aos peregrinos da Jornada.

Um dia só para os jovens

Um dos pontos turísticos mais visitados da cidade é a antiga casa de repouso do imperador Dom Pedro, a Quinta da Boa Vista. O local receberá um dos maiores pontos de catequese do evento e a Feira Vocacional. O Santo Padre atenderá quatro confissões de jovens na manhã de sexta-feira, dia 26.

Em seguida, alguns jovens que estão reclusos em casas de detenção se encontrarão com o Papa Francisco no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim. Ao meio dia, o Sumo Pontífice fará a Oração Angelus Domini do balcão central do Palácio. Antes do tradicional almoço com os jovens de todos os continentes, que acontece nas Jornadas, o Papa fará uma saudação ao Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013 e aos patrocinadores.

Às 18h, acontecerá a Via Crucis com os jovens, na orla da Praia de Copacabana, o terceiro ato central da JMJ.

Um sábado de encontros e oração

As atividades oficiais começam com a Santa Missa com os bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas, na Catedral São Sebastião, presidida pelo Santo Padre. Em seguida, Francisco encontra representantes da sociedade civil no Teatro Municipal.

À tarde, almoça com os cardeais brasileiros, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos do Regional Leste 1 da CNBB (que compreende as dioceses do Estado do Rio de Janeiro) e o Séquito Papal, no refeitório do Centro de Estudos do Sumaré.

A partir de 19h30, Francisco estará em Guaratiba, no Campus Fidei, para a Vigília de Oração com os jovens, quarto ato central da JMJ. Ele fará um discurso e adorará, junto aos jovens, o Santíssimo Sacramento.

Domingo de despedidas

Às 10h, o Papa celebrará, no Campus Fidei, a Missa de envio dos participantes da Jornada do Rio e anunciará o próximo local que acolherá o evento. Ao meio dia, fará a oração do Angelus Domini com os peregrinos.

O Papa deverá encontrar os 60 mil voluntários envolvidos nos trabalhos da Jornada no Pavilhão 5 do Rio Centro, às 17h30.

Haverá, ainda, uma cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, onde o Santo Padre fará um discurso. Sua partida de volta a Roma está marcada para as 19h.

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por
Comshalom.org, com portal Rio 2013

Oração e Hino Oficiais da Jornada Mundial da Juventude

Vamos orar e louvar a Deus por esse evento tão importante que será a Jornada Mundial da Juventude, que temos a graça de, neste ano, acontecer em nossa casa!

Oração

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Amém!

Hino

Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

Muito tem se falado sobre a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, mas o que é a Jornada Mundial da Juventude? Como surgiu?

Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Foi um encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985, continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de Cristo em cada jovem.

Somos nós, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo.

A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países.

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.

O ano seguinte, 1985, foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.

A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, no ano de 1986. Seguiram-se os encontros mundiais: em Buenos Aires (Argentina – 1987) – com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago de Compostela (Espanha – 1989) – 600 mil; em Czestochowa (Polônia – 1991) – 1,5 milhão; em Denver (Estados Unidos – 1993) – 500 mil; em Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; em Paris (França -1997) – 1 milhão; em Roma (Itália – 2000) – 2 milhões, em Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; em Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão; em Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; e em Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões.

Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.

Fonte: http://www.rio2013.com/pt/a-jornada/o-que-e-jmj